quinta-feira, 10 de maio de 2012


O Movimento Puritano
   Em nosso estudo sobre História Eclesiástica, nossa atenção será dirigida especialmente para as igrejas que nasceram da reforma. A Igreja católica romana continuou seu próprio caminho, inteiramente separada do mundo protestante; por enquanto está fora do nosso horizonte. Nosso propósito neste capítulo é descrever certos movimentos de importância que, por meio da reforma, influenciaram países e regiões protestantes, como a Inglaterra, Alemanha e a América do Norte.
   Pouco depois da reforma, apareceram três grupos diferentes na igreja inglesa: Os romanistas, que procuravam fazer amizade e nova união com Roma; o Anglicanismo, que estava satisfeito com as reformas moderadas estabelecidas nos reinados de Henrique VIII e da rainha Elizabeth; e o grupo radical protestante que deseja uma igreja igual às que se estabeleceram em Genebra e Escócia. Este último grupo ficou conhecido, no ano de 1654 como “os puritanos”, e opunha-se de modo firme ao sistema anglicano no governo de Elizabeth. Por essa razão, muitos de seus líderes foram exilados.
   Os puritanos ameaçavam tornar a igreja anglicana em Presbiteriana ou Congregacional, pois entendiam que muitos “trapos do papado” continuavam na igreja anglicana (que é a igreja oficial da Inglaterra) e queriam purifica-la de acordo com a Bíblia. Por isso o nome puritano. Suas principais objeções eram dirigidas contra a permanência do ritual e das vestes da liturgia eclesiástica, que lhe soavam como papistas. Eram contra a guarda dos dias santos, à absolvição clerical, ao sinal da cruz, a presença de padrinhos no batismo, ao ajoelha-se na hora da ceia e ao uso de sobrepeliz pelos ministros. Eles também deploravam a observância relaxada do domingo por parte dos anglicanos.
   Os puritanos davam testemunhos da soberania de Deus na redenção amorosa de Cristo sob a nova aliança, encorajavam a meditação na Palavra de Deus, que é inspirada e normativa para nossas vidas. Os puritanos davam testemunhos diante de Deus e dos homens e queriam uma igreja protestante pura e não mista de catolicismo e protestantismo.
   Para a igreja anglicana os puritanos eram uma ameaça, tanto que a rainha Elizabeth promulgou uma lei em 1593 permitindo as autoridades de prenderem os puritanos, caso faltassem ao culto anglicano. Lembremos que os puritanos não eram dissidentes, mas uma facção na igreja anglicana que no caso de Cartwright e seus seguidores, queriam uma igreja presbiteriana, nos moldes da igreja escocesa, ou como Jacob e seus seguidores que queriam uma igreja congregacional nos moldes dos ideais anabatistas. Estes últimos formaram um grupo de puritanos conhecidos como independentes. O grupo de Cartwright ficou conhecido como separatistas.
Qual era a diferença entre os dois? Os independentes queriam a separação entre a Igreja e o Estado e a adoção do sistema congregacional. Os separatistas queria uma igreja calvinista, sob o controle dos presbíteros. Os dois continuaram a crescer grandemente, apesar da oposição oficial por parte da Igreja anglicana, cujo sistema é episcopal, severamente criticado tanto pelos separatistas que queria que a igreja fosse controlada pelos presbíteros escolhido pela congregação, e pelos independentes que queria que seu líder fosse escolhido pela igreja local. Lembrando que o líder da igreja na Inglaterra na época era escolhido pela coroa. Ambos ainda criticaram a igreja anglicana na sua extravagância de vestir e à falta de consciência do pecado.
   O aparecimento de Thomas Cartwright (1535-1603) como professor de teologia em Cambridge por volta de 1570 deslocou a ênfase dos esforços puritanos de reforma na liturgia para a reforma da teologia e eclesiologia. Sua insistência na autoridade suprema da Bíblia levou seus seguidores à adoção de uma teologia calvinista que tornaria os 39 artigos da igreja anglicana ainda mais calvinista. Em sua aula sobre Atos dos Apóstolos em 1570, Cartwright se opunha ao sistema episcopal (sistema pelo qual a igreja é controlada por bispo, cujo governo da igreja é centralizado nele). O governo da Igreja deveria ficar nas mãos dos presbíteros (sistema de governo cujas decisões pertencem a um grupo de presbíteros eleitos que formam o conselho da igreja local), dizia Cartwright, aliás, foi ele que lançou as bases do presbiterianismo inglês, o qual teve grande influência entre 1643 e 1648.
   Um grupo de puritanos que não seguia o modelo presbiteriano de Cartwright adotou as idéias de Henry Jacob (1563-1624), que pode ser considerado o fundador dos independentes ou congregacionais (sistema de governo cujo líder é escolhido pelos membros da igreja local, cada igreja local tem seu líder e é independente uma das outras) puritanos. Ele pedia uma mudança do episcopado na Inglaterra. Ele foi preso por pregar que cada congregação da igreja oficial devia ser livre para escolher seu próprio pastor.
   Por volta de 1606, Jacob emigrou para a Holanda e se tornou ministro dos ingleses em Middleburg. Voltou para a Inglaterra em 1616 e pastoreou uma igreja de independentes em Southwark, Londres.
   O puritanismo congregacional na Inglaterra, de começo humilde, foi aos poucos se firmando sob a liderança de OLIVER CROMWELL, até se tornar mais forte que o presbiterianismo. Cromwell e Milton eram independentes.
   Em 1658, os congregacionais seguidores de Jacob e as congregações separatistas, seguidoras de Cartwright, formularam em Savoy (Londres) um acordo calvinista conhecido como a declaração de Savoy. O congregacionalismo inglês tem suas raízes mais ligadas a esse congregacionalismo puritano do que ao congregacionalismo separatista de Robert Browne.
   Antes de continuarmos com as questões separatistas e independentes, abrirei espaço para a história.



UM POUCO DE HISTÓRIA
   Elisabete morreu em 1603, sem deixar descendência. Em suas últimas instruções indicou que seu sucessor devia ser o filho de Maria Stuart, Jaime, que já reinava na Escócia. A transição aconteceu sem maiores dificuldades, e assim a casa dos Stuart começou a reinar na Inglaterra.
   Todavia Jaime (o primeiro rei desse nome na Inglaterra, mas o sexto na Escócia) tinha de enfrentar grandes dificuldades. Primeiramente os ingleses sempre o consideraram estrangeiro. O plano do rei era unir ambos o reino (Escócia e Inglaterra), ainda que depois tenha dado resultado, de início lhe criou inimigos de ambos os reinos. Ao mesmo tempo, as sólidas bases em que Elizabeth fundara o comércio começavam a dar frutos e isto lhe dava maior fama na classe mercantil e burguesa. Mas a política de Jaime, tanto no campo internacional como no interno, não era do agrado dessa classe, que esperava que a coroa estabelecesse uma ordem internacional que a favorecesse, mesmo não estando disposto a sacrificar-se em prol dessa ordem.
   Um exemplo foi à vergonhosa falta de participação da Inglaterra nas guerras dos trinta anos. Os comerciantes ingleses na maioria protestantes queixavam-se disso; para eles, o curso da guerra parecia uma ameaça tanto a sua religião como aos seus bolsos. Simultaneamente, seus representantes no parlamento negavam-se a aprovar os impostos necessários para intervir decisivamente nos conflitos que aconteciam na Alemanha.
   Por essas e outras causas, durante todo reinado de Jaime e do seu filho sucessor Carlos I, foi aumentando a oposição à coroa por parte daqueles protestantes que pensavam que a reforma não expandiria suficientemente na Inglaterra e que isso se devia em boa medida à política dos reis e seus conselheiros.
   Esses protestantes radicais não estavam organizados em um só grupo, o que torna difícil, portanto descreve-los com exatidão. O nome que se lhes deu foi o de “puritanos”, por que insistiam na necessidade de regressar à pura religião bíblica. Ainda que nem todos concordassem em alguns detalhes, no geral os puritanos opunham-se a muitos elementos do culto tradicional que a igreja Anglicana conservava como já expomos acima.
   Tudo isso já existia em embrião quando Jaime I herdou a coroa de Elizabeth. A partir daí, os conflitos que já estavam latentes se fariam cada vez mais violento. Os puritanos temiam o novo soberano, Jaime, filho da católica Maria Stuart. Apesar de tais suspeitas, Jaime não favoreceu os católicos, que desde o princípio de seu reinado, solicitaram varias concessões, sem maiores resultados. Seu ideal era a monarquia absoluta que existia na França, e que, na Escócia, os presbiterianos não o tinham permitido implantar. Quem sabe, devido a conflitos com o presbiterianismo escocês, estava convencido da necessidade de apoiar o episcopado e apoiar-se neste. Segundo o próprio rei dizia “sem bispos não há rei”.
   O caráter pessoal de Jaime contribuiu para seu próprio desprestígio. Era homossexual e seus “casos amorosos” desfrutavam de enormes privilégios em sua corte e em seu governo. Ao mesmo tempo em que queria ser rei absoluto, oscilava entre uma rigidez caprichosa e uma debilidade covarde. Ainda que manejasse suas finanças honradamente, era pródigo em gastos desnecessários e, frequentemente, faltavam fundos para projetos de primeira necessidade. Concedeu títulos e poderes a seus amigos (leia-se seus amantes) com uma liberalidade que ofendia os que tinham servido a coroa por longos tempos.
   Jaime tratou de seguir política religiosa semelhante á de Elizabeth. Os únicos que foram perseguidos com certa constância foram os anabatistas, cujas ideias políticas lhe causavam terror. Os católicos eram visto como pessoas leais ao papa e, portanto, como possíveis traidores. Mas, se o papa reconhecia o direito de Jaime reinar e condenava o regicídio (que alguns católicos propunham), o rei estava disposto a tolerar os católicos em seu reino. Quanto aos presbiterianos, o rei inclinava-se a tolera-los e até fazer-lhes algumas concessões. Não podia, contudo, abandonar o sistema episcopal de governo, pois estavam convencidos (e era certo) que os bispos estavam entre os mais decididos e úteis defensores da coroa.
   Durante todo reinado de Jaime, a inimizade entre a alta hierarquia da igreja oficial e os puritanos foi aumentando. Em 1604, Bancroft, o arcebispo de Cantuária, conseguiu aprovar uma série de cânones em que se afirmava que a hierarquia dos bispos era instituição de origem divina, sem a qual não podia haver verdadeira igreja. Tal afirmação aplicava um retrocesso das igrejas protestantes do continente, muitas das quais não tinham bispos; consequentemente, foram vistas pelos puritanos como o princípio de um processo destinado a reintroduzir o romanismo na Inglaterra. Além disso, vários dos 141 cânones aprovados a pedido do arcebispo eram dirigidos contra os puritanos.
   O parlamento estava em sessão para aprovar uma série de impostos que o tesouro real necessitava. No entanto havia muitos puritanos, Jaime convocou então uma conferência que se reuniu em Hampton Court, que ele mesmo presidiu. Quando um dos puritanos referiu-se de passagem a um “presbitério”, o rei declarou que” um presbitério se harmoniza tanto com a monarquia como Deus se harmoniza com o diabo”. Todo intento de se chegar a um acordo fracassou ali, e o único resultado daquela conferência foi à nova tradução da Bíblia que apareceu em 1611, conhecida como “Versão do Rei Jaime” (King Jaime Version).
   A partir daí manifestou-se crescente inimizade entre a Câmara dos comuns (formado na sua maioria por episcopais) e os elementos mais resistentes do episcopado. Em 1606 aprovou-se uma série de cânones ainda mais repreensivos que os anteriores contra os puritanos O parlamento respondeu atacando, por fim este conflito levaria a guerra civil.
   Entretanto, em fins de 1605, produziu-se a famosa “conspiração da pólvora”. No qual devido à severa lei contra os católicos, alugaram uma adega que se estendia sob o local do parlamento. O plano seria introduzir pólvora nos barris como se fosse de vinho e explodi-los quando o rei estivesse abrindo a sessão parlamentar. Desse modo pereceria o rei e boa parte dos puritanos. A trama foi descoberta e os principais dos conspiradores, assim como muitos católicos que nada tinha a ver com o complô foram executados. Em algumas partes do país houve perseguição aos católicos, à coroa confiscou os bens dos mesmos e milhares de católicos foram encarcerados.
   Depois disso o rei Jaime I morreu e assumiu o trono seu filho Carlos I.
   O novo rei era tão partidário da monarquia absoluta como seu pai o fora; assim Carlos logo se chocou com o parlamento. Carlos se casou com a princesa Henriqueta Maria, irmã de Luís XIII da França. Como parte das negociações desse matrimônio, várias concessões foram feitas aos católicos ingleses e prometeu-se à nova rainha e ao seu séquito que poderiam continuar praticando sua religião. Muitos dos puritanos viam em tais concessões o regresso da idolatria ao país e queixavam-se de que agora a apostasia tinha apoio no palácio real. Logo houve quem comparasse a rainha com Jezabel.
   Carlos herdou de seu pai os conflitos com o parlamento em matéria religiosa. Pouco antes de morrer, Jaime havia posto fim as pregações puritanas. Além disso, em 1618 promulgou o Livro de Esportes que devia ser lido em todas as igrejas que rebatiam a tese dos puritanos sobre o modo de guardar o Dia do Senhor.
   Como aconteceu com Jaime I, começa uma guerra. Carlos I dissolve o parlamento, e agora necessita de fundos e somente o parlamento podia votar, a história se repete, só que desta vez o arcebispo de Cantuária que tratava de tomar medidas conciliatórias com os puritanos, viu-se privado, pois o rei concedeu poderes a uma comissão sob a presidência de Willian Laud, um dos mais decididos adversários dos puritanos.
   Em 1633, William Laud foi feito arcebispo de Cantuária. Era homem cuidadoso com a beleza do culto e convencido de que o bem estar social requeria uma igreja monolítica. Suas medidas contra os puritanos foram cada vez mais cruéis e não faltaram pena de morte nem mutilações ordenada por ele. Carlos cometeu um erro ao dar-lhe plenos poderes sobre a Escócia, onde Laud tratou de impor a liturgia e outros elementos da igreja anglicana. Isto deu motivo para uma rebelião. Quando a Assembléia Geral da Escócia quis limitar o poder dos bispos, as autoridades reais a declararam dissolvidas, mas a Assembléia negou-se a obedecer à ordem real e respondeu declarando nulo o episcopado e reorganizando a Igreja da Escócia sobre bases mais calvinistas e presbiterianas.
   A guerra era inevitável! O rei que precisava de exército e fundos apelou para os irlandeses que eram católicos e anti-calvinistas, para isso contou com o apoio da rainha que continuava católica. Tais medidas serviram somente para criar laços entre os calvinistas escoceses e os puritanos ingleses. O resultado disso foi que os escoceses invadiram a Inglaterra, as tropas do rei bateram em retirada e o rei não teve outro remédio senão convocar o parlamento que ele tinha dissolvido. Essa Assembléia Legislativa que começou suas sessões em novembro de 1640, recebeu o nome de “Parlamento Longo”, sendo de grande importância para a história da Inglaterra.
   Neste parlamento preocuparam-se em tomar medidas contra os que, em anos recentes, tentaram destruir o puritanismo. As sobreviventes vítimas do arcebispo Laud foram posta em liberdade e receberam indenizações. Lorde Strafford, um dos ministros mais fiéis ao rei, foi processado e condenado à morte sem que o soberano fizesse muita coisa para salvá-lo.
   Depois, o parlamento tratou de assegurar-se de que as sua medidas teriam valor permanente. Em maio de 1641, aprovou a lei a qual a Assembléia não podia ser dissolvida pelo rei sem a anuência de seus membros. Quando enfim o parlamento começou a votar os fundos necessários para expulsar os escoceses, soube-se que Carlos I estava se aliando a eles. Mas os escoceses eram calvinistas e o parlamento inglês lhes era mais afim do que o rei, e por isso o plano não deu certo. Pela mesma época, os católicos irlandeses rebelaram-se e não faltou no parlamento quem acusasse a rainha de animar a insurreição.
   Os bispos, como membros da Câmara dos Lordes, eram o principal apoio de Carlos no parlamento. A Câmara dos comuns, contudo, iniciou processo contra vários deles. Quando os bispos trataram de participar das reuniões do parlamento, o povo de Londres amotinou-se e impediu-lhes o acesso à Assembléia. Animados por tais êxitos, os radicais entre os puritanos anunciaram que preparavam um processo contra a rainha, a quem acusavam de ter causado as desordens na Irlanda.
   Com essas medidas começaram a guerra contra os puritanos. O rei perdeu a cabeça e ordenou à detenção dos chefes da Câmara comum, os parlamentares negaram entrega-los. No dia seguinte o rei enviou um contingente militar para prender os chefes, porém eles tinham fugido e buscado refugio em Londres de onde voltaram a se reunir para continuar suas sessões. Desde então, John Pym, o chefe dos rebeldes, governava como “rei sem coroa”. Perdida a capital, o rei retirou-se a seus palácios de Hampton Court e Windsor.
   A Câmara dos Comuns propôs, então, uma lei que excluía os bispos da Câmara dos Lordes. Esta consentiu, e o rei nada pode fazer, sendo expulsos os prelados. Desde modo, começa um processo que excluía do parlamento os elementos opostos ao puritanismo e que daria à Assembléia um caráter cada vez mais radical. Por fim, o parlamento deliberou que fosse recrutada uma milícia. Visto que essas tropas estariam sob o comando do parlamento e não do rei, este decidiu que chegara o momento de tomar ação decisiva. Reuniu as tropas que pôde, desfraldou seu estandarte e preparou-se para lutar contra as milícias. Bem estava instaurada a guerra civil. Os nobres apoiaram o rei, enquanto o exército do parlamento era compostos dos pobres e desempregados. O parlamento se achega aos calvinistas escoceses, enquanto o rei busca ajuda nos irlandeses católicos, isto foi ruim para o rei, pois diversas facções entre os puritanos uniram-se ante a ameaça católica.
   Com a união dos escoceses, o parlamento se viu obrigado a tomar medidas que o levavam rumo ao presbiterianismo. Esse tipo de organização eclesiástica que prevalecia na Escócia deste John Knox não era bem vista por todos os ingleses. Ademais, dos muitos que acreditavam que o episcopado era parte necessária da igreja, havia outros que preferiam um governo eclesiástico do tipo congregacional – os “independentes”.
   Mediante a tudo isto, o parlamento convocou uma Assembléia de teólogos para aconselhá-lo em matéria religiosa. Esta é a famosa Assembléia de Westminster, que continha, além de cento e vinte e um ministros e trinta leigos nomeados pelo Parlamento, oito comissários escoceses. Uma vez que os escoceses representavam no momento o mais forte exército que existia na Grã-Bretanha, o valor de seus comissários na Assembléia foi decisivo. Logo a Assembléia decidiu-se a favor da forma de governo presbiteriana e a recomendou ao Parlamento que a estabelecera. Esse corpo, no qual havia bom número de independentes, não tendia, a princípio, a dirigir-se ao presbiterianismo. Mas a marcha da guerra obrigou-o a formar com os escoceses uma Solene Liga e Pacto, que comprometia a dirigir a organização da igreja para o presbiterianismo, este foi estabelecido em 1644, e no ano seguinte o arcebispo Laud foi executado por ordem do Parlamento. Tudo isso deu tempo aos puritanos para formarem seu próprio exército, com o qual enfrentariam a do rei.
   Foi nessa época que o puritano Oliver Cromwell recebeu proeminência. Ele era homem relativamente acomodado, descendente de um dos conselheiros de Henrique VIII. Uns poucos anos antes se tornara puritano, tornando um assíduo estudioso das Escrituras. Para ele toda decisão seja ela política, religiosa ou pessoal devia consultar a Deus. Devida a sua firmeza nas suas convicções, obteve respeito dos demais puritanos e da Câmara dos Comuns, no qual era membro.
   Ao ver que os acontecimentos levavam a luta armada, Cromwell regressou às suas terras onde recrutou um pequeno contingente da Cavalaria. Estava convencido de que a principal arma do rei era sua cavalaria e que o Parlamento necessitava de um corpo semelhante. Seus soldados se inflamaram com o zelo do seu chefe, para eles o que estava ocorrendo era uma guerra santa, e ao partir para a batalha oravam e liam a Bíblia, e em meio à batalha cantavam os salmos. Oliver ganhou a guerra, e a batalha teve consequências funestas para o rei, os rebeldes tomaram o acampamento real, onde se apoderaram de documentos que provava que Carlos I negociara com os irlandeses e com outros para desembarcar na Inglaterra tropas católicas e estrangeiras. Desde então crescia o partido dos que propugnavam a deposição do rei.
   Em meio ao desespero, Carlos pede ajuda aos seus súditos escoceses, que o trai, fazendo-o prisioneiro e entregando-o ao Parlamento.
   Parecia então que a guerra civil tinha terminada. Os puritanos prevaleceram sobre os bispos, implantaram reformas, promulgaram leis ordenando que se dedicasse o Dia do Senhor e legislou também sobre passatempos frívolos. Porém houve quem se queixasse de uma ditadura rigorosa dos puritanos.
   Com isto os puritanos viram sua unidade desvanecer-se tão rápido como sua ascensão. Havia entre os puritanos dois partidos: os dos presbiterianos, que advogava por uma igreja nacional e uniforme, porém dentro dos moldes presbiterianos e os independentes, numerosos no exército, que advogava que cada igreja deveria seguir o curso de governo congregacional, escolhido pelos seus membros e que não violasse os princípios bíblicos e morais. Ambos os partidos concordavam em desfazer-se dos bispos e limitar o poder do rei.
   Tudo isso acarretou crescente tensões entre o exército, na maioria independente, e o Parlamento, que buscava a uniformidade mediante a fórmula presbiteriana. Em 1646, o Parlamento tratou de despedir o exército, mas este se negou a debandar. Em meio ao conflito, movimentos como o da “quinta Monarquia”, os “niveladores”, dentre outros adquiriram força no exército. Muitos desses movimentos diziam que o Senhor estava pronto a retornar sendo necessário transformar a ordem social, com o estabelecimento de justiça e equidade. Isto produziu maior intransigência por parte do Parlamento, que temia que a desordem causada pela guerra civil resultasse em caos.  E o exército começou a dizer que, por nele haver uma representação mais ampla do povo, era ele e não o parlamento quem podia falar em nome do povo.
   A situação estava neste nível quando o rei fugiu e começou a negociar com os escoceses, com os parlamentares e com o exército, fazendo-lhes promessas que se contradiziam.
   Por fim, ele chegou a um acordo com os escoceses, mediante o qual se comprometeria a estabelecer o presbiterianismo tanto na Escócia como na Inglaterra, em troca lhe devolveriam o trono. Simultaneamente ele negociava com o parlamento. O resultado disso tudo é que o exército venceu em agosto de 1648 os escoceses e dirigiu sua fúria para o parlamento.
   Em dezembro do mesmo ano, o exército arrancou o rei do parlamento, e fez uma “faxina” no Parlamento. Quarenta e cinco parlamentares foram detidos e quase o dobro desse número ficou proibido de assistir às sessões. Ao que restou receberam o nome de “rump parliament” (parlamento manco).
   Esse Parlamento foi aquele que iniciou o processo contra Carlos I a quem acusava de traição e de sumir do país numa guerra civil. Os catorzes Lordes que se atreveram a assistir à sessão da Câmara Alta no dia que se apresentou o processo negaram-se unanimente a dar-lhe andamento. A Câmara dos Comuns simplesmente continuou o processo, e Carlos que recusou a defender-se porque seus supostos juízes não tinham jurisdição legal, foi decapitado no dia 30 de janeiro de 1649.
   Os escoceses temerosos por perderem sua independência, apressaram a reconhecer como rei Carlos II, filho do falecido rei. Os irlandeses rebelaram-se, na Inglaterra os independentes se dividiam cada vez mais. Surge um novo movimento “os diggers” (escavadores), cujo profeta propunha uma nova ordem social, com direito a liberdade e a propriedade (isto causava terror à classe mercantil). O presbiterianismo insistia na sua forma de governo e culto para toda Inglaterra. Era o caos mais uma vez.
   Em meio a tais circunstâncias Cromwell toma as redes do Estado. Aniquilou a rebelião irlandesa, vai a Escócia derrota Carlos II, que se refugia no continente e retira do parlamento os deputados que restaram e tranca com chave o edifício parlamentar.
   Desse modo Cromwell tornou-se árbitro supremo do país, recebendo o título de protetor. Segundo o Instrumento de Governo que servia da carta fundamental à nova ordem, o protetor governaria com assistência de um Parlamento que representaria a Inglaterra, Escócia e Irlanda.
   Cromwell dedicou-se inteiramente a um programa de reforma tanto na Igreja como no Governo. Quanto à igreja, ele criou um sistema eclesiástico em que couberam tanto os independentes (como Cromwell), os presbiterianos, os batistas e até os episcopais moderados. Como bom puritano que era empenhou-se em reformar os costumes e logo ter leis acerca do Dia do Senhor, das corridas de cavalos, das brigas de galos, do teatro, etc. Em relação ao governo favoreceu a classe média, em prejuízo aos magnatas, e em certa medida os mais pobres também, tanto que nos dois extremos houve oposição ao protetorado e as saudades da monarquia.
   Na política o hábil militar conseguiu dominar o país, porém desarmonizou com o parlamento.
   Convencidos da impossibilidade de manter o protetorado, os parlamentares chegaram a oferecer a coroa a Cromwell, este se negou e viu se esvair a República que tanto queria.
   Em 1658, pouco antes de morrer, Cromwell indicou que seu sucessor devia ser seu filho Ricardo. Ainda que este tenha herdado o título de seu pai, precisava das qualidades dele, e logo o país se viu a beira de uma nova guerra civil. Traído e induzido pelo Parlamento e o exército, Ricardo Cromwell renunciou o protetorado e retirou-se para a vida privada.
   Com o fracasso do protetorado, a solução foi voltar para a monarquia. O general Monck, que estava no comando do exército marchou sobre Londres e convocou um novo Parlamento (1660) a qual também deveria assistir também os lordes. A Assembléia então reunida restaurou o trono a Carlos II com todas as garantias necessárias.
   Com a volta ao poder dos Stuart, trouxe uma onda de reação contra os puritanos. Conquanto o próprio Carlos a princípio quisesse dar um lugar aos presbiterianos na Igreja Nacional, o Parlamento mostrou-se inclinado para o Anglicanismo, que além de voltar com os bispos e o Livro da Oração Comum, o novo governo ditou leis contra os dissidentes, para os quais não havia lugar para eles na igreja oficial. Proibiram-se outros cultos que não fosse o oficial e os ministros que não concordasse não poderiam pregar.
   Na Escócia foi mais severo ainda, com a restauração da monarquia, houve naquele país, que era fortemente presbiteriano, um decreto implantando o regime episcopal. Os ministros presbiterianos foram privados de seus direitos, sendo substituídos por bispos da confiança do rei. Imediatamente aconteceu uma rebelião, como era de ser esperar, o arcebispo supremo da Escócia Jaime Sharp foi assassinado, e o rei com a ajuda dos ingleses esmagou a rebelião, cruelmente afogada em sangue.
   Carlos II declarou-se católico no leito de morte, confirmando as piores suspeitas dos puritanos perseguidos. Seu irmão e sucessor Jaime II era católico e estava disposto a restaurar o catolicismo na Inglaterra como religião oficial. Abriu caminho decretando a tolerância religiosa, a reação veio logo. Por causa do sentimento anticatólico o povo na sua maioria não acatou o edito. Na Escócia era pior, o rei Jaime II decretou a pena de morte para quem não assistisse os cultos oficiais da igreja, e colocou boa parte dos assuntos do país nas mãos dos católicos e promulgou como na Inglaterra o edito de tolerância, mas os escoceses presbiterianos tampouco o aceitaram.
   Com isto, depois de três anos, os ingleses se rebelaram e convidaram Guilherme, príncipe de Orange, e sua esposa Maria a ocupar o trono. Guilherme desembarcou na Inglaterra em 1688 e Jaime fugiu para França. Na Escócia, o partido de Jaime subsistiu por alguns meses. No ano seguinte, Guilherme e Maria também foram proclamados soberanos deste país. A política de Guilherme e Maria, no âmbito religioso era tolerante. Na Inglaterra deu-se liberdade de culto a toda pessoa que assinasse os trinta e nove artigos de 1562 e que jurasse fidelidade aos soberanos. Na Escócia, o presbiterianismo tornou-se a religião oficial do Estado, e a confissão de Westminster sua norma doutrinária. Estava resolvido o problema, pelo menos no âmbito religioso.
   A história do puritanismo não ficaria completa se não nos referíssemos, mesmo que brevemente, às suas duas grandes figuras literárias: John Bunyan e John Milton. A mais importante obra do primeiro é “o peregrino” (o livro de devoção mais lido e traduzido no mundo). Milton por sua vez é considerado o mais notável poeta da literatura inglesa, a sua maior obra é o “paraíso perdido”. Ambos, Bunyan e Milton, continuaram a proclamar a mensagem puritana através de gerações.
   Depois desta gama de informação histórica, continuemos mais ainda o assunto é o puritanismo.


Os Puritanos Separatistas
   A maior diferença entre os puritanos presbiteriano, independentes e os separatistas, é a idéia do pacto eclesiástico pelo qual os separatistas se vinculam em lealdade a Cristo e uns aos outros à parte da igreja oficial. Enquanto os independentes se apegavam ao sistema eclesiástico congregacional, os presbiterianos na forma de governo de presbíteros os separatistas se apegavam ao pacto feito uns com os outros.
   O primeiro grupo de separatistas a fundar uma igreja baseada num pacto foi organizado por Richard Fitz por volta de 1567. Robert Browne (1560-1633), formada em Cambridge em 1572, reuniu um grupo em torno do pacto eclesiástico em Norwich em 1580. Daí foi forçado a fugir com sua congregação para a Holanda onde fixou os princípios do congregacionalismo separatista. Browne sustentava que o crente devia se unir a Cristo e uns com os outros por um pacto voluntário; que os ministros deviam ser escolhidos pelos membros; e que nenhuma congregação devia ter autoridade sobre a outra. Contrário dos independentes, os separatistas não tinham nenhuma relação com a igreja oficial. Browne voltou à Inglaterra e foi ordenado em 1591 pela igreja anglicana, a quem serviu até sua morte. Mas ele desenvolveu princípios que sobreviveram a ele.
   Outro grupo separatista surgiu em Londres por volta de 1586 sob a liderança de John Greenwood e Henry Barrow, ambos foram enforcados pelas suas idéias. Francis Johnson se tornou o pastor de grupo e emigrou para a Holanda com o mesmo.
   Porém o grupo mais expressivo foi o terceiro que surgiu em Gainsborough (Cidadezinha a uns quinze minutos de Londres) e Scrooby (uma aldeia perto de Londres) em 1606. O grupo de Scrooby era dirigido por John Robinson (1575-1625), que se estabeleceu em 1608 em Leyden, Holanda. Fazia parte desse grupo Willian Bradford (1590-1657), que se tornou famoso por ter levado este grupo para os Estados Unidos em 1620, no navio Mayflower com 102 separatistas que antes de desembarcarem fizeram um pacto, o pacto de Mayflower no qual 41 homens assinaram e assim, rumaram para o porto de Plymouth. Embora seu plano inicial fosse ir para Virgínia, uma tempestade os tirou do curso, fazendo com que aportassem em Massachusetts.
   O pacto dizia que as pessoas precisavam governar a si mesmas e que não existia governo separado de Deus, o governador de todas as coisas.
   A tônica triste na história destes puritanos separatista, agora instalado nas colônias do novo mundo em Massachusetts, foi a sua caça “aos bruxos de Salém”. Antes de 1692, houve vários processos de bruxaria nas colônias e três pessoas foram enforcadas devido a supostas práticas de feitiçaria. Neste mesmo ano, baseado em falsas acusações de uns jovens que na verdade só queriam se divertir (lembremo-nos do rigor puritano), começaram a circular rumores sobre um forte círculo de feiticeiros em Salém (nome dado às novas terras pelos puritanos, significa paz). Logo a história se tornou histeria. Enfim, vinte pessoas foram enforcadas (14 mulheres e 6 homens). Além disso, vários morreram na prisão. Os cárceres transbordavam de acusados e muitos confessavam o que nunca fizeram para serem perdoados. Vinte anos mais tarde esta prática se encerrou, as autoridades concluíram que houve exagero e por fim as famílias das vítimas foram indenizadas, mas já era tarde. Esta é a nota lamentável dos puritanos na nova cidade de paz!
   O grupo de Gainsborough devido à perseguição emigrou também para a Holanda, sob a liderança de John Smityh, aí receberam influência menonitas e por volta de 1608, Smityh batiza a si mesmo por imersão, Thomas Helwys e os outros quarenta membros da congregação de Amsterdã por afusão, no qual fizeram confissão de fé (ele também coibiu o batismo infantil, pois não achou no Novo Testamento base para isso). Eles voltaram para a Inglaterra e em 1612 organizaram a primeira igreja batista da Inglaterra.
   O grupo mais forte de batistas calvinistas originou-se do cisma da congregação de Henry Jacob em Londres em 1633 e 1638. Eles defendiam o batismo por imersão e uma teologia calvinista que enfatizava uma expiação limitada. Foi essa congregação dirigida primeiramente por John Spilsbury, que se tornou o mais influente movimento batista inglês e que deram origem o movimento batista americano.
   Os puritanos lutaram muito contra os Stuart e causou muitas dificuldades a rainha Elizabeth, Tanto que James I da Inglaterra jurou afugentá-los do reino (e para piorar a situação, como já dissemos, Henriqueta Maria, era uma princesa católica romana francesa). Os puritanos queriam uma reforma na igreja Anglicana, mas o fato gerava mesmo em relação ao tipo de governo: presbiterianos, congregacionais ou episcopais, como já temos estudado. Em meio a toda esta discórdia, resulta em uma guerra civil, que seria redundância falarmos. A vitória dos puritanos aconteceu no parlamento graças à habilidade militar de Oliver Cromwell (1599-1658). Sua cavalaria de puritanos humildes (chamado de Ironsides, oposição de ferro), mas bem treinados e disciplinados conquistaram o Parlamento. Em 1648 o rei Carlos I foi preso pelo Parlamento e executado em 1649. Os puritanos controlaram a Inglaterra até 1660 (vide página acima).
   Neste interim o parlamento aboliu o sistema episcopal e comissionou a Assembléia de Westminster. O grupo realizou 1163 sessões. O guia do culto, nas linhas presbiterianas, foi completado e aceito pelo parlamento inglês. A forma de governo, que defendia uma política presbiteriana para a igreja nacional, foi concluída e adotada pelos ingleses e escoceses.
   Depois da morte de Cromwell, o parlamento votou sua própria extinção em 1660, e os ingleses fartos da rigidez moral dos puritanos, chamaram Carlos II para ser rei e adotaram novamente o sistema episcopal (que permanece até hoje). Um severo código de leis conhecidas como código de Clarendon, colocou os cargos da igreja oficial e do Estado nas mãos dos anglicanos e proibiu reuniões puritanas (vide página acima). Cerca de dois mil pastores calvinistas foram obrigados a deixar as igrejas, e os puritanos se tornaram uma parte da tradição inconformista da Inglaterra. James II perseguiu os presbiterianos escoceses. Só quando foi expulso da Inglaterra na revolução gloriosa de 1688, quando trouxeram Guilherme e sua esposa para governarem a Inglaterra, a tolerância foi assegurada aos não conformistas ingleses e a paz restabelecida na Escócia. (Isto tudo nós já estudamos acima, apenas estamos enfatizando á guisa de memorização).    Esta é a história dos puritanos!
   Concluo esta parte com a árvore genealógica dos Stuart e dos Tudor.

A linhagem dos Tudor
Henrique VIII (reinou de 1509-1547)
Primeira esposa – (divorciou) – Catherine de Aragon – Mãe de Mary que se tornou rainha mais tarde.
Segunda esposa – Anne Boleyn (Ana Bolenha), que em 1533 gerou Elizabeth, que se tornou rainha mais tarde.
Terceira esposa – Jane Seymor – Mãe do futuro rei Edward.
Quarta esposa – Anne Cleves (casamento supostamente não consumado).
Quinta esposa – Catherine Howard.
Sexta esposa – Catherine Parr.

Edwuard VI (reinou de 1547-1553) – Morreu aos 16 anos. Durante seu reinado a Inglaterra mudou politicamente em direção ao protestantismo.
Mary (reinou de 1553-1558) – Apelidada de “bloody Mary” (Maria sanguinária) devido a sua crueldade. Mandou queimar sobre estacas cerca de270 pessoas por causa da fé que professavam. Mary casou-se com Phillip um católico romano, filho do Imperador Charles V, em 1554.
Elizabeth (reinou de 1558-1603)
Principais eventos:
* 1559 – O Pacto Elisabetano
* 1570 – Elizabeth Excomungada pelo Papa
* 1588 – A Armada Espanhola


A Linhagem dos Stuart
Jaime I (Reinou de 1603-1625).
* 1604 – Conferência de Hampton Court.
* 1611 – Publicação da Versão Autorizada da Bíblia, ou seja, a versão King James.
* 1618 – O Sínodo de Dort Rejeita o Arminianismo.
* 1624 – Tratado Anti-calvinistas de Richard Montagu aponta para o surgimento do Arminianismo.

Charles I (Carlos I) (Reinou de 1625-1649)
* 1629 – Durante onze anos Charles reinou sem parlamento.
* 1637 – A imposição do novo livro de Oração provoca protestos em Edimburgo.
* 1640-1660 – Governou pelo Parlamento.
* 1642 – Guerra Civil.
1643-1647 – A Assembléia de Westminster.
* 1645 – Execução do Arcebispo Willian Laud.
* 1649 – Execução de Charles I.
* Morte de Oliver Cromwell

Charles II (Carlos II) (Reinou de 1660-1685)
* 1662 – Ato de Uniformidade e a Grande Ejeição (Expulsão) de pastores puritanos.

James II (Jaime II) (Reinou de 1685-1688).

William III (Reinou de 1689-1702).

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