INTRODUÇÃO
Assim
como na humanidade do Cristo, a Divindade do Senhor Jesus é amplamente
comentada nas Escrituras, e devido a muitas controvérsias e objeções levantadas
em torno da doutrina plenamente sólida, resolvi elaborar minha monografia no
tema proposto a fim de “provar” que Jesus Cristo é Deus. Esta é a nossa tese.
TEXTOS QUE FALAM DA DIVINDADE
Antes de qualquer
coisa vamos aos textos que falam da Divindade de Jesus. Usamos propositalmente
a maioria dos textos do Evangelho de João, pois o mesmo foi escrito para
combater os hereges (principalmente os Ebionitas) que estava se infiltrando na
Igreja, a qual negavam piamente a Divindade do Senhor e Salvador Jesus cristo:
Jo 1. 1-3, 18, 34, 48-51; 2. 16; 3. 13, 31; 5. 17, 18, 21; 8. 58; 10. 18,
30-33, 38; 11. 39-44; 12. 45; 13. 3; 14. 9-11; 16. 27; 17. 3-5; 20. 28; Rm 9.
5; At 20. 28; 2º Co 5. 19; Tt 2. 13; Hb 1. 8; 1º Jo 5. 20; etc...
Senhores, como a boa hermenêutica fala
que cinco textos bíblicos pode confirmar uma doutrina eis aí mais de cinco.
Portanto, para começarmos a própria bíblia afirma que Jesus Cristo é Deus. O
fato é evidente, há grande concordância nas Escrituras a respeito da Divindade
de Jesus. Ninguém pode fechar os olhos para esta evidência, até mesmo os
adversários da fé cristã. O Cristo do N. T. é um homem verdadeiro, a quem nada
humano é estranho, que se tornou semelhante a nós em tudo, menos em pecado.
Contudo não pode ser compreendido segundo as categorias humanas: Sua vida e
milagres escapam destas categorias. Embora a Escritura não forneça qualquer
interpretação teórica acerca da Divindade de Jesus, o N. T. está cheio de caracterizações
e indícios que identificam Cristo como Deus.
DESENVOLVIMENTO DO TEMA
A Igreja antiga se
refere a Cristo como Deus, instruída pelo N. T., o qual dá o testemunho da
adoração ao Cristo como Deus, e não do Cristo como quase Deus. Recordemos as
inúmeras palavras da Escritura que afirmam as relações extras humanas e
transcendentes. O logos, que se se fez carne, estava eternamente com Deus e era
Deus. Sua glória perceptível para a fé é a glória do Unigênito do Pai. Em torno
desse elevam-se hinos de louvor, anjos cantam sobre o seu berço, tributos de
adoração seguem-no por onde quer que dirija seus passos. Pedro o confessa como
Filho de Deus Vivo, Tomé dissipa suas dívidas e expressa sua certeza, Adorando:
“Senhor meu e Deus meu”, Paulo fala do Cristo “adorável na Eternidade”. A
comunidade da era apostólica expressa sua adoração em palavras de admiração que
nunca destoam. Há júbilo por causa do nome de Jesus e por sua graça, nosso Deus
e Senhor.
Sem lugar a dúvida em tudo que dissemos
acima, Jesus durante a sua vida até sua morte, reivindica para si a Divindade
única e incomunicável, declara-se verdadeiro Deus e não “quase Deus”. É esta a
nossa fé!
Vemos também que nem Moisés, Paulo, Buda,
Maomé, ou qualquer outro líder religioso afirmou que era Deus, exceto Jesus,
que convenceu o mundo todo, pois seus ensinamentos eram absoluto, jamais Jesus
disse: “acho, talvez”, Ele nunca teve incertezas. Isto tudo porque Ele é acima
de todas as coisas, Deus! Só este homem chamado Jesus, tem o poder de fazer
milagres e fez as obras que só Deus pode fazer: perdoa pecados (Lc 5. 20-24),
ressuscitar mortos no dia final e julgá-los (Jo 5. 25-29), desafiar a Lei da
gravidade (Mt 14. 25) e dá vida eterna (Jo 11. 25-26). Vejam senhores todas
estas prerrogativas são divinas.
No primeiro século, os Ebionitas negavam a
Divindade de Jesus, tanto como os gnósticos. O motivo que ocasionou o
surgimento dessas seitas foi o unitarismo judaico, mas a Igreja combateu
rigorosamente esta heresia, até que triunfou em Nicéia (325 a. D.) O Arianismo
foi outra heresia que abalou profundamente a Igreja (esta do 4º século). Ário
um presbítero de Alexandria, negou a Divindade de Cristo em sentido essencial.
Considerava-se como a primeira e a mais elevada criatura de Deus, o qual Ele
usou para a criação e redenção, não, todavia igual a Deus, ou da sua essência,
mas de natureza semelhante à Divina. Para enfatizar a sua heresia, usou termos
gregos como Omous (igual) e Omoius (semelhante). O primeiro para negar a
igualdade do Filho com o Pai, e o segundo para afirmar a semelhança das suas
naturezas. Ário interpretou mal a passagem de Filipenses 2. 6-8 e tomou a sua
temporária subordinação por desigualdade original e permanente, na verdade o
que Ário fez foi pegar nos ciclos pagãos a idéia de um demiurgo (semideus, um
ser intermediário) que não tem apoio nenhum nas Escrituras. Com razão foi
condenado pela Igreja em Nicéia. Emudeceram os adversários da Divindade de
Jesus depois que os concílios ecumênicos formularam seus credos, mas com a
reforma surgiram os liberais que como os antigos hereges negam a Divindade do
Senhor, mas a Igreja considera abominável o tal e proclama ser Jesus Cristo consubstancial
com o Pai, verdadeiro Deus para todo sempre.
Outra coisa a afirmar é que a doutrina da
Divindade de Jesus não foi inventada pelos judeus e nem gregos, mostraremos por
que: Entre os judeus, há modelos, textos e doutrinas que puderam servir e
serviram de fato para pensar e exprimir o dogma da Divindade de Jesus e de sua
preexistência. No A. T, a palavra de Deus, a sabedoria de Deus era considerada
como preexistente à obra da criação Pv 8. 22 (cf os apócrifos: Sabedoria 7. 26;
Sirácida 24. 1-5; Sabedoria 18. 15 etc...). Incontestavelmente termos como palavra,
verbo e sabedoria foram utilizados pelos escritores do N. T para acentuar as
expressões usadas nos ciclos judaicos e compreender melhor o “mistério” de
Cristo.
O judaísmo contemporâneo de Jesus apresenta
uma concepção relativa à preexistência como Lei de Moises, o povo de Israel e o
templo. Mas impõe-se aqui uma distinção absolutamente essencial. Essas noções
citadas, como palavra, sabedoria, e até a Lei, o templo, o qual os judeus criam
como preexistente, não podem ser a fonte da doutrina da Divindade de Jesus, por
quê? No caso da palavra, da sabedoria,
tratava-se de atributos divinos personificados por uma espécie de ficção
literária, assim como também o templo, o povo de Israel e a Lei. E podemos
comentar também que a Lei, o paraíso e o inferno, trata-se de preexistência nos
desígnios de Deus como em Efésios 1. 4, ou de situação analógica à dos anjos
que se supunham anteriores à criação do mundo visível, e que são apenas simples
criaturas, nunca iguais a Deus.
Conceder
grau e honras divinas a um homem mesmo após sua morte, dizer que Ele estava
junto do Pai antes da criação do mundo (1º Co 8. 6; Jo 1. 3; Cl 1. 15-17), tudo
isto era absolutamente impossível para um judeu, seria idolatria, não teria
paralelo nem na Bíblia e nem no pensamento dos rabinos contemporâneos de Paulo.
Nenhum homem, por maior que fosse jamais seria apresentado como recebendo o
nome acima de todo nome (Iahweh), nem Abraão, nem Moisés, nem Patriarca ou
profeta nenhum. Dobrar os joelhos diante dele, isto é, adorá-lo, crer nele,
converte-se a Ele, tudo isto teria sido blasfematório. Ora, tudo que se
suspeitava de favorecer a idolatria era rejeitado com horror e o judeu piedoso
devia rasgar as próprias vestes para exprimir sua reprovação (Mt 26. 65; At 14.
14, At 17. 16), repare que nenhum judeu aceita tal tipo de idolatria seja ela
qual for. Fastigioso e sem grande proveito seria multiplicar referências.
Entretanto vamos expor aqui alguns fatos que exprimem o horror e recusa
indignada entre honras divinas concedidas a um homem, tudo isto para afirmar
que não foram os judeus os “criadores” da doutrina da Divindade. Dn 3. 1-23,
(cf o apócrifo Sabedoria 14. 12-20). Recordemos as particularidades que nos
fornece o historiador judeu Flávio Josefo (I Séc. d. C.). Para respeitar a suscetibilidade
religiosa dos judeus, os exércitos romanos tinham ordem de não entrar em
Jerusalém com os estandartes ostentando o imperador. E quando o Imperador
Calígula (37-41 d. C.) pretende impor seu culto ao Imperador aos judeus de
Alexandria e da Terra Santa, choca-se com sua resistência desesperada, narrada
pelo filósofo judeu filon de Alexandria (Filo Hebreu, início do séc I de nossa
era), e por Flávio Josefo (Legatio ad Caium 162, 330-367; Antiguidades Judaicas
18. 1-9; Guerra Judaica 2. 10) Recordemos também quando Antíoco Epifânio quis
ser adorado como Deus, causou a revolta dos Macabeus. Bem, de tudo que dissemos
acima, de uma coisa temos certeza: os judeus nunca dobrariam os seus joelhos
para nenhuma espécie de idolatria.
Vejam
bem senhores, quem eram os discípulos de Jesus? Judeus. Quem eram os escritores
do n. T.? Na maioria judeus. Poderiam ter eles inventado a doutrina da
Divindade de Jesus? Porventura um judeu diria para um homem “Só Tu tens as
Palavras de vida Eterna” ou “Senhor meu e Deus meu”?! Claro que não! Então
resta-nos dizer que o dogma da Divindade não foi inventado nos ciclos judaicos,
e nem houve gênero literário nos escritos do N. T., pois pelas mesmas razões
exposta acima, esta doutrina é estranha ao pensamento judaico e não existe
nenhum escrito que fale, nem de longe de uma divinização de um homem. Poderá
até existir um gênero literário, uma alegoria ou um midraxe no Novo Testamento,
mas no que tange a Doutrina da Divindade, nunca! Então só tem uma coisa a fazer
assim como fizeram os discípulos, as multidões judaicas (assim como os gentios
e o mundo todo) adorarem a Jesus de Nazaré, Ele é Deus!
Descartada
a possibilidade da nossa fé (a divindade de Jesus Cristo) ter sido inventado
pelos judeus, passemos então aos ciclos pagãos (ou seja, os gentios
principalmente gregos). No início deste século, os exegetas tinham uma solução toda pronta e feita para resolver
este problema, o do aparecimento tão rápido da doutrina segundo qual Jesus
seria um ser existente antes da criação do mundo, e que devia ser colocado no
mesmo grau de Deus e adorado como Ele. Essa doutrina ter-se-ia originado e
desenvolvido não em um meio judeu, que a repeliria com horror, mas nas
comunidades cristãs de línguas gregas saídas do mundo pagão. Tais populações
guardavam a memória desses homens divinos do paganismo, dos mortais divinizados
após a morte. Além disso, a doutrina da
preexistência das almas, opinião professada por setor importante de pensamento
filosófico pagão. Mas, atualmente, essa explicação é com razão rejeitada pela
grande maioria dos teólogos ortodoxos. Podem se encontrar os motivos desta
recusa analisados de modo muito convincente pela exegeta Hengel (cf. Jésus, Fils de Dieu, p 45-72).
Ressaltemos
ainda o argumento cronológico, que por si só, já é absolutamente decisivo.
Vejamos:
Filipenses 2. 9,11 onde se adora Jesus
como Deus é apresentada como uma doutrina já conhecida dos Filipenses. É
certamente a fé que Paulo lhes pregou quando evangelizou Filipos em 49 d. C.
Como o hino é anterior a Paulo, por aí se prova que a Doutrina era largamente
difundida entre as comunidades cristãs lá pelos anos 50, o que situa sua origem
vários anos atrás. Mas, então, em tal época, a influência ideológica dos
cristãos da origem pagã era nula, pois nesse momento a quase totalidade dos
dirigentes da jovem igreja era de origem judia (e como já vimos à doutrina não
saiu de lá). Então quando um crítico chega com esta ideia, rechacemos dizendo
que o mesmo está em verdadeiro anacronismo, e sua tese cai por terra. E além do
mais o conceito da divindade num homem é completamente estranho ao paganismo
helenístico (principalmente no caso de Jesus Cristo, que defendemos o
verdadeiro Deus e o verdadeiro homem unidos numa só pessoa). Isto então causa
espanto aos gregos, pois pesquisas históricas mais profundas demonstraram ao
contrário, que a maneira de pensar dos gregos é totalmente estranha a este e o
refuta com todas as suas forças. Contra a fé dos cristãos, que proclamavam a
Divindade de Cristo, o helenismo opôs seu dogma sobre a transcendência Divina,
que ele considerava inconciliável com a contingência e a existência na história
humana de Jesus de Nazaré. Era
particularmente difícil para os filósofos gregos aceitar a ideia de uma
encarnação divina. Os platônicos a consideravam impensável por causa da sua
doutrina sobre a Divindade, os estoicos não podiam fazê-la coincidir com seu
ensinamento sobre o cosmo. Para responder a estas dificuldades muitos teólogos
cristãos tomou emprestado mais ou menos abertamente do helenismo a ideia de um
deus secundário (deutero theos) ou intermediário, ou ainda de um demiurgo.
Evidentemente, abria-se assim a porta ao perigo do subordinacionismo. Isto
estava latente em alguns apologistas e em Orígenes. Ário fez disso uma heresia
formal, ensinou que o Filho ocupa um lugar intermediário entre o Pai e as
criaturas. A heresia ariana mostra bem como se apresentaria o dogma da
Divindade de Cristo se ele fosse devido verdadeiramente ao helenismo filosófico
e não à revelação Divina. No concílio de Nicéia a Igreja definiu que o Filho é
consubstancial (homo ousios) ao Pai. Assim ele rejeitou o compromisso ariano
com o helenismo, modificando ao mesmo tempo profundamente o esquema metafísico
grego, sobretudo o dos platônicos e dos neoplatônicos. De fato, num certo
sentido, a igreja desmitizou o helenismo e realizou uma catharsis (purificação)
cristã, reconhecendo apenas dois modos de ser: o de ser incriado (não feito) e
o de ser criado, ficando assim eliminada a ideia de um ser intermediário.
Portanto senhores, pelo que estudamos
acima (o anacronismo de Filipenses 2. 9-11 e o desconhecimento da Doutrina nos
ciclos pagãos, até mesmo no berço da cultura da época, Grécia) prova que a
Divindade de Jesus não surgiu dos meios pagãos. Bem, se o dogma não surgiu dos
ciclos judaicos e nem dos pagãos, então à sua procedência é realmente Divina
(cf Jo 3. 13), isto quer dizer então que Jesus Cristo é Deus e não foi
inventado, nem por judeus, nem por gregos e não houve gênero literário nenhum,
aleluia! Jesus Cristo é o Senhor!
Senhores, dizemos que Buda jamais afirmou
ser outra coisa além de homem, Maomé não alegou ser mais que profeta, Moisés e
Confúcio foram meros mortais, e Jesus Cristo? Ele afirmou ser Deus, recebeu
adoração, perdoou pecados e ressuscitou dos mortos. Se Jesus não fosse Deus,
seria ridicularizado, pois estaríamos adorando um homem mortal com atributos
divinos (que paradoxo!), isto é dizer que Jesus é igual aos demais, que todos
sabem não é verdade, e isto é provado pela Teologia, História, Ciência e todas
as demais áreas conhecidas, tudo porque Jesus tem uma particularidade dos
demais: Jesus é Deus.
PROVAS DA DIVINDADE
1ª Prova: Profecia
Séculos
antes da Vinda de Jesus, tinham os judeus em suas Escrituras, uma série de
Vaticínios concretos de característica específica, concernentes ao Messias que
eles agradavam-no Legado Divino, o Filho de Deus. Durante 11 séculos, foram profetizadas as peculiaridades de
Jesus Cristo, uma através de profeta, as demais pelos outros.
Cinco séculos antes da sua vinda, terminada, se
encontrava a descrição dos traços do Messias.
Ninguém tem direito de duvidar as profecias. Os judeus
conservavam para nós os Escritos durante 11 séculos consecutivos. Todas essas
profecias, feito histórico inegável em ciência, estavam já publicados séculos
antes da Vinda do Cristo.
Alguns vaticínios são de um profeta, outros de outro,
esses foram escritos num local, aquele em outro, uns versam uma matéria, outros
noutra... Cada profeta descreve um traço ou uma circunstância do messias
vindouro. Cada profeta o anuncia solenemente.
E todos esses traços fragmentários e separados convergem
para um ponto concreto: a pessoa íntegra do messias.
Profecias no período Patriarcal, Judicial real e
profético.
Passaremos para os irmãos algumas profecias do A. T. que
tiveram o seu fiel cumprimento na Pessoa de Jesus Cristo.
1 – Nascimento da semente da mulher
Profecia: Gn 3. 15
Cumprimento:
Mt 1. 20; Gl 4. 4
2 – Nascido de uma virgem
Profecia: Is 7. 14
Cumprimento: Mt 1. 18, 24, 25; Lc 1.
26-35
3 – Filho de Deus
Profecia: Sl 2. 7
Cumprimento: Mt 3. 17
4 – Semente de Davi
Profecia: Gn 12. 2, 3; 22. 18
Cumprimento: Mt 1. 1; Gl 3. 16
5 – Filho de Isaque e Jacó
Profecia: Gn 21. 12; 35. 10, 12; núm. 24.
17
Cumprimento: Lc 3. 23, 24
6 – Tribo de Judá
Profecia: Gn 49. 10; Mq 5. 2
Cumprimento: Mt 1. 2; Lc 3. 23-33
7 – Casa de Davi
Profecia: 2º Sm 7. 12-16; 13. 2-11; Jr
23. 5
Cumprimento: Mt 1. 2; Lc 3. 23-33
8 – Nascido em Belém
Profecia: Mq 5. 2
Cumprimento: Mt 2. 1; Lc 2. 4-7; Jo 7. 42
9 – Será um Profeta, Sacerdote e Rei.
Profecia: Dt 18. 18; sl 2. 6; 110. 4
Cumprimento: Mt 21. 11; 27. 37; Hb 5. 5,
6
10 –
Juiz
Profecia: Is 33. 22
Cumprimento: Jo 5. 30
11 –
Deveria entrar em Jerusalém montado
num jumento
Profecia: Zc 9. 9
Cumprimento: Mt 21. 6-11; Lc 19. 35-37
12 –
Sepultado no túmulo Rico
Profecia: Is 53. 9
Cumprimento: Mt 27. 57-60
Desnecessário será citar aqui, as 61 profecias
cumpridas rigorosamente, com total exatidão em Jesus. Procure um homem que
tenha cumprido em sua vida, quer seja ela morta ou viva, que tenha cumprido
apenas cinco profecias acima citada do A. T. Antes de explicarmos o motivo
desse estudo, queremos responder algumas objeções levantadas a respeito da
profecia:
a) – Jesus cumpriu intencionalmente as
profecias
Bem,
isto seria aplausível se muitas profecias tivessem sobre o seu controle, tais
como: lugar de nascimento (Mq 5. 2); modo de nascimento (Is 7. 14); traição (Sl
41. 9); tipo de morte (Sl 22. 16); sepultamento (Is 53. 9); etc...
b) – Os cumprimentos das profecias em Jesus
foram uma coincidência, uma obra do acaso.
Na
verdade você poderia ver algumas dessas profecias cumpridas em líderes
políticos ou religiosos, contesta os críticos. Até concordo sim, mas todas
elas, os 61 vaticínios. Endosso a proposta. Josh Mc’Dowell nos diz que a chance
de algum homem ter vivido até o presente e ter cumprido todas as profecias é de
1 a 10 / 17, isto é, um homem em cem quadrilhões. Isto ilustrado é o seguinte:
Apanhemos 10/17 (cem quadrilhões) de moedas de prata de um dólar e as
coloquemos sobre o Estado do Texas. Elas serão uma camada de 60 centímetros de
espessura cobrindo todo o Estado. Agora faça uma marca numa dessas moedas que
estão sobre o Estado. Ponha uma venda nos olhos de um homem e diga-lhe que ele
pode ir até onde quiser, mas que deve apanhar certa moeda, aquela marcada. Qual
a probabilidade de apanhar a moeda certa? (Mais que um Carpinteiro, ed. Bethânia).
Mas como tudo isso prova a Divindade de Jesus? Vejam bem, todas essas
profecias, predições concretas, proclamadas séculos antes da sua realização
vaticínios com abundância de detalhes, cumpridas plenamente, rigorosamente no
Messias, Jesus de Nazaré – o Legado Divino. Tais predições jamais poderiam ser
fruto da inteligência humana. Quero dizer, que predizer é difícil. O homem
arrisca, “vamos ver se dá certo”, mas isto está longe de ser predição precisa,
categoricamente afirmada e matematicamente cumprida. Predizer... Que
dificuldade! Fenômeno meteorológico, o homem não consegue com antecedência
prever furacões, maremotos, etc..., não consegue com exatidão medir dias antes
temperaturas, velocidade do vento, a sua direção, etc... Haverá alguém que
poderá me dizer o que ocorrerá no dia 20 de agosto de 2015? Quantos milímetros
exatamente cairão no pluviômetro nesse dia caso chova? Quão difíceis senhores é
predizer... Predizer o futuro com exatidão Pertence
unicamente a Deus, só Ele pode dizer o futuro com milênios de antecedência e
com a certeza absoluta e determinação precisa e com o cumprimento exato.
“Falou Deus, quem não profetizará”, são mais de 60 profecias (concernentes ao
Messias), feitas durante 11 séculos, por vários profetas, cumpridas ao pé da
letra. Como se explica isto? Deus!
Somente Deus pode ser o autor dos vaticínios. Bem, Deus sendo autor das
profecias, então podemos guiar-nos por elas na obtenção da verdade. As
profecias se cumpriram rigorosamente em Jesus! E algumas profecias atestavam
que Ele era Deus (Sl 2; Is 9. 6; Mq 5. 2). Há um detalhe também em relação aos
vaticínios, Jesus certa ocasião disse “Ego Sum Veristas” (Eu Sou a Verdade – Jo
14. 6). Sim Jesus é a Palavra da Verdade que fez os profetas vaticinarem sem
nenhuma mescla de erros (cf 1º Pe 1. 11). Palavra? Sim, Jesus é esta palavra.
“No princípio era o verbo, palavra” (Jo 1. 1). Agora reparem, antes dos
profetas vaticinarem alguma coisa, vinha primeiro sobre eles “a Palavra do
Senhor” (cf Ez 3. 16; Jr 40. 1). E era essa palavra que dava total garantia de
erro aos profetas, e quem era essa palavra? João responde que era Deus, e isto
João falava de Jesus (Jo 1. 14). Só Deus pode prever o futuro e a garantia
desse “prever” era a palavra do Senhor, então senhores raciocinam comigo: João fala
que essa palavra é Jesus, então essa palavra era o próprio Deus que vinha sobre
os profetas e os dirigiam em suas mensagens com 100% de acerto, então Jesus é
esse Deus. Jesus Cristo aconselhava aos judeus que verificassem as Escrituras
para saberem se ele era o Messias, por quê? Ora, se os profetas vaticinarem com
total acerto as suas mensagens, e algumas delas sobre a sua nação (e os judeus
sabiam disso muito bem) então as suas profecias sobre o Messias estavam se
cumprindo, porque então não verificar para saberem se Jesus era ou não o
Messias. Jesus reivindicava sua messianidade e Divindade baseado nas profecias
e os judeus criam nas profecias e sabiam que elas vinham de Deus, então era só
examinar as Escrituras para saberem se o Messias era Divino, nisto eles se
calavam, pois o fato atestava para isto. E, além disto, era o próprio Jesus o
autor das profecias o que comprova que mais ainda a sua divindade (Jo 5. 39).
Crês nas profecias? Então crês na divindade do Senhor (Jo 1. 45). Outra coisa a
mencionar é que se somente Deus pode prever o futuro com 100% de acerto, então
Jesus é Deus. Vamos ver algumas profecias de Jesus que teve seu fiel
cumprimento.
Profecia
|
Referência Bíblica
|
Cumprimento
|
Paixão,
morte e Ressurreição d’Ele mesmo.
|
Mt
20. 17, 19
|
Cumpriram-se
rigorosamente como todos sabem
|
Ruína
de Jerusalém e Dispersão dos judeus
|
Mt
24. 1, 2
Lc
19. 43, 44
|
Profecia
cumprida literalmente. Tito cercou no ano 70 d. C a Cidade.
|
Perseguição
|
Mt
10. 21-23
Jo
15.18-20
|
Profecia
cumprida. É só lembrar-se de Nero, Adriano, Domiciliano. Leiam também as
narrativas em Atos dos Apóstolos.
|
Propagação
do Evangelho
|
Mt
28. 19, 20
Mc
16. 15
|
Recordem
apenas como essa palavra foi perseguida, mas subsisti até hoje em vários
dialetos, línguas e idiomas.
|
Corazim,
Betsaida e Cafarnaum
|
Mt
11. 20-24
|
Cumpriu-se
notavelmente. Em Cafarnaum hoje é só ruínas, foi destruídas por um terremoto
no ano 400 d. C. Betsaida foi destruída para ser construído um palácio para o
Rei Albalid I de Damasco. Corazim por certo Foi destruída também no ano 400
d. C por um terremoto
|
Outras
como fome, terremoto, pestilência, guerras.
|
Mt
24. 6, 7
|
Cumprem-se
literalmente no nosso cotidiano.
|
Vejam
amigos, profecias cumpridas rigorosamente proferidas pelo Senhor Jesus Cristo.
Quem profere três vaticínios e se cumpre? Mas Jesus, que falou no seu próprio
nome, profetizou e se cumpriu. Sabe por quê? Porque Jesus Cristo é Deus.
Resumindo
ö As profecias falam de Jesus, da sua Divindade.
ö O próprio autor das profecias é Jesus.
ö O próprio Deus falou que Jesus Cristo é Deus.
ö Profecias ditas pelo próprio Jesus, que em seu
próprio nome vaticinou com perfeita exatidão. E como só Deus pode prever o
futuro, então...
Terminamos o nosso primeiro item dizendo
que as profecias provam a Divindade de Jesus.
2ª Prova: A História
Estudaremos agora
Jesus cristo emoldurado no quadro real da história. Surge Jesus Cristo em plena
História, nascido no tempo de Augusto, morto no de Tibério, viveu na mesma
época histórica que Filon, o judeu de Alexandria, que Tito Lívio, que Sêneca,
que Virgílio. Sua vida pública desenrolou-se inteiramente entre essas figuras
históricas. No ano décimo quinto do império de Tibério César, governando Pôncio
Pilatos a Judéia sendo Herodes tetrarca da Galileia, ao tempo dos
sumo-sacerdotes Anás e Caifás. Mediante a este quadro, Jesus faz sua primeira
aparição (Lc 3. 1-2). Não se trata de uma figura lendária, vaga, que se oculta
entre as sombras dos tempos pré-históricos e vive em lugares desconhecidos e
fantásticos, Jesus Cristo não é um mito como queria Ernest Renan. Eis,
senhores, a realidade histórica, concreta em tempo, lugar e obras. A figura de
Jesus é viva, tangível, realíssima, não tem como negar. Podemos então estudar a
Sua Pessoa com a mesma crítica e rigorosidade histórica com que se pode estudar
qualquer problema histórico de qualquer outra disciplina. Vamos analisar.
As
fontes Históricas para o Estudo De Jesus Cristo
Amigos, quais as fontes críticas em que
podemos estudar esse personagem vivo, histórico? A resposta vem de imediato, o
Evangelho.
Evangelho? Esses documentos são dignos de confiança?
Veremos: Foi uma febril atividade, que com ardor empreendeu-se o estudo crítico
histórico dos Evangelhos. Como foram analisados e esmiuçados nestes últimos 50
anos com todo esse rigor e escrúpulo que são próprios da Ciência através de
todos esses métodos usados na elucidação da autenticidade histórica de um
documento. Passo para os senhores resultados de estudiosos racionalistas (com
intuito de tentar “desmascarar” o Evangelho) que se dedicaram séculos nas mais
altas críticas e nas pormenorizadas investigações. Pelo método das citações
descobriram-se várias alegações dos Evangelhos em escritos autênticos
anteriores ao ano 150 d. C e inclusive anterior ao ano 100 d. C, vejam
senhores citações dos quatro livros sagrados e espantem-se, pouco período de
sua formação (o último, o Evangelho de João, junto com o Apocalipse, foram
escritos no ano 90 d. C). No fragmento do manuscrito chamado Muratoriano, estudado por
Wieseler e Herz, entre outros, é dado como certeza que já em 142 d. C., sob o
Papa Pio I, existia o catálogo dos livros canônicos, dentre os quais figuravam
os Evangelhos. E o manuscrito chamado Código Sinaitico não é mais que cópia do
texto grego dos Evangelhos usado pela Igreja antes de findar o século I. A lógica impulsionada pelas cargas afetivas
anelava que os Evangelhos houvessem sido escrito após o ano 150 d. C, mas a
crítica cientificamente serena os encontra copiados em citações antes do ano
100 d. C pelo método das traduções.
Naturalmente, os senhores que leem esta monografia, quer
sejam médicos, biólogos ou químico, como sejam operários, vendedores ou
domésticos, sabem que se traduz um livro de uma tradução anterior, isto é
óbvio. Possuímos traduções, a Vetus Itálica, que é a versão latina dos Evangelhos,
e a Peschita, que constitui a sua versão Sírica, foram elaboradas anteriormente
a 150 d. C, a primeira, e a segunda em fins do século I. Se as versões (que são
traduções do original) são do século I, anterior a 150 d. C., é lógico então
que os originais são precedentes ao mesmo, qualquer um a de convir com isto.
Pelo método polêmico, veremos já no século II redigiam-se libelos contra os
hereges, nos quais se os arguia recorrendo aos Evangelhos o que não deixou de
ser uma suposição de sua existência. Supõe, além disso, uma vez que se
argumentava com os próprios hereges concediam que já nessa época eles (os
hereges) admitiam a autenticidade dos Evangelhos. Pois se assim não fosse,
bastaria que os referidos hereges redarguissem que os ensinamentos dos
Evangelhos não lhes dizem respeito. Vejam a ciência séria com multiplicidade de
argumentos de valor estritamente crítico, conclui pela genuidade dos Evangelhos
escritos no Século I pelos autores que neles figuram.
O próprio Renan (1) viu-se compelido a confessar: “Em
suma, admito como autênticos os quatro Evangelhos canônicos” (Vida de Jesus,
Ernest Renan, pág. 23).
Harnack (2) escreveu: “O caráter absolutamente único dos
Evangelhos é hoje em dia universalmente reconhecido pela crítica”.
Streeter (3) afirma em seus estudos de literatura
clássica, que aqueles livros são os que falando de modo crítico, detém a mais
privilegiada posição que existe. Repare bem, toda crítica racionalista atestam
o valor do Evangelho, sim para os liberais o evangelho é autêntico. E o mais
seguro dos críticos de textos do século XIX, Hort, resume suas investigações de
25 anos, e os de seu colega Westcott, com estas frases textuais: “As sete
oitavas partes do conteúdo verbal do Novo Testamento não admitem dúvida alguma.
A última parte consiste preliminarmente, em modificações na ordem das palavras
ou em variantes sem significação. De fato, as variantes que atingem a
substância do texto são tão poucas, que podem ser avaliadas em menos da
milésima parte do texto”. É de admirar que, entre a quantidade inumerável de
códigos versões e cópia dos Evangelhos em todo o orbe, ainda mesmo quanto à
materialidade das palavras, não seja objeto de dúvida a concordância de sete
oitavas partes do texto e que a parte restante constitua apenas variantes da
ordem dessas mesmas palavras. Admira senhores, que através de tantos copistas e
em tão variadas línguas, as variantes entre códices e versões do mundo todo não
atinjam a mais que a milésima parte do texto Evangélico. Quem poderia exigir
tanta precisão e exatidão histórica nas fontes para o estudo de Jesus
Cristo? Convém refletir, sobre a
circunstância de não serem de hoje as traduções ou cópias dos Evangelhos. São
elas da época dos papiros quando, então, os amanuenses que os redigiam,
enviavam os Evangelhos para a Síria, Grécia, Palestina, África. Fácil é avaliar
o valor dessa prova, reflexionando como homens de hoje que dispõe de máquinas
de impressão que produzem um sem número de cópias exatamente iguais.
1- Joseph
Ernest Renan (1823-1892)
Filósofo
semítico francês e historiador da religião. Segundo ele o cristianismo foi
baseado em lendas. Foi o principal representante do liberalismo francês. Um dos
maiores críticos do cristianismo.
2- Adolf Harnack (1851-1930)
Teólogo e historiador eclesiástico alemão.
É liberal e diz que a Bíblia e os credos são incompreensíveis às pessoas hoje.
3- Streeter
Um grande crítico Inglês.
Autênticos
e genuínos foram os Evangelhos escritos pela geração em que se desenrolaram os
fatos que narram geração essa que poderia ao lê-los recusar seu conteúdo como
inexato, mas nunca o fez. Transparentes e simples sem ocultar fraquezas e erros
dos apóstolos nem humilhações e ignomínias de Jesus Cristo, assim são os
Evangelhos. Redigidos por testemunhas oculares como Mateus, João, Pedro (no
qual narrou para Marcos os acontecimentos) e temos também Lucas, que foi um
fidelíssimo investigador e crítico relator do que narra. Selados com o
testemunho dos tormentos e do martírio sofrido por seus autores, os Evangelhos
segundo o estudo mais crítico científico feito através dos anos de
investigações por homens alheios a seu ideal religioso, são fontes críticas
irrecusáveis que nos colocam com absoluta segurança científica, em contato com
a Pessoa e a obra de Jesus Cristo. Ninguém pode duvidar de seu conteúdo, se
essa dúvida for prudente e racional, sim porque duvidar imprudentemente e
irracionalmente é possível. Creio amigos, que ninguém vai querer proceder
imprudentemente e irracionalmente. Os Evangelhos assim como também o N. T. são
autênticos. Temos provado sua autenticidade e continuaremos a provar, pois
esses documentos que nos baseamos são os que nos falam que Jesus Cristo é Deus.
Como saber se um documento é autêntico? Uma obra só será considerada autêntica
se estiver dentro destas três condições:
ü Foi
realmente escrita pelo autor a quem é atribuído;
ü É
fiel tanto na narração dos fatos como na descrição de regiões e cidades, e na
citação de pessoas que realmente existiram;
ü O
texto atual é uma reprodução do texto original, ou seja, o texto primitivo que
chegou até nós sem sofrer alterações no sentido do seu conteúdo.
A autenticidade de um documento histórico é de
fundamental importância para crermos ou não na veracidade de seu conteúdo ou de
sua mensagem. Os documentos que provam que Jesus Cristo é Deus são autênticos.
Para continuarmos a prova a autenticidade dos documentos, invocaremos alguns
testemunhos:
A)- Papias
(60 – 140 d. C.)
Papias, Bispo de Hierápolis, Frígia, País
da Ásia antiga. Escreveu uma obra intitulada “Interpretações dos oráculos do
Senhor”, nesta obra ele fala que Mateus escreveu com ordenamento em hebraico,
os discursos do Senhor e cada um procuravam traduzi-lo como podia. Isto é de
grande valia, pois fala do Evangelho de Mateus, que hoje sabemos foi escrito no
ano 85 d. C (alguns afirmam 90), 50 ou 60 anos depois da ascensão do senhor,
cujos fatos ainda estavam acesos nas memórias dos que presenciaram os
acontecimentos, é de conhecimento também que o Evangelho foi escrito na
Palestina e em hebraico ou aramaico, sendo depois traduzido para o grego.
Papias testemunhou também sobre o Evangelho de Marcos. Isto também dizia o
presbítero (João): Marcos interprete de Pedro, escreveu exatamente, porém
ordenadamente, tudo o que conservava na memória acerca das palavras e ações do
Senhor. Pois não tinha ele próprio nem ouvido nem acompanhado pessoalmente o
Senhor. Mas, como disse, mais tarde foi companheiro de Pedro, o qual pregava o
Evangelho para utilidade dos ouvintes, não para tecer uma história dos
discursos do senhor. Por esse motivo, não incorreu Marcos em nenhuma falha
escrevendo alguma coisa conforme as lembranças. Por que uma só coisa deseja:
Não omitir nada do que havia ouvido, nem somar ao seu relato qualquer
falsidade. Portanto, segundo a informação de Papisa, Marcos escreveu seu
Evangelho no idioma grego, sob o olhar e segundo as instruções de Pedro, no ano
65 ou 70 d. C. Papias também dá testemunho de quatro Evangelhos: “O Evangelho
de João, escrito depois do Apocalipse foi publicado e entregue as igrejas pelo
próprio João antes de sua morte”. Há alguém que duvide da autenticidade do
testemunho de Papias?
b)- Irineu
(130-202 d. C.)
A segunda grande testemunha sobre a
autenticidade dos Evangelhos nasceu na Ásia Menor, provavelmente em Esmirna.
Irineu foi discípulo de Policarpo, que por sua vez, foi discípulo do apóstolo
João. O grande discípulo escreveu um livro intitulado Contra as Heresias. Esta
obra foi escrita no ano 185 d. C., e com ela o Pastor tentou combater todas as
heresias surgidas desde o tempo dos apóstolos até os seus dias. Nesta obra,
Irineu cita tantas vezes o Evangelho que através dessas citações poderíamos
perfeitamente reconstituí-lo completamente. Além de citar os nomes dos quatro
Evangelistas, ele afirma que a Igreja reconhece a autenticidade dos quatro
Evangelhos, e esta autenticidade já no seu tempo estava firmemente estabelecida
entre os irmãos. Eis o que ele escreveu no citado livro: “Mateus, entre os
hebreus e na língua deles, publicou um Evangelho, Marcos discípulo e interprete
de Pedro, transmitiu-nos também por escrito a pregação de Pedro, Lucas,
companheiro de Paulo, redigiu num livro o Evangelho pregado por Paulo, depois
João, discípulo do Senhor, que se reclinara sobre o seu peito, publicou também
seu evangelho enquanto residia em Éfeso, na Ásia” (Contra as Heresias, 1 Livro
III capítulo 1).
c)- Justino,
o Mártir (100-163 d. C.).
Nascido em Naplona, Samaria, converteu-se em
130 d. C. em 150 – 155 d. C escreveu o diálogo com o Judeu Trifão e duas
Apologias do Cristianismo. Tanto no Diálogo como nas Apologias, Justino fala
dos “Comentários dos Apóstolos, chamados Evangelhos”, diz que os Evangelhos
tinham por autores” Apóstolos e Discípulos”, ou seja, dois Apóstolos (Mateus e
João) e dois Discípulos (Marcos e Lucas). Justino afirma também que os
Evangelhos eram lidos publicamente aos domingos, quando os fiéis se reuniam.
d)- Clemente
de Alexandria (150 – 215 d. C.)
Tito Flávio Clemente nasceu provavelmente na
Cidade de Atenas, mas viveu a maior parte de Alexandria, onde se converteu.
Clemente nos diz que primeiramente foram escritos os que contêm a série da
genealogia do Senhor. O Evangelho de Marcos foi escrito na seguinte ocasião:
Havendo Pedro pregado publicamente a Palavra de Deus e inspiração pelo Espírito
Santo, muitos dos ouvintes exortaram a Marcos (já que há muito tempo ele seguia
a Pedro e retinha na memória as palavras deste) a que escrevesse o que havia
pregado Pedro. Consequentemente Marcos escreveu o Evangelho e o entregou aos
que o pediam.
E)- Tertuliano
(160 – 223 d. C.)
Foi o maior defensor do cristianismo. Nasceu
em Catargo, se formou em Direito e se converteu ao testemunhar o heroísmo dos
mártires cristãos. Passou a escrever em defesa da fé cristã. No seu livro
Contra Márcio, ele afirma que só existem quatro Evangelhos reconhecidos pela
Igreja apostólica, cita os nomes dos quatro Evangelista e assegura que esses
Evangelhos estão em uso na Igreja desde o tempo dos Apóstolos. Eis um trecho do
seu importante testemunho: “Sustentamos que o instrumento evangélico tem por autores
os Apóstolos... Ou se os autores são discípulos dos Apóstolos, não puderam
escrever sozinhos, mas com os apóstolos e segundo os apóstolos... Entre as
Igrejas fundadas pelos Apóstolos, bem como em todas as Igrejas unidas a elas, o
Evangelho de Lucas se manteve desde a publicação tal qual o defendemos hoje...
As Igrejas apostólicas cobrem também com a sua autoridade e patrocínio dos
demais Evangelhos que por intermédio das mesmas chegaram a nossas mãos...
Refiro-me aos de João e de Mateus, e também ao de Marcos, embora este último
seja atribuído a Pedro, de quem Marcos era o interprete, como é atribuído a
Paulo a narração de Lucas... O fato é constante, todos os Evangelhos se
encontravam nas Igrejas daqueles tempos”.
f)- Orígenes
(184 – 254 d. C)
Viveu
em Alexandria, escreveu muitos comentários às Sagradas Escrituras e várias
apologias do cristianismo, o mais famoso é Contra Celso. Vejamos o que diz
Orígenes. Do mesmo modo temos sabido por tradição acerca dos quatros
Evangelhos, o único que sem discursão são admitidos em toda Igreja de Deus que
está sob o céu, a saber: Que o primeiro Evangelho foi escrito por Mateus,
primeiramente publicano, mas logo depois apóstolo de Jesus Cristo, e o publicou
escrito em hebraico para os judeus convertidos a fé. Temos recebido que o
segundo Evangelho foi de Marcos, escrito segundo aquilo que Pedro havia
pregado. E por isso Pedro o reconhece como seu filho na epístola canônica, com
estas palavras: ... como igualmente meu filho Marcos (1º Pe 5. 13b)”. O
terceiro Evangelho é de Lucas, escrito em favor dos gentios e recomendado por
Paulo. O último Evangelho é de João”. Se os Evangelhos não fossem autênticos
qualquer um desses que viveram pouco depois dos fatos ocorridos poderiam
rejeitá-los publicamente, por que não fizeram? Pelo contrário testemunharam a
fidelidade e a confiabilidade dos escritos Neotestamentário, confirmando a sua
autenticidade.
Senhores, vimos à fonte histórica para o
estudo de Jesus e temos visto que elas são fidedignas, autenticas e genuínas,
vimos à veracidade de seu conteúdo e também os testemunhos externos de homens
que viveram pouco depois dos Evangelhos serem escritos. Foram descobertos em
nosso século alguns papiros, o de Jonh Ryland, que data de 130 d. C. de Chester
Beatty, de 155 d. C; Bodmer, ano 200, esses papiros cerrou o lapso de tempo que
havia entre os dias de Cristo e os manuscritos de data posterior, ou seja, os
críticos falavam que os documentos que nos apoiamos eram do segundo século,
portanto, indigna de crédito, pois é de uma data bem posterior aos
acontecimentos, mas com as descobertas dos manuscritos eles se calaram das
acusações. Millan Burrows, da Universidade de Yale, diz: “Outro resultado da
comparação do novo Testamento grego com a linguagem dos papiros (descoberta) é
um aumento de confiança com a relação à fidelidade da transmissão do texto do
Novo Testamento. Descobertas como estas têm aumentado à confiança dos eruditos
na autenticidade bíblica (mais que um carpinteiro, Josh Mc Dowell, Editora
Betânia, pág. 42, 43). Os apóstolos e discípulos escreveram tudo que viram e
ouviram de seu mestre, Jesus (exceto Lucas que fez um exame rigoroso dos fatos
e Marcos, mas no caso este, ele escreveu a pregação de Pedro, que por sua vez
viu e ouviu o que Jesus fez). Era costume na religião judaica que os alunos
memorizassem os ensinos de seu mestre. O bom aluno era como uma “cisterna
internamente revestida que não desperdiça uma gota sequer” (Targum de Mishna
Abot 2. 8). Portanto, não há dúvidas dos escritos dos apóstolos e discípulos. As
pessoas não acreditam nos Evangelhos e no Novo Testamento, por acharem ser uma
obra do passado que a cópia mais antiga data do segundo século (o que é
mentira) e que os números de cópias são pouquíssimos (o que também é mentira),
mas tais pessoas acreditam na Ilíada de Homero, que tem menos cópias e o
intervalo é bem maior do original, é incrível isso.
Obra
|
Data
|
Cópia mais antiga
|
Intervalo
|
Nº de Cópias
|
Ilíada (Homero)
|
900 a. C.
|
400 a. C.
|
500 anos
|
643
|
Novo Testamento
|
40-100 d. C.
|
125 d. C.
|
25 anos
|
24.000
|
Para
finalizarmos, eu quero falar do poço de Betesda, que serviu de muita crítica
para os céticos, pois o mesmo só se encontra registrado no Evangelho se
encontrava, pois agora pode ser localizado com uma boa dose de certeza, na zona
nordeste da Cidade Velha (área denominada Bezeta ou Novo Gramado), no primeiro
século a. D., onde em 1888 durante escavações próximas à Igreja de Sant’ana,
descobriram-se vestígios desse poço. Creio ser desnecessário estendermos mais,
visto que ficou comprovado a autenticidade, a genuidade, a fidelidade e a
confiabilidade dos Evangelhos e também de todo o Novo Testamento. Tendo comprovado a autenticidade dos referidos
documentos, e vendo nele uma verdadeira fonte de historicidade (os Evangelhos e
o Novo Testamento não é nenhuma invencionice e nem conto da “garrochinha”),
vejamos nesses documentos, nessas fontes, quem é Jesus Cristo.
Jesus Cristo manifestou-se com insuperável
claridade, dizendo categoricamente quem é o legado Divino, o filho de Deus. Em
Jesus Cristo se cumpriram todas as profecias ficando designado quem era, agora,
porém, não são os profetas, senão Ele mesmo que se manifesta e se revela a
humanidade. O fato central histórico na vida de Jesus Cristo é a sua afirmação
categórica repetida privativamente em público e diante do tribunal de que era
Ele o Filho de Deus. Crês no Filho de Deus? Perguntou Jesus ao cego que acabara
de dar a visão. “Ele respondeu:” Quem é Senhor, para que cria Nele? E tornou
Jesus: “Viste-o e é Este mesmo que fala contigo” (Jo 9. 36, 37). Certa ocasião
uma mulher samaritana conversando com Jesus, falou-lhe: “Sei que virá o
Messias, a quem chamam Cristo, quando Ele vier, tudo nos ensinará”. Redarguiu
Jesus solenemente: “Sou Eu mesmo que está falando contigo” (Jo 4. 25, 26).
Vejam o Filho de Deus não faz distinção de almas, se revela aos samaritanos que
não se relacionavam com os judeus, mas levaram e conservaram a profecia. Uma
confissão de Jesus em público, e por sinal um público monoteísta ao extremo
como os judeus, “o Pai e Eu somos um” e compreenderam tão bem os que ouviam que
quiseram apedrejá-lo.
Que
diálogo!
-
“Tenho-vos mostrado muitas obras boas, por qual dessas obras me apedrejais?”.
-
“Não é por causa de nenhuma obra boa que te apedrejamos, mas pela blasfêmia e
porque sendo tu um simples homem, te fazes Deus” (Jo 10. 30-33).
Vejam
o mesmo episódio em Jo 5. 18, o sumo sacerdote Anás pergunta a Jesus se Ele era
realmente o Cristo, o Filho de Deus Bendito, no qual Ele responde: Eu Sou! (Mc
14. 60-62). Em Jo 10. 30-33; Jo 5. 18; Mc 14. 60-62 temos três passagens que
nos falam claramente da Divindade de Jesus, por que não creem? Pois os judeus
entenderam muito bem o que Jesus estava dizendo. Precisamente por essa razão
Jesus foi condenado, o que seria loucura, se realmente Ele não fosse Deus, pois
qual homem que morreria por dizer alguma coisa que na verdade não era? Nós
temos uma lei e segunda ela, deves morrer, porque te fizeste Filho de Deus (Jo
19. 7). Bem decisiva é, ante a história e reiterada afirmação de Jesus Cristo,
de que Ele é o Filho de Deus e tão históricas quanto essas afirmações, são as
provas que Jesus usou para demonstra-la. “Se em mim não quereis acreditar,
credes em minhas obras (Jo 10. 38)”. As obras de Jesus, realíssimas,
inconfundíveis, infalsificáveis. Não são próprio do homem razoável crer sem
provas, provas tangíveis querem para solidificar sua crença, isto é bom e
daremos, pois magnifico nas provas é Jesus Cristo. Os Evangelhos nos fornecem
41 provas incontestáveis. Vejamos algumas.
® Em
certa ocasião, Jesus com apenas cinco pães e dois peixes alimentou cinco mil
homens, fora mulheres e crianças e ainda sobejou (Mt 14. 13-21). Que milagre!
Que prova! Com cinco pães e dois peixinhos, Jesus fez uma oração e alimentou
tamanha multidão. Contestar? Conseguem? Duvidar da veracidade da narração do
Evangelista? Já provamos a credibilidade dos documentos, então temos que crer e
aceitar as provas da Divindade de Jesus. Alguma objeção? Se não creres em
Jesus, creres então nas suas obras.
® Trilhava
Jesus a caminho de Jerusalém e d’Ele se aproxima dez leprosos (o temido bacilo
de Hansen e os módulos cancerosos e a degeneração dos tecidos, que atualmente
não há cura, o tratamento que talvez obtenha uma cura condicional e certa
remissão é o “azeite de Chaulmogra”, que é prolongadíssimo e
infelizmente não eficaz). Eis que vem Jesus Cristo e se aproxima os dez
leprosos, aqueles que não podiam apresentar-se em público, mas que tiveram
coragem para aproximar-se do Mestre, com essa confiança que somente Jesus
Cristo inspirava. Chega o leproso ocultando as chagas em sua carne e uma vez diante
d’Ele, lhe diz: “Senhor, se queres poderás limpar-me” (Mt 8. 2, 3). Responde
Jesus: “Quero! Sê limpo!” E no mesmo instante aquela carne podre tornou-se
limpa, sadia como corpo de recém-nascido. Haverá quem queira arriscar-se ao
ridículo afirmando que a lepra tem curável assim por uma simples ordem? Então
aquele homem provou por suas palavras, por sua obra ser Deus. Qual a prova
certa para determinar a morte real de alguém, distinguindo da aparente?
Putrefação! Sim, amigos, amigos, onde há putrefação não existe vida, Célula
putrefata, célula morta, o putrefato não vive. Protoplasma desintegrado, núcleo
desintegrado, estado coloidal transformado em estado de gel, morte. Em ciência
tal é indiscutível: putrefação, morte!
Muito
bem, existia em Betânia um homem que estava gravemente enfermo, chamava-se
Lázaro, suas irmãs mandaram contar a Jesus, mas Esse só chegou quatro dias após
o seu sepultamento (Jo 11. 1-54). Disseram a Jesus: “Se estivesse aqui, meu
irmão não teria morrido”, seria o mesmo que: “Por que deixaste morrer?”
Deixou-o morrer, para bem selar a prova de sua Divindade. Jesus manda retirar a
pedra do sepulcro, Marta replica dizendo que já cheira mal, pois é de quatro
dias. Mas Jesus com o poder que lhe é peculiar, erguer os olhos aos céus e exclama:
“Pai... para que todos creiam que Tu me enviaste”, e com esta oração, cônscio
de si, clama a viva voz: “Lázaro, vem para fora!” Eis Lázaro vivo, frente aos
judeus, inimigos mortais de Jesus em sua maioria. Lázaro vive! É de se perder o
juízo, os judeus não podem negar o fato, é por demais palpáveis. O que fazer
diante de tantas evidências, negar não podem, só tem duas escolhas, rejeitar e
odiar, esse homem como fizeram os judeus que presenciaram o fato ou crer e
adorá-lo, o que é lógico e consequente. Qual a vossa escolha.
Poderíamos nos alongar nas
provas, mas para que? Essas são suficientes. Crês pelo menos nas obras de
Jesus? Suas obras confirmam a Sua divindade, a história confirma a Sua
Divindade, não podemos negar os fatos, não podemos ser incrédulos diante de
todas essas provas que apresentamos. Qual o vosso veredito senhores? Alguns não
conformados com os fatos, indagam: devemos admitir a historicidade dos
Evangelhos? Bem, já falamos disso anteriormente, mas não estão satisfeitos, não
querem crer que Jesus Cristo é Deus, querem ciência, querem historicidade,
querem provas... negais os fatos porque não se enquadram nas vossas ideias, mas
isto não é sério e nem sincero, é algo espantoso principalmente porque já provamos
a autenticidade, a historicidade e a credibilidade dos documentos históricos
que versam sobre Jesus Cristo). Todo crítico especialista nesta matéria admite
as obras de Heródoto e de Tucídides. Pois bem, as obras de Heródoto só foram
mencionadas pela primeira vez cem anos após sua morte por Aristóteles, e o
primeiro a reconhecer como autênticas as obras de Tucídides foi Cícero,
trezentos anos depois do seu desaparecimento (como dissemos anteriormente, o
intervalo mais longo do Novo Testamento é de 25 anos. O Novo testamento foi
escrito no ano 40-100 d. C. e a cópia mais antiga é de 125 d. C. e mesmo assim
não crêem, como são as coisas...).
Senhores,
é de grande proveito observar que aqueles que, nos Evangelhos fogem da luz, são
os mesmo que admitem sem a menor hesitação, a vida de Buda. Mas, o livro Lalita
Vistara, que contém a história de Buda (com seu nascimento pelo qual ao nascer
500 elefantes dobraram o joelho diante dele e as palmeiras bateram palmas e
ainda diz que ele nasceu falando) é reconhecido, de olhos fechados por todos os
críticos, como do século I a. C., isto é, redigido pelo menos três séculos após
a morte de Buda. A questão não é admitir a historicidade dos Evangelhos, mas
sim de fobia (do grego Phóbos - horror – aversão, obsessão agressiva, horror
doentio por qualquer coisa).
Diz
Strauss: (Friedrich David Strauss, 1808-1874, Teólogo Alemão, nasceu em
Ludwigsburg, estudou em Tubingen, com o F. C. Bauer, suas maiores invenções são
a negação dos milagres nos Evangelhos e dizer que os mesmos estão cheio de
mito) não admitimos os Evangelhos, não porque haja razões para isso, mas para
não admitir as consequências morais dos mesmos. Zeller apoia: ainda que tivesse
a prova máxima de Jesus Cristo, corroborada por argumentos de maior força e
mais valor, jamais acreditaríamos nele. Foi o que aconteceu com os judeus, e
acontece hoje com os incrédulos e céticos. Veem, tem provas irrefutáveis sobre
os fatos, mas não querem crer, nem aceitar que Jesus Cristo é Deus! “Se eu não
tivesse vindo e não lhe houvesse falado, não teriam culpa, mas agora não tem
desculpas do seu pecado... Se eu não houvesse feito entre eles tais obras, como
nenhum outro não teria culpa, mas agora as viram e, contudo, aborreceram-me a
mim, e não só a mim, mas também ao meu Pai” (Jo 15. 22-24). A luz veio ao
mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, e isto se repete ainda
hoje, e bem nítido está no Evangelho tudo quanto se refere à Pessoa de Jesus
Cristo e as suas obras. Senhores, diante de nós apresentou-se Jesus Cristo com
uma realidade histórica baseada em fontes de tal valor crítico que, no parecer
de técnicos especialistas que contam com a nos de minuciosa investigação, não
existem no estudo da literatura clássica livros que possam historicamente
falando, posição mais privilegiada que os Evangelhos. E tais fontes de
indiscutível valor, apresentaram-nos a Jesus Cristo através de declarações
claras e diáfanas sobre sua Pessoa, e com provas, tanto em número como
qualidade, absolutamente convincentes. Esse é Jesus Cristo na História, crês
n’Ele? Crês pelo menos nas suas obras? Essas respostas podem ser fatais ou não,
pois delas dependem a sua, a minha vida eterna.
“Eu
vim para que tenhais vida, e a tenham com abundância” (Jo 10. 10).
“Quem
tem o Filho tem a vida, quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 Jo 5.
12).
“Para
que todo o que Nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3.15, 16).
““...
Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, terá a vida eterna...
(Jo 5. 24).
3ª
Prova: Os milagres (Lc 7. 22).
Milagre é a interferência sobrenatural no
curso das coisas naturais, e isto só Deus pode fazer. Jesus operou vários
milagres que seria impossível ao homem realizar, provando assim, Sua Divindade.
Vejamos alguns desses milagres:
1
- Milagres de Cura Física
ö
Lepra (Mt 8. 2-4; Mc 1. 40-45; Lc 5. 12-15; 17. 11-19)
ö Paralisia
(Mt 9. 2-8; Mc 2.3-12; Lc 5. 18-26).
ö Febre
(Mt 8. 14-17; Mc 1. 29-31)
ö Mão
Mirrada (Mt 12. 9-13; Mc 3. 1-6; Lc 6. 6-11).
ö Surdez
e Mudez (Mc 7. 31-37).
ö Cegueira
(Mc 8. 22-25; Mc 10. 46-52; Jo 9)
ö A
orelha restaurada de Malco (Lc 22. 47-51).
ö Hemorragia
(Mt 9. 20-22; Mc 5. 25-34; Lc 8. 43-48).
ö Hidropsia
(Lc 14. 2-4)
2
– Milagres no âmbito da natureza
ö Tempestade acalmada (Mt 8. 23-27; Mc 4.
35-41; Lc 8. 22-25).
ö Pesca sobrenatural (Lc 5. 1-11; Jo 21.
6).
ö Multiplicação dos Pães (Mt 14. 15-21; Mc
6. 34-44, Lc 9. 11-17; Jo 6. 1-14; Mt 15. 32-39; Mc 8. 1-9).
ö Andar sobre as Águas (Mt 14. 22 23; Mc
6. 45-52; Jo 6. 19).
ö Tirar dinheiro de dentro de um peixe (Mt
17. 24-27).
ö Figueira seca (Mt 21. 18-22; Mc 11.
12-14).
3
– Milagres de Ressurreição
ö A Filha de Jairo (Mt 9. 18-26; Mc 5.
35-43; Lc 8. 41-56).
ö O Filho da viúva (Lc 7. 11-15).
ö Lázaro (Jo 11. 1-44)
ö A Sua Própria (Mt 12. 38-40; 16. 21; 17.
9).
Cristo demostra sem
poder sobre o corpo, a natureza e a vida, a qual só pertence a Deus.
Possibilidade
do Milagre
O milagre deve estar
contido dentro do conceito de quatro elementos:
- Deve ser um fato
sensível, verificável pelos sentidos e através dos meios de pesquisa
científica;
- Devem ser
superiores as forças da natureza, ou seja, as forças da natureza não podem
produzi-lo daquela determinada maneira;
- O milagre deve
provir de Deus como causa, ou seja, no seu próprio nome;
- Deve ter um fim
religioso.
Surgi agora uma dúvida: Os milagres são
possíveis? E se são possíveis, são ainda conhecidos? Bem, perguntar se os
milagres são possíveis hoje, é o mesmo que perguntar se Deus possui poder
suficiente para mudar as leis da natureza. É lógico que quem não crê em Deus,
automaticamente não acreditará em milagres, mas quem crê, afirmará: “Operando
Deus quem impedirá?” Sim, Deus pode se fazer conhecer através de milagres, para
ajudar um incrédulo a reconquistar a fé, para consolar uma pobre mãe, trazendo
seu filho de volta dos braços da morte (Lc 7. 11-17). O milagre elimina qualquer dúvida, diante da intervenção de Deus, todos
podem ver e crer. A respeito dos milagres evangélicos, falamos que:
ü Trata-se
de fatos reais;
ü São
superiores as leis da natureza;
Jesus
certa ocasião falou para acreditarmos ao menos nas suas obras (Jo 10. 38),
aceitaremos o desafio.
Esses
fatos aconteceram como prova da Divindade de Jesus?
A REALIDADE DOS MILAGRESDE
JESUS
Não é preciso demonstrar que o Evangelho
está repleto de milagres, basta abrir qualquer página, ao acaso, ali veremos
alguns dos seus 41 milagres. Mas esses fatos (milagres) aconteceram realmente?
São reais ou imaginários? A primeira resposta a ser dada é que negar os
milagres é negar a historicidade dos Evangelhos, o que já falamos acima. Outra
coisa a ser dita é que os próprios inimigos de Jesus atestaram a realidade dos
milagres, atribuindo aos demônios (Mt 12. 24). Os judeus também confirmaram os
milagres de Jesus (Rabino Eliezer Ben Hyrcanus, 95 a. D; Sanhedrim 43a). O
testemunho dos pais apostólicos confirmam os milagres do Cristo (Irineu,
Tertuliano, Clemente, etc.). Os milagres de Jesus é uma realidade e não fato
fictício, é completamente comprovado pela história (vimos a confiabilidade dos
documentos neo testamentários) e pela razão, para assegurar esta veracidade
faremos uma comparação entre os milagres de Cristo, Maomé e Buda.
Um Milagre de Cristo
“Partindo Jesus dali, seguiram-no dois cegos
que clamavam, dizendo: Tem misericórdia de nós, filho de Davi”. E, tendo Ele
entrado em casa, os cegos se aproximaram dele, e Jesus perguntou-lhes: Credes
que Eu posso fazer isto? Responderam-lhe: Sim, Senhor. Então lhes tocou os
olhos, dizendo; Seja-vos feito segundo a vossa fé, e os olhos se abriram. Jesus
ordenou-lhes terminantemente dizendo: Vede que ninguém o saiba. Eles, porém,
saíram e divulgaram a sua fama por toda aquela terra (Mt 9. 27-31).
Um Milagre de Maomé
“Habib, filho de
Malek, em um belo dia, insistiu com o profeta nestes termos: Maomé agora é meio
dia”, se desejais que tenhamos créditos em vós, fazei que, de repente anoiteça.
Depois, subindo ao Monte Abou Robais, ordenareis à lua que se torne lua cheia.
Uma vez lá em cima, mandareis que ela se coloque sobre Kaaba e dê sete voltas
em torno à Santa Casa, e depois lhes direis: prostra-te diante de Kaaba.
Mandareis a seguir, que ela faça uma profunda reverência. Logo depois deverá a
lua gritar, em excelência árabe: que a paz esteja convosco verdadeiro apóstolo
de Deus. De maneira a ser compreendida pelos camponeses.
Uma vez feita esta reverência, ordenareis que ela em vossas pela manga direita
e saia esquerda. Feito isto, deverá dividir-se em suas partes, das quais uma se
colocará a leste e a outra a oeste. De um salto súbito, à maneira dos
gafanhotos, as duas partes, deverão pular, cada qual para a outra, para
novamente formar uma só. Maomé, respondeu: não sou dos que voltam atrás. E
realizou o prodígio (citado por Fillion Der Miracles de N. S. Jésus Chist, pág.
127, O problema de Cristo, pág. 99). Ao ler esta narrativa, lembrei-me do meu
tempo de infância, aonde via filmes como Ali Babá e os quarenta ladrões, das
mil e uma noites de Bagdá.
Um Milagre de Buda
Assim, de
Boshisttiva, que se aproximava de Boshimanda, desprendia-se um fulgor de tal
poder que, por meio dele, todos os males desapareciam, todas as inquietudes
eram eliminadas, todas as sensações de vidas más, aniquiladas. Todos os seres
que possuíam alguma imperfeição dos sentidos conseguiram de um momento para o
outro, a perfeição: os que estavam atacados de alguma doença viram-se livres
delas; aqueles que eram vítimas do medo tornaram-se senhores da situação; os
que estavam na prisão, viram-se libertados das cadeias; os pobres receberam
fortunas os que eram atormentados por algum mal natural; não mais se viu por
ele perseguido; os que tinham fome foram saciados; os que sentiam sede
sentiram-se desalterados; as mulheres grávidas tiveram partos felizes; os que
eram lânguidos e débeis foram dotados de grande vigor e ninguém mais, daquele
momento em diante, passou a ter paixão, ódio ou tranquilidade de espírito ou a
cólera, ou a concupiscência ou a perversidade ou a inveja ou o ciúme. Nenhum
ser, naquele momento, morreu ou encarnou-se num ser inferior. Todos os seres
foram naquele momento, impregnados de sentimentos de benevolência, de atenção e
solicitudes recíprocas, como aconteceu entre os pais e mães (Lalita Vistara,
Cap 19). Continuamos no mundo ridículo do fantástico, do extraordinário. Os
milagres de Cristo provam Sua Divindade. “Crês pelo menos em suas obras?” Crês
em Jesus Cristo? Varão aprovado por Deus em sinais e prodígios. Nenhum homem
faz estas obras se Deus não for com ele. Os céticos tentam buscar argumentos
para racionalizar os milagres de Cristo.
Hipótese
Racionalista
Uma demonstração da historicidade dos
milagres evangélicos nos é fornecida pela impossibilidade de aceitarmos a
hipótese dos racionalistas sobre sua origem. Pensam eles que os milagres sejam
consequência de sucessivo trabalho de idealização desenvolvido em torno da
Pessoa de Jesus. Os apóstolos e os primeiros cristãos, impressionados pela sua
figura, tinham visto n’Ele o Messias e, espontânea e involuntariamente, atribuíram-lhe
milagres, porque o Messias devia fazê-los. Foi
à fé que criou o milagre.
Refutação: Tal
opinião, porém, como já ficou demonstrado, é destituída de toda e qualquer
espécie de fundamento. Se de fato, Jesus não houvesse feito milagres, se não
passasse de um simples pregador religioso, sem nada de especial, como se
explicaria o entusiasmo despertado nos discípulos e no povo, capaz de
sobreviver a tal falência humana, à sua morte na cruz? A pregação de Jesus não
constituía motivo capaz de suscitar excessivos entusiasmos. Ao povo oprimido
pela dominação estrangeira, exortava a não resistir ao mal e a amar os
inimigos. Proibia o divórcio a quem há séculos o praticava por qualquer motivo;
aos que amava a comodidade terrena inculcava a necessidade da abnegação.
Evidentemente, tais princípios não eram os mais aconselháveis para disputar
entusiasmos. E então, como poderia ser idealizado um homem cuja doutrina
encontrava tão pouca ressonância na natureza humana e na fantasia? Mas, se pelo
contrário, admitimos os milagres, tudo se torna claro. Jesus proclamou-se
Messias e Filho de Deus. Em seus milagres os discípulos e o povo tiveram a
prova de sua afirmação de que Deus estava com Ele. Daí, o entusiasmo pela sua
pessoa, que a morte na cruz abalou por um instante, sem destruí-lo
inteiramente. Por isso, quando no dia de pentecostes, os apóstolos anunciaram
ao povo que Jesus tinha ressuscitado e que eles o tinham visto três mil pessoas
não hesitaram em crer e se fizeram batizar. A figura do Messias estava ainda
vivíssima em sua mente. Além do mais, os mesmos racionalistas foram, pouco a
pouco, abandonando sua linha de rigidez, admitiram a realidade histórica das
curas, embora continuassem a negar os milagres das ressurreições e os
operadores sobre a natureza inorgânica. Com que lógica, porém, não é fácil
dizer. Por que acreditar nos evangelistas quando narram a do cego de nascença e
deles descrerem quando contam a ressurreição de Lázaro? Existe diferença em sua
narração? Claro que não. Então a hipótese racionalista é refutada sem nenhuma
argumentação.
Hipótese
anti sobrenaturalista
Críticos tentam tirar o efeito do
sobrenatural dos milagres tentando lhe dar uma explicação natural dos fatos.
Entre eles Hume, Strauss e outros. Por exemplo, os céticos “explicam” o milagre
da multiplicação dos pães no seguinte teor: “Jesus pergunta aos discípulos se
tinham algo para alimentar a multidão, o qual eles responderam que um menino
tinha cinco pães e dois peixinhos, e o que era isso para alimentar uma
multidão”? O garotinho ouvindo isto ofereceu seu lanche para dividir, tal gesto
comoveu toda multidão que eles abriram seu lanche e ofereceram uns aos outros a
sua merenda, aí dizem os incrédulos, “ouvem os milagres da multiplicação dos
pães”. Outro fato que dizem é que Jesus não andou por cima das águas coisa
nenhuma, o que houve foi que Ele caminhou por cima de algas, e por aí vai...
Refutação:
Para quem não acredita na inspiração plenária das
Escrituras, a interpretação dos milagres acima satisfaz. Mas como ninguém até
hoje pode contradizer as Escrituras, os relatos dos milagres então são
verídicos. Houve intervenção divina realmente na travessia do mar vermelho, no
machado que flutuou na multiplicação dos pães... Com os céticos, naturalistas e
incrédulos explicam por meios naturais as ressurreições dos mortos que a Bíblia
narra? Portanto, a hipótese antisobrenaturalista não tem peso nenhum. Os
milagres provam a Divindade de Cristo. Assim, as “provas” que apresentamos são
mais que suficiente para confirmar a doutrina explicitamente que é a Divindade
de Jesus Cristo.
A
PRÉ- EXISTÊNCIA DE CRISTO
Por pré-existência queremos afirmar o que
foi outorgado pela Igreja, que o Cristo é Eterno, não teve princípio e não terá
fim. O Cristo é atemporal auto existente e para Ele não há passado, presente ou
futuro. A doutrina é expressamente bíblica cf. Mq 5. 2; Is 9. 6 (Pai da
Eternidade); Jo 1. 1, 14; 8. 58; Cl 1. 16 (certas obras atribuídas a Cristo
exigem sua pré-existência); Ex 3. 2 4 (as teofanias exigem uma pré-existência);
Jo 14. 8-11; Jo 3. 13; Jo 17. 5; etc... Poderíamos alongar, mas a Hermenêutica
nos diz que cinco textos firmam uma doutrina.
A
Pré-existência somente em João
Alguns argumentam que a doutrina da
pré-existência só é defendida por João, o que estão profundamente enganados.
Vemos o ensinamento também em Paulo (2º Co 8. 9; Fp 2. 6 7), na carta aos
Hebreus (Hb 1. 8 10), em Pedro (2º Pe 1. 2 3) e no Apocalipse (Ap 1. 12
16-Visão do Cristo Glorificado, o Cristo pré- encarnado). Portanto não procede
a acusação.
A
pré-existência do Cristo provada pelos seus nomes Divinos
Logos, Filho de Deus, Senhor, Eu Sou, etc...
Os nomes divinos atribuídos a Cristo provam a sua pré-existência. Quanto aos
nomes divinos dados a Cristo.
JESUS
SABIA QUE ERA DEUS?
Hoje
a controvérsia cristológica gira em torno da consciência de Jesus Cristo. Sabia
Ele que era Deus? Se sabia como sabia? Como se coaduna este saber com a este
saber com a natureza humana? Se Jesus Cristo não sabia que era Deus, então
estava enganado? Era apenas um instrumento nas mãos de Deus? E os textos
bíblicos que atestam a Sua Divindade, merece confiança? Uma “moderna” exegese?
Essas perguntas merecem respostas. Vemos que a Pessoa de Jesus é a segunda
Pessoa da Trindade, o seu Eu é o Verbo Divino, então é concluímos que Ele sabia
que era Deus. Na verdade, como expressou Calvino, sua Divindade estava “oculta”
devida sua humanidade. Sua humilhação (Fp 2. 7), por isso sua limitação, mas
não deixava de saber que era Deus. Como se coaduna a este saber com sua
humanidade, de maneira que não divinizemos a mesma ou dividimos a Pessoa. A
resposta vem do dogma do “comunication idiomatum”, que se entende o intercambio
mútuo dos atributos divinos e humanos do Verbo encarnado. Esse intercâmbio não
é da natureza moral, de modo que se a possam, por exemplo, atribuir à
humanidade de Jesus propriedades divinas, assim como se atribuem a esposa aos
bens do marido. Foi assim que os nestorianos entenderam a comunicação dos
idiomas. Mas, entretanto, o intercâmbio não foi físico, no sentido que as
propriedades divinas e humanas se tenham fundido numa unidade, ou no sentido
que os atributos divinos do Logos possam, sem mais, ser predicados da natureza
humana e vice versa. A humanidade de Jesus foi assumida “In Personam Divinam”
(na Pessoa Divina) e não, “In Naturam” (na natureza). O intercâmbio é a
transferência das propriedades humanas ao eu personalizante de Logos, a
atribuição, portanto, das propriedades quer divinas, quer humanas, ao único
sujeito de ambas, ao Logos. As propriedades de ambas as naturezas podem
predicar-se só da única pessoa divina que é o sujeito delas, mas não podem ser
atribuídas a cada uma delas em particular. Sendo cristo verdadeiro Deus e
verdadeiro homem, a sua pessoa divina, que sustenta ambas naturezas, podem ser
nomeada segundo uma ou outra natureza. Posso falar do Logos, mas também do
Filho de Davi. Em ambos os casos eu me refiro sempre a mesma pessoa. Por isso,
posso atribuir predicados divinos a mesma pessoa nomeada segundo a sua natureza
humana como posso atribuir predicados humanos a mesma pessoa nomeada segundo a
sua natureza divina. Por isso, podemos dizer que “O Senhor da Glória foi
Crucificado” (1º Co 2. 8), que “Deus deu a sua vida por nós” (1º Jo 3. 16),
assim como “ninguém subiu ao céu senão aquele que de lá desceu, o Filho de Deus
está no céu” (Jo 3. 13). Mas eu não posso dizer que a natureza divina sofreu.
Entretanto, posso afirmar que o logos sofreu. Não posso dizer que a natureza
humana é Onipotente, mas posso assegurar que o homem Cristo é onipotente. Só
quando uma pessoa é nomeada é que se lhe podem atribuir às propriedades da
outra natureza. Só a pessoa é sujeito unitário dos atributos quer divinos, quer
humanos. Por essa razão não posso dizer: a humanidade de Jesus é o logos, justamente
porque o logos não é essa humanidade, mas somente a possui. Entretanto, posso
identificar a pessoa divina com a natureza divina, enquanto entre eles não
existe diversidade real. Assim, posso afirmar: O Filho de Deus é a Divindade,
mas não posso dizer: O Filho Unigênito é humanidade, devo dizer: O Filho do
Unigênito possui a humanidade. A expressão negativa equivoca e que prestam mal
entendido, devem ser evitadas nas comunicações dos idiomas. Se digo, por
exemplo, que o cristo é impassível, a frase é verdadeira só em parte, isto é,
enquanto se refere à natureza divina. Aplicá-la ao verbo encarnado seria
incidir na heresia maniqueísta. De tudo quanto dissemos, podemos tirar a
seguinte regra: só se podem usar as fórmulas positivas, unindo o concreto, pois
no concreto entra sempre a pessoa. Não se pode unir jamais abstrato (por
exemplo, a natureza humana de Jesus com a sua natureza divina) pode-se,
entretanto, unir o abstrato ao concreto, mas só quando não afirma a natureza
humana, mas a divina. Segundo as regras da comunicação dos idiomas, poderemos,
portanto, dizer: o homem Cristo é o Filho natural de Deus. Nessa fórmula
concreta, de fato, o homem Cristo é o próprio logos designado segundo a sua
natureza humana. João afirmou o fato acima na celebre passagem do seu evangelho
(Jo 3. 13). Portanto, Jesus sabia que era Deus, estava plenamente cônscio da
sua divindade, os textos que afirma esta doutrina são confiadíssimo e neles nós
nos alicerçamos, não precisamos de exegese liberal e nem moderna, mas apenas a
clareza da mensagem que nos transmite e nos afirma taxativamente: Jesus é Deus!
OBJEÇÕES
CONTRA A DIVINDADE DE CRISTO
Os céticos, críticos, teólogos liberais e
outros, nunca pouparam esforços para negarem a Divindade de Jesus Cristo, nem
que para isso usem textos da própria Bíblia. Os céticos e os críticos falam que
Jesus não poderia ser Deus, pois agiu como qualquer homem indignado, irado e
nem sequer medindo as suas palavras, cheias de ódio.
Réplica:
Como sempre os céticos estão errados. O temperamento de Jesus, em primeiro
lugar confirma o dogma da Sua humanidade, em segundo lugar, em todas essas
ocasiões, Jesus deu preeminência ao Reino de Deus, em fazer a vontade do Pai e
a dedicação da pregação do Evangelho, que é muito mais importante. E se Jesus
não era Deus por causa da Sua “irritabilidade”, por causa do seu zelo pelas
coisas santas, então nem o próprio Deus é Deus. Pois o que dizer de suas ações
“cheias de ódio” constantemente relatado no Antigo Testamento?
Por tudo que foi dito, não resta nenhuma
dúvida. JESUS CRISTO É DEUS!
CONCLUSÃO
Em meio a tanto liberalismo teológico no qual
não se crê mais que Jesus é Deus, elaboro esta monografia para afirmar esta
verdade bíblica, tão contestada, mas amplamente abalizada, como foi exposto
acima. Este é o meu pensamento.
BIBLIOGRAFIA
* BAILLIE, Donald M. Deus Estava em
Cristo, Ed. ASTE, 1964.
* BERKOUWER, G.C. A Pessoa de Cristo,
tradução de A. Zimmermann Ed. JUERP / ASTE, 1983.
* DREYFUS, François, Jesus Sabia que Era
Deus? Tradução José Nogueira Machado. Ed. Loyola, 1987.
* DUQUOC, Christian, Cristologia: Ensaio
Dogmático, o homem Jesus, Tradução de Atico Fassini, Ed. Loyola, 1977.
*LALLI, Sabatini, O Logos Eterno, Ed.
Confederação Evangélica do Brasil, 1960.
* TEIXEIRA, Alfredo Borges, Dogmática
Evangélica, Ed. Pendão, 1958.
*ADAM, Karl, O Cristo da Fé, Ed.
Quadrante, 1956.
* BARCLAY, Willian, Quem é Jesus?
Imprensa Metodista, 1972.
* LABURU, José de A. Jesus Cristo é
Deus? Ed. Loyola, 1974.
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