INTRODUÇÃO
Analisando a História da Igreja, pode-se observar
nitidamente que Deus sempre avivou ou reavivou a sua Igreja em várias ocasiões
diferentes. Esses períodos da Era Cristã foram marcados por avivamentos
maravilhosos, onde Deus se manifestou aos seus servos de forma sobrenatural.
Dentre esses se podem citar o Movimento Pentecostal que alguns escritores o
conceitua como um movimento de renovação de
dentro do cristianismo, que dá ênfase especial em uma experiência direta e pessoal com Deus através do Batismo no Espírito Santo. O termo Pentecostal é
derivado de Pentecostes, um termo
grego que descreve a festa judaica das semanas. Para os cristãos, este evento comemora a
descida do Espírito Santo sobre os seguidores de Jesus
Cristo, conforme descrito no Livro de Atos, Capítulo 2. Os pentecostais tendem a ver que seu movimento reflete o
mesmo tipo de poder espiritual, estilo de adoração e ensinamentos que foram
encontrados na Igreja primitiva. Por este motivo, alguns pentecostais também usam o termo Apostólico ou Evangelho Pleno para descrever
seu movimento. O pentecostalismo é na sua amplitude inclui uma vasta gama de
diferentes perspectivas teológicas e organizacionais. Como resultado, não existe
nenhuma organização central ou igreja que dirige o movimento. Os pentecostais
podem ser inseridos em mais de um grupo cristão, indo do trinitariano até o não-trinitariano. No Brasil é comum os pentecostais se auto-identificarem com termo evangélico. A
ênfase do pentecostalismo sobre o carisma o coloca dentro do cristianismo carismático, um enorme agrupamento de cristão que tem aceitado alguns ensinamentos
pentecostais sobre o batismo no Espírito e dons espirituais. O pentecostalismo
está teologicamente e historicamente próximo ao Movimento Carismático, influenciando tão significativamente o movimento, que às vezes os termos pentecostal e carismático são usados indistintamente. Segundo o portal
Brasil.net, os evangélicos que hoje
representam 17% dos brasileiros, ou mais de 32 milhões de pessoas, vem tendo um
crescimento notável (no Censo de 1991 eram apenas 9% da população - 13,1
milhões). As denominações pentecostais são as responsáveis por esse aumento. Todo o movimento pentecostal no mundo inclui cerca de aproximadamente 588
milhões de pessoas.
1 ORIGEM DO PENTECOSTES
O Pentecostes em grego pentekostos
(cinquenta) foi um feriado anual judaico, também conhecido como a Festa das
Semanas, festa dos primeiros frutos da colheita. Ela é celebrada cinquenta dias
depois da Páscoa. O livro bíblico de Levítico descreve-o como segue:
“Depois para vós contareis desde o dia seguinte
ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas
inteiras serão.
Até ao dia seguinte ao sétimo sábado,
contareis cinquenta dias; então oferecereis nova oferta de manjares ao
Senhor.
Das vossas habitações trareis dois pães de
movimento; de duas dízimas de farinha serão, levedados se cozerão; primícias
são ao Senhor.
Também com o pão oferecereis sete cordeiros
sem mancha, de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto será ao
Senhor, com suas ofertas de manjares, e as suas libações por oferta queimada de
cheiro suave ao Senhor.
Também oferecereis um bode para expiação
do pecado, e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico.
Então sacerdote os moverá com o pão das
primícias por oferta movida perante o Senhor, com os dois cordeiros; santidade
será ao Senhor para o sacerdote.
E naquele mesmo dia apregoareis que tereis
santa convocação; nenhuma obra servis fareis; estatuto perpétuo é em todas as
vossas habitações pelas vossas gerações.
E, quando segardes a sega de vossa terra, não
acabarás de segaros cantos do seu campo, nem colherás as espigas caídas da tua
sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás: eu sou o Senhor vosso
Deus” Levítico 23:15-22 Almeida Revista e Corrigida
(ARC).
As igrejas pentecostais fazem alusão a este
acontecimento como um símbolo para todos os que se converteram ao cristianismo
no dia de Pentecostes, seriam os primeiros frutos da colheita de uma grande parte
dos milhões de almas. Logo, este Movimento, não é um modismo teológico nem uma
criação eclesial do século 20. É uma promessa feita pelo Pai, ratificada pelo
Filho e operada pelo Espírito Santo o Consolador. A história da Igreja Cristã
mostra que, do Pentecostes em Jerusalém aos nossos dias, houve continuidade na
dispensação dessa tão inefável promessa.
1.1 A Promessa do derramamento do Espírito Santo
Aproximadamente
entre 835 e 805 a.C a terra de Judá foi atingida com uma praga de gafanhotos
que destruiu os pastos e as folhagens das árvores, em apenas algumas horas.
Todos os cultivos se perderam, a fome e a seca devastaram o país inteiro.
O
profeta Joel ao ver esse período terrível, revelado por Deus, deu a promessa do
derramamento do Espírito Santo, que seria a restauração de tudo o que o mal
tinha destruído, descrevendo-o como segue:
“E há de ser que depois, derramarei o meu
Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os
vossos velhos terão sonhos, e vossos mancebs terão visões.
E também sobre os servos e sobre as servas
naqueles dias derramarei o meu Espírito.
E
mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumo.
O
sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e
terrível dia do Senhor.
E há de ser que todo aquele que invocar o nome
do Senhor será salvo porque no monte Sião e em Jerusalém, haverá livramento,
asim como o Senhor tem dito, e nos restantes, que o Senhor chamar”. Joel 2:28-32 (ARC)
1.2 A Revelação a João Batista
No Evangelho de João, é mencionado um sucessor, o qual é revelado a João
Batista, que seria o que cumpriria a promessa do derramamento do Espirito Santo
sobre os crentes. Ele diz: "E eu não o conhecia, mas o que o que me mandou
batizar com água, esse me disse: sobre aquele que vires descer o Espírito, e
sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo". João 1:33
(ARC), a pessoa sob a qual o Espírito desceu foi Jesus Cristo. João Batista
testemunhou que o que viria depois dele iria batizar com o Espírito
Santo(Mateus 3:11).
1.3 Jesus Cristo e a promessa do Pai
Depois que Jesus Cristo
ressuscitou ordenou a seus apóstolos e discípulos a permanecer em Jerusalém até
serem revestidos de poder do alto. (Lucas 24:49) Do mesmo modo, em Marcos
16:17, Jesus diz a seus discípulos que em seu nome expulsariam os demônios e
falariam novas línguas. No livro de Atos, o autor Lucas fala de um mandato mais
específico que Jesus disse aos seus discípulos, descrevendo-o como segue:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. Atos 1:8
Neste capítulo de Atos, Jesus disse aos seus seguidores que o que João
Batista pregou antes de sua morte, finalmente seria cumprido dentro de poucos
dias, o que Jesus chamou de a promessa do Pai.
1.4 O Batismo com (no) Espírito Santo
O teólogo inglês, Donald Gee (1891-1966), testemunha-nos acerca de sua
experiência pentecostal: “Um louvor crescente afluía agora em minha alma, até
que comecei a falar em outras línguas publicamente. Cantava muito em línguas.
Toda a minha experiência cristã foi revolucionada”. Mas o que é o batismo com o
Espírito Santo?
Em concordância com o comentarista Claudionor de Andrade, batismo com o
espírito Santo é o revestimento de poder que nos introduz numa nova dimensão
espiritual, habilitando-nos a proclamar o evangelho com mais eficácia, a
devotar a Deus um amor mais ardente e sacrificial e a ter uma vida mais santa e
irrepreensível. Este batismo é evidenciado pelo falar em outras línguas como é
relatado pelo Evangélho de São Lucas em ao menos três ocasiões distintas (Atos
capítulos 2. 1-3; 10. 45-48; 19. 1-7).
Como fundamento do batismo com o Espírito Santo, ao contrário do que supõem
os opositores da Obra Pentecostal, revestimento de poder não é uma prática
destituida de doutrina; acha-se fundamentadanum forte e inabalável fundamento
bíblico-teológico. Os escritores do Antigo e do Novo Testamento referem-se ao
derramamento do Santo Espírito nestes últimos dias que começaram no
Pentecostes.
1.
Moisés. Pressionado pelos encargos de
sua missão, queixa-se a Deus para que o alivie daquele insuportável cargo
(Números 11.24,25). Responde-lhe o Senhor, então, que haverá de repartir-lhe o
Espírito entre setenta varões idôneos incorruptíveis. E os setenta pusseram-se
a profetizar, inclusive Eldade e Medade, que se encontrava fora do arraial.
Josué, porém, já inciumado pelo profeta, fez-lhe uma recomendação carente de
oportunidade acerca de ambos: “Senhor meu, Moisés, proíbe-lho” (Nm 11.28).
Moisés voltando-se para o servo de Jeová repreendeu-o: “Tens tu ciúmes por mim?
Tomara todo o povo do SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu
Espírito” (Nm 11.29). Nesta passagem de Números, os israelitas já podiam ter um
vislumbre, embora pálido, do que seria o dia de Pentecostes.
2.
Isaías.
Conhecido como o evangelista do Antigo Testamento, Isaías vaticina a
efusão do batismo com o Espírito Santo: “Porque derramarei água sobre os
sedentos e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua
posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendêntes” (Isaías 44.3).
3.
Joel. Ele recebe o justo epíteto
de profeta pentecostal, descerra a História da Salvação e mostra a descida do
Espírito Santo como a inalguração do período conhecido como os derradeiros
dias: “E, há de ser que, depois, derramarei do meu Espírito sobre todada carne,
vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os
vossos jovens terão visões. Há de ser que todo aquele que invocar o nome do
SENHOR será salvo” (Joel 2. 28-32).
4.
João Batista. O predecessor de Jesus Cristo
prediz o batismo com o Espírito Santo assim: “E eu, em verdade, vos batizo com
água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que
eu; não sou dígno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito
Santo e com fogo” (Mateus 3.11).
5.
Jesus. Filho de Deus promete a efusão
do Espírito: “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de
Jerusalém, mas esperassem a promessa do Pai, que (disse ele), de mim ouvistes.
Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o
Espírito Santo, não muito depois destes dias (At 1. 4,5).
1.5 O derramamento do Espírito Santo
Dez dias depois que Jesus subiu
ao céu, chegou o dia de Pentecostes, cento e vinte pessoas estavam esperando no
cenáculo unânime a promessa que Jesus Cristo tinha feito antes. “E de repente, vem do céu um som, como de um
vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles, línguas repartidas,
como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. Atos 2:2-3 (ARC)
Isso ocorreu há cerca de nove horas da manhã e havia testemunhas de várias
nacionalidades, como medos, persas, africanos, egípcios, judeus, árabes e
galileus que ouviram falar das maravilhas de Deus em suas própias linguas. No
entanto, houve muitos que pensavam que estavam bêbados. Após o evento, o
apóstolo Pedro explica a profecia de Joel preenchida para a igreja cristã.
Durante muitos anos o derramamento do Espírito Santo havia sido reservado
exclusivamente para os líderes nacionais e espirituais de Israel, mas na época
foi concedido a "toda carne".
1.6 A Igreja do Novo Testamento cristão
O Novo Testamento relata que a igreja primitiva acreditava no batismo no
Espírito Santo (Atos 11:15-16). Os escritores cristãos do segundo século usaram
a palavra grega χάρισμα ou carisma, o que significa "presente" ou
"dom divino" para se referir a estes dons, isto é, a mesma palavra
que usou o apóstolo Paulo em sua lista de dons do Espírito, que incluía o falar
em línguas (1 Coríntios 12). Assim como os cristãos do primeiro século
praticavam a imposição das mãos para a ocorrência dessa experiência nos crentes
(Atos 8:14-17). A seguir estão vários eventos realizados em igrejas cristãs do
Novo Testamento:
A Igreja em Samaria
Pedro e João tinham chegado a Samaria, onde havia um grupo de cristãos
batizados em água, mas não tinham sido batizados com o Espírito Santo. Por isso
Pedro e João impuseram suas mãos sobre eles (Atos 8:17). Nesta passagem em Atos
a Bíblia Sagrada não menciona que os crentes tenham falado em novas línguas e é
muito discutido. No entanto, muitos grupos pentecostais modernos, acreditam que
não o falaram porque Simão o Mago, que queria comprar o dom do Espírito Santo
apenas viu o grande milagre.
A casa de Cornélio
De acordo com Atos 10:47 em uma visão que teve o apóstolo Pedro no telhado
de uma casa em Jope, Deus revelou que ele devia amar seus companheiros, apesar
de não-judeus, ou seja, os gentios, assim chamados àqueles que não eram
convertidos à religião judaica, porque diante de Deus não há acepção de
pessoas. O centurião Cornélio da corte italiana enviou mensageiros a Pedro para
ajudá-lo chegar a Cesaréia. Pedro concordou em ir com eles por ordem de Deus, e
chegou à casa de Cornélio. Quando Pedro começou seu discurso, o Espírito Santo
desceu sobre os presentes e começaram a falar em línguas, glorificando a Deus.
A Igreja em Éfeso
Quando o apóstolo Paulo chegou a Éfeso, ele encontrou uma situação muito
comprometedora. Os cristãos da igreja que tinham sido batizados pelo batismo de
João e sequer sabiam que existia o Espírito Santo, mas Paulo ao chegar no
local, batizou-os na ordenança de Jesus e colocando as mãos sobre suas cabeças
veio sobre eles o Espírito Santo e falaram em línguas e profetizaram. (Atos 19:
5-7).
2 ANTECEDENTES HISTÓRICOS
São várias as instâncias de
fenômenos que historiadores pentecostais interpretam como predecessores do
pentecostalismo.
·
Inácio de Antioquia 67-110 d.C. afirmou em sua carta aos
filadelfienses (Inácio aos filadelfienses) que profetizou pelo Espírito: "Estando no meio de vós gritei, disse
em alta voz, uma voz de Deus: 'Permanecei unidos (…)'. Aqueles suspeitaram que
eu disse isso porque previa a divisão de alguns, mas aquele pelo qual estou
acorrentado é minha testemunha que eu não sabia através da carne. Foi
o Espírito que me anunciou, dizendo: '(…), guardai vosso corpo como templo
de Deus, amai a união, fugi das divisões, sede imitadores de Jesus Cristo, como
ele também é do seu Pai".
Em sua carta a Policarpo, ele também
declara: "Quanto às coisas
invisíveis, pode ser que sejam manifestadas a ti, para que nada te falte e
tenhas abundância em todo dom espiritual".
Policarpo de Esmirna 70-160 d.C. teve uma revelação de Deus de
como morreria. "Orando, ele teve
uma visão, três dias antes de o prenderem: viu seu travesseiro queimado pelo
fogo. Voltando-se para seus companheiros, disse: 'Devo ser queimado vivo! '.
·
Justino
Mártir 110-165 d.C. em seu diálogo contra o judeu Trifo recorda que os dons do Espírito Santo,
incluindo exorcismo, ainda estão em uso: "Recebendo
uma vez o espírito de discernimento, outro um conselho, outro uma cura, outro
de poder, outro de presciência, outro de ensino e outro de temor a Deus. Os
dons proféticos permanecem conosco até o presente tempo. Para alguns
(crerem) certamente em expulsar demônios, (…). Outros tem conhecimento daquilo
que vai acontecer; eles tem visões e pronunciam expressões proféticas".
·
Irineu de
Lião 130-202 d.C.. "De igual modo nós todos
ouvimos que muitos dos irmãos na igreja que têm dons proféticos, e que falam
em todas as línguas por intermédio do Espírito, e que também trazem a luz
os segredos dos homens para benefício dos homens, e que expôem os mistérios de
Deus."
·
Tertuliano 160-220 d.C. ao falar de Marcião, declarou o seguinte: "Para
provar o que os profetas têm falado, não pelo sentimento humano, mas pelo
Espírito de Deus, como aqueles que previram o futuro e revelaram os segredos do
coração, que apresentam um salmo, uma visão, uma oração, que é apenas pelo
Espírito em um extase, ou seja, em um rapto ou num arrebatamento toda vez que
uma interpretação tem ocorrido." Aparentemente Tertuliano descreveu
parte da vida comum da Igreja Ortodoxa e recomendou buscar o dom do Espírito
Santo de profecia.
·
Pacômio 292-348 d.C. depois de momentos especiais
podia, sob o poder do Espírito falar os idiomas grego e latim que jamais havia
aprendido."
·
Agostinho de Hipona 354-430 d.C. mencionou: "Fazemos, todavia o que os Apóstolos
fizeram quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, invocando sobre eles o
Espirito Santo. Mediante a imposição de mãos esperamos que os crentes falem
em novas línguas."
·
Simão o Novo Teólogo 949–1022 d.C. talvez o mais famoso cristão
carismático da igreja Ortodoxa. Seus relatos declaram muitas experiências espirituais, isto inclui um
'batismo no Espírito Santo' acompanhado por dons de copiosos prantos,
compunção, e visões de Deus.
Embora não haja registros ou indícios de derramamento do Espírito Santo
durante a Idade Média, alguns autores mencionam que os valdenses, albigenses, e
os frades mendicantes, falaram em línguas na Europa Meridional.
·
Jansenitas 1640-1801 fizeram parte de um movimento
agostiniano radical na Igreja Católica Romana (seu adepto mais famoso foi o cientista e apologista francês Blaise
Pascal), alguns de seus adeptos em Port Royal ficaram conhecidos pelos seus sinais e prodígios, dança espiritual, curas,
e elocuções proféticas. Alguns dizem que falaram em línguas estranhas e
interpretaram as línguas que lhes foram endereçadas.
·
Serafin de
Sarov 1759-1833 líder carismático da igreja ortodoxa russa, afirmou que o objetivo da vida
cristã é a recepção do Espírito Santo. Serafim também é lembrado pelo dom de
cura.
Os Huguenotes foi o nome dado ao calvinistas da França, houve manifestações carismáticas
entre eles em Cevennes, durante a perseguição determinada por Louis XIV. Em
seguida, uma nota sobre os huguenotes:
Respeitando as manifestações
físicas, há pouca discrepância entre os relatos de amigos e inimigos. As
pessoas atingidas eram homens e mulheres, idosos e jovens. Muitos eram crianças com idades entre os
nove ou dez anos. Eles emergiram do povo, disseram seus inimigos, da massa de
ignorantes e sem cultura; sem poder ler e escrever, em sua maioria, e falando o
jargão da província diariamente, que era a única coisa que poderia usar para
falar. Tais pessoas caíam repentinamente para trás e, permaneciam estendidas na
terra, experimentavam contorções estranhas e aparentemente involuntárias; seus
peitos pareciam inchar-se e seus estômagos inflar-se. Ao sair de tal condição,
gradualmente voltavam a ganhar o poder da fala instantaneamente. Começavam, muitas
vezes, com uma voz interrompida por soluços e logo derramavam torrentes de
palavras, clamores de misericórdia, chamados ao arrependimento, exortações aos
espectadores para que parassem de frequentar as missas, admoestações à igreja
de Roma e profecias relativas ao juízo vindouro. Da boca de crianças emergiam
textos da Escritura e discursos em um francês muito bom e fácil de entender, um
[francês] que nunca usavam quando estavam conscientes. Quando o transe
terminava, declaravam que não se lembravam de nada do ocorrido de que haviam
dito. Em raras ocasiões recordavam impressões vagas e gerais, mas nada a mais.
Não havia aparência de engano, nem indicação de que ao pronunciar suas
predições com relação a eventos futuros, tivesse alguma idéia de prudência ou
dúvida tocante à veracidade do que haviam predito.
Os Huguenotes
Um dos principais líderes desta igreja foi George Fox, que pregou uma mensagem sobre a nova era do Espírito Santo, ele em seu
diário, diz o seguinte:
No ano de 1648, enquanto estva
sentado na casa de um amigo em Notinghamshire (porque desta vez o poder de Deus
tinha aberto os corações de alguns para receber a Palavra de vida e de
reconciliação) vi que havia uma grande fenda que passava por toda a terra, e um
grande muro à medida que a fenda se abria no caminho; depois da fenda, ocorria
uma grande terremoto. Esta era a terra que havia nos corações das pessoas, a
qual tinha que ser sacudida antes que a semente de Deus fosse levantada da
tumba. E assim sucedia: pois o poder de Deus começou a sacudi-los e grandes
ministrações de adoração eram conduzidas, de tal maneira, que poderosas obras
do Todo-Poderoso eram realizadas entre os crentes para o assombro, tanto das gentes
como dos sacerdotes.
George Fox
Quando os cristãos hussitas foram
perseguidos na Boêmia, encontraram em Dresden, Alemanha um refúgio no qual podiam procurar a Deus. Em 1727 o conde Ludwig Graf de
Zinzendorf começou a organizar aos crentes desta corrente cristã em uma única
igreja. Durante o mês de julho criou reuniões e vigílias de oração com os
jovens, posteriormente encontrou um livro chamado Ratio Disciplinae o qual relatava como a igreja de Irineu se
unia para buscar a presença de Deus. Os morávios dizem que o Espírito desceu
sobre eles, e grandes sinais e maravilhas foram realizadas entre os irmãos
naqueles días, prevalecendo uma maravilhosa graça entre si, e em todo o país.
John
Wesley ministro anglicano e pai da igreja
Metodista registra muitas histórias
extraordinárias em seus diários, tais como a cura de pessoas, de animais, e do
poder do Espírito Santo através da oração.
O Grande Despertamento foi um fenômeno espiritual que impactou a Inglaterra
e Estados Unidos entre os anos 1735 e 1750. Durante este período teve grandes
pregadores que influenciaram o pentecostalismo moderno.
·
George
Whitefield 1714-1770. Ministro que aos 21 anos foi ordenado para pregar na Inglaterra. Chegou
aos Estados Unidos por mais de 9 ocasiões ensinando desde Georgia até Nova
Inglaterra.
·
Jonathan
Edwards 1703-1758. Aos seus 19 anos começou a pregar numa igreja em Nova Iorque, depois foi
ministro numa igreja de Yale e em 1726 foi pastor associado da igreja de
Northampton, Massachusetts, donde seria pastor por mais de 25 anos, sendo uma
das pessoas mais importantes do Grande Despertamento. Diz-se que quando foi
pregar em uma vila, as tabernas quebraram vazias e durante seus cultos ou
reuniões, as pessoas gemíam e choravam devido às pregações.
·
Charles
Finney 1792-1875. Foi um ministro proeminente e representativo dessa época, realizava
grandes atividades evangelísticas. Implementava práticas metodistas dentro de
igrejas presbiterianas e congregacionalistas. Pregava pontos wesleyanos como a
santificação, e a perfeição cristã dada únicamente pelo Espírito Santo.
·
Dwight L.
Moody 1875. Ministro que pregava na cidade de Chicago e de Nova Iorque, mencionou numa
ocasião que tinha uma especial investidura de poder do alto, um batismo claro e
inequívoco do Espírito Santo.
O Movimento de Santidade foi um movimento que dava muita ênfase que nesta vida presente pela fé, é
possível obter a inteira santificação, ou perfeição cristã através do Espírito Santo. A partir de 1840 se iniciou a pregar sobre o
batismo no Espírito Santo, seu principal contribuidor foi John Morgan, o qual
escreveu: "O dom do Espírito Santo, em sua plenitude pentecostal, não
devia restringir-se a igreja apostólica; é o privilégio compartilhado por todos
os crentes.
Kittim Silva comenta que no ano
de 1894 uns cem crentes foram batizados com o Espírito Santo na Carolina do
Norte, falando em novas línguas. Eles perteneciam a um grupo religioso chamado
União Cristã, Igreja da Santidade e em 1907 mudaram para Igreja de Deus. Esta
igreja é conhecida como Igreja de
Deus de Cleveland, por ser o lugar donde adquiriu
mais força.
3 PENTECOSTALISMO MODERNO
Chama-se pentecostalismo histórico ou moderno o conjunto de igrejas cristãs
que a partir do século 20 começaram enfatizar o sentir da presença do Espírito
Santo e a praticar a glossolalia. Veja abaixo a
sua descrição:
3.1 Pentecostalismo Clássico
O Pentecostalismo clássico é o que começou em 1901 entre cristãos que se
reuníam na rua Azusa em Los Angeles, EUA e simultaneamente em vários outros
lugares na América do Norte. É a maior corrente pentecostal entre todas as
demais, pois está confirmada por organizações religiosas que se formaram
naqueles anos e mantém manifestações espirituais e doutrinas similares.
Dentro do pentecostalismo clássico norte-americano existem três orientações
principais: Santidade-Wesleyana, Vida Superior e Unitários. Exemplo de
denominações wesleyanas de santidade inclui a Igreja de Deus em Cristo (IDC) e
a Igreja Pentecostal Internacional de Santidade (IPIS). A Igreja do Evangelho
Quadrangular é um exemplo do ramo Vida Superior, enquanto as Assembléias de
Deus (AD) foi influenciada pelos dois grupos. Algumas igrejas unitárias incluem
a Igreja
Internacional Pentecostal Unida (IPU), Assembleia
Pentecostal do Mundo (APM), e Assembléias
do Senhor Jesus Cristo (ASJC). Muitas igrejas
pentecostais são afiliadas com a Conferência Mundial Pentecostal. O pentecostalismo reivindica cerca de 588 milhões de adeptos no mundo
inteiro.
4 HISTÓRIA DE 1900
O movimento pentecostal de hoje traça seus vestígios da sua comunidade a
uma reunião de oração no Colégio
Bíblico Betel em Topeka, Kansas em 1° de
janeiro de 1901. Ali, muitos chegaram à conclusão de que falar em línguas era o
sinal bíblico do Batismo no Espírito Santo. Charles
Parham, o fundador desta escola, que
mais tarde passaria a Houston, Texas. Apesar da segregação racial em Houston, William J. Seymour, um pregador negro, foi autorizado a assistir a aulas bíblicas de Parham.
Seymour viajou para Los Angeles, onde sua pregação provocou o Avivamento da Rua Azusa em 1906. Apesar do trabalho de vários grupos wesleyanos avivalistas, como
Parham e D. L. Moody, o início do movimento pentecostal difundido nos Estados
Unidos, é geralmente considerado como tendo começado com Seymour no avivamento
da rua Azusa.
O avivamento na rua Azuza foi o primeiro avivamento pentecostal a receber
atenção significativa, e muitas pessoas de todo o mundo tornaram-se atraídas
pora ele. A imprensa de Los Angeles deu muita atenção ao aviamento de Seymour,
o que ajudou a alimentar o seu crescimento. Um número de novos grupos menores
iniciou-se, inspirado nos acontecimentos deste avivamento. Os visitantes
internacionais e missionários pentecostais acabariam por trazer estes
ensinamentos para outras nações, de modo que praticamente todas as denominações
pentecostais clássicas hoje traçam suas raízes históricas no avivamento da rua
Azusa cujo líder foi William Seymour. Logo cedo os pentecostais foram
incentivados por seu entendimento de que todo o povo de Deus poderia profetizar
nos últimos dias antes da segunda vinda de Cristo. Eles olharam para as
passagens bíblicas sobre o Pentecostes no segundo capítulo de Atos, em que
Pedro citou a profecia contida em Joel 2: "Nos últimos dias, Deus diz: Eu
derramarei meu Espírito sobre todos os povos. Vossos filhos e filhas
profetizarão, vossos jovens terão visões, vossos velhos terão sonhos.
"(NVI) Assim, quando a experiência de falar em línguas espalhou-se entre
os homens e mulheres da rua Azusa, um sentido de urgência tomou conta, quando
eles começaram a olhar para o Segunda Vinda de Cristo. No início os
pentecostais se viam como peregrinos na sociedade, dedicando-se exclusivamente
a preparar o caminho para a volta de Cristo.
O Pentecostalismo, como qualquer outro movimento importante, deu origem a
um grande número de organizações com diferenças políticas, sociais e
teológicas. O movimento inicial foi contracultural: Afro-americanos e as
mulheres foram importantes líderes do avivamento da rua Azusa, o que ajudou a
espalhar a mensagem Pentecostal muito além de Los Angeles. Com o avivamento
começando a diminuir, no entanto, diferenças doutrinárias começaram a surgir
como a pressão da evolução social, cultural e político da época começou a
afetar a igreja. Como resultado, mais divisões, isolacionismo, sectarismo e
mesmo o aumento do extremismo eram aparentes.
4.1 Influências
Alguns líderes cristãos que não faziam parte do início do movimento
pentecostal mantinham um alto respeito pelos líderes pentecostais. Albert Benjamin Simpson tornou-se estreitamente envolvido com o crescente avivamento pentecostal.
Era comum aos pastores pentecostais e missionários receberm a sua formação no Missionary Training Institute fundado
por Simpson. Devido a isso, Simpson e a Aliança Missionária e Cristã (C &
MA), o qual Simpson também fundou, teve uma grande influência sobre o
pentecostalismo, em particular, as Assembléias de Deus e a Igreja Internacional
do Evangelho Quadrangular. Essa influência inclui a ênfase evangelística,
doutrina da (C & MA), hinos e livros de Simpson, bem como a utilização do
termo "Evangelho Tabernáculo", que evoluiu nas igrejas pentecostais
tornando-se "Evangelho Pleno Tabernáculo". Charles Price Jones, um
líder Santidade afro-americano e fundador da Igreja de Cristo, é outro exemplo.
Seus hinos são amplamente cantados em convenções nacionais da Igreja de Deus em
Cristo e em muitas outras igrejas pentecostais.
4.2 Afro-americanos
Os afro-americanos desempenharam um papel importante no início do movimento
pentecostal. A primeira década do pentecostalismo foi marcada por reuniões
interraciais, "… os brancos e os negros se misturam em um frenesi
religioso", observou um jornal local, numa época quando as instalações do
governo eram separadas racialmente e leis de Jim Crow estavam prestes a ser
codificadas. Enquanto as assembléias interraciais que caracterizava a rua Azusa
continuou por vários anos, mesmo no sul segregado, o entusiasmo e apoio para
estes conjuntos, eventualmente caiu.
4.3 Mulheres
Outra característica do movimento
pentecostal nos seus primórdios foi a grande participação e visibilidade dada
às mulheres. Dois exemplos notáveis são Maria Beulah Woodworth-Etter e Aimee
Semple McPherson, esta última à fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular.
Maria Woodworth-Etter (1844-1924)
Essa famosa pregadora teve uma vida
difícil até os 35 anos. Cinco de seus seis filhos morreram e o seu primeiro
marido foi surpreendido em adultério. Em aflição, ela uniu-se aos quacres e
tornou-se uma pregadora avivalista. Nos seus cultos, as pessoas clamavam e
choravam em alta voz; muitos participantes entravam em transe ou tinham visões
que podiam durar várias horas. Em 1912, aos 68 anos, ela abraçou o movimento
pentecostal mais amplo ao pregar por seis meses em Dallas. Tornou-se uma das
evangelistas pentecostais mais conhecidas do início do século e o seu
ministério possibilitou o surgimento posterior de outras mulheres pregadoras e
ministradoras de curas.
Originalmente de sobrenome Kennedy,
Aimee nasceu em Ontário, no Canadá. Seu pai era metodista e a mãe, do Exército
de Salvação. Quando adolescente, conheceu o pentecostalismo através das
pregações de Robert Semple, com quem se casou aos 17 anos. Ele morreu dois anos
depois, em Hong Kong, quando o casal iniciava uma carreira missionária.
Voltando para casa, ela contraiu matrimônio com o homem de negócios Harold
McPherson e eles se tornaram evangelistas itinerantes (depois que ela quase
morreu de apendicite em 1913). Em 1917, Aimee passou a publicar a revista
mensal The Bridal Call (“O chamado do noivo”) e começou a atrair a
atenção da imprensa. Depois que o marido pediu divórcio, ela aceitou em 1918 um
convite para pregar em Los Angeles. Dedicou as suas energias à recuperação do
“cristianismo da Bíblia”, usando como tema, Hebreus 13.8. Em 1919, iniciou uma
série de conferências que a tornaram famosa. Dentro de um ano, os maiores
auditórios dos Estados Unidos não comportavam as multidões que queriam ouvi-la.
As orações pelos enfermos tornaram-se marcas de suas campanhas. Em rápida sucessão,
ela foi à Austrália, a primeira de suas viagens ao exterior (1922), consagrou o
Templo Ângelus (1923), fundou uma estação de rádio (1924) e sua escola bíblica
mudou-se para uma sede própria (1925). “Sister”, como era chamada, também
iniciou projetos na área social em diversas cidades.
Em maio de 1926 começaram os problemas. Aimee alegou que foi sequestrada e que teria conseguido escapar, algo que nunca foi devidamente esclarecido. Ela enfrentou sérios problemas de saúde na maior parte da década de 1930. Um desastroso terceiro casamento durou menos de dois anos. Sua realização pública mais notável nos anos 30 foi um programa social no Templo Ângelus que distribuiu alimentos, roupas e outros donativos a muitas famílias carentes. Durante a Depressão, o refeitório ofereceu 80.000 refeições só nos dois primeiros meses. Sua contribuição mais importante e duradoura foi à criação da Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular (1927), cujo nome aponta para Cristo como aquele que salva, cura, batiza como Espírito Santo e virá outra vez. Donald Dayton argumenta que essas quatro ênfases em conjunto caracterizam e distinguem o movimento pentecostal como um todo. É aquilo que se denomina o “evangelho pleno”.
Em maio de 1926 começaram os problemas. Aimee alegou que foi sequestrada e que teria conseguido escapar, algo que nunca foi devidamente esclarecido. Ela enfrentou sérios problemas de saúde na maior parte da década de 1930. Um desastroso terceiro casamento durou menos de dois anos. Sua realização pública mais notável nos anos 30 foi um programa social no Templo Ângelus que distribuiu alimentos, roupas e outros donativos a muitas famílias carentes. Durante a Depressão, o refeitório ofereceu 80.000 refeições só nos dois primeiros meses. Sua contribuição mais importante e duradoura foi à criação da Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular (1927), cujo nome aponta para Cristo como aquele que salva, cura, batiza como Espírito Santo e virá outra vez. Donald Dayton argumenta que essas quatro ênfases em conjunto caracterizam e distinguem o movimento pentecostal como um todo. É aquilo que se denomina o “evangelho pleno”.
4.3.1 Início das funções
As mulheres foram o catalisador inicial do movimento pentecostal. visto que
os Pentecostais creem na presença e interação do Espírito Santo em seus cultos,
e que os dons vieram sobre homens e mulheres, o uso dos dons espirituais foram
incentivados em todos. O intenso ambiente inconvencional e emocional generado
no culto Pentecostal encontra-se duplamente promovido, e foi por si mesmo
criando outras formas de participação tal como testemunho pessoal, oração
espontânea e canto. Mulheres não foram proibidas de entrar nesse fórum, e no
início do movimento a maioria dos convertidos e seguidores da igreja eram
mulheres. Desde que o movimento contou com o esforços e a participação de
membros leigos, tanto dentro como fora da igreja, às mulheres ganharam grande
influência cultural no pentecostalismo e ajudaram a moldá-lo. Mulheres
escreveram canções religiosas, editaram jornais pentecostais, ensinaram e
dirigiram escolas bíblicas. A preponderância dos adeptos do sexo feminino
puderam resultar da disponibilidade de tais oportunidades para as mulheres
desde o início do movimento. Além disso, as provas de três dos mais antigos
grupos pentecostais, Assembléia de Deus, a Igreja de Deus (Cleveland,
Tennessee) e a Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular, mostra um número
de mulheres atuando como clero e missionárias. Pouco depois das Assembléias de
Deus, formada em 1914, a listas do clero mostraram que um terço dos seus
ministros eram mulheres.
Em 1925, embora o número de ministros do sexo feminino caiu
significativamente, dois terços de seus missionários estrangeiros ainda eram
mulheres. Quando a Igreja de Deus foi formada em 1906, um terço dos seus
fundadores eram mulheres. Quando Aimee Semple McPherson começou a Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular em 1923, as
mulheres só estavam servindo um terço dos ramos da igreja, como pastoras
atuaram como co-pastores para outra congregações durante aproximadamente
dezesseis anos.
Outros aspectos do pentecostalismo também promoveram a participação das
mulheres. Apontando para proclamação de Pedro da profecia bíblica Joel 2:28, os pentecostais focaram sua atenção sobre o
fim dos tempos, durante o qual Cristo iria retornar. Dado que o batismo do
Espírito Santo levou ao falar em línguas, quem foi abençoado com este dom que
têm a responsabilidade de usá-lo para a preparação para a segunda vinda de
Cristo. Devido a esta responsabilidade, as restrições que a cultura ou de
outras confissões sobre as mulheres eram frequentemente ignoradas durante a
parte inicial do movimento. Joel 2:28 também especificamente incluíu as
mulheres, dizendo que ambos os filhos e filhas e servos do sexo masculino e
feminino receberiam o Espírito Santo, e profetizariam no fim dos tempos. Assim,
o foco sobre os dons espirituais, a natureza do ambiente de adoração, e o
pensamento dispensacionalista incentiava todas as mulheres a participarem em todas as áreas do culto. Mesmo antes da
rua Azusa, as mulheres levaram seus próprios avivamentos como um resultado de Agnes Ozman falando em
línguas no colégio bíblico de Parham. A Sra. Waldron e uma Sra, Hall, por
exemplo, trouxeram a mensagem pentecostal de Kansas a Zion, Illinois, onde elas ministraram e mais tarde Parham foi convidado a falar. Agnes
Ozman evangelizou completamente o Centro-Oeste depois de sair do Kansas Quando
Parham mudou o seu ministério para Houston, Texas, oito dos seus quinze
trabalhadores eram mulheres.
Outras mulheres que participaram do Colégio Bíblico Betel, também foram
convidadas, ou foram enviadas para missões ou a igrejas por Parham, para ajudar
a fortalecer os avivamentos locais, além disso, dos doze anciãos que Parham
inicialmente apontou para ir a rua Azusa, seis eram mulheres. Enquanto William
J. Seymour é normalmente considerado como o líder do avivamento da rua Azusa,
um número significativo de mulheres também contribuíu para o avivamento,
dependendo de quais contas são consideradas de primeira mão, a liderança das
mulheres no avivamento é negligenciada
ou enfatizada. Mais relatos históricos foram disponibilizados aos homens, e
estes autores tendem a representar William J. Seymour como o líder principal,
com outros homens como Charles Fox Parham e Edward Lee em importantes papéis de
apoio. No entanto, mulheres como Julia Hutchins, Lucy Farrow e Neely Terry,
foram importantes em suass próprias atribuições, muitas vezes foram
desenfatizadas.
Por outro lado, o relato da mãe Emma Cotton, pastora de uma grande Igreja
de Deus em Cristo, congregação em Los Angeles, inverteu a importância relativa
dos homens com as mulheres. Independentemente de quem teve a maior participação
na liderança do avivamento, parece geralmente seguro para concluir que a
liderança global no avivamento da rua Azusa foi partilhada entre homens e
mulheres. É preciso também ter em mente que a idéia de liderança humana no
sistema de crença pentecostal é um pouco equivocada, os participantes
consideraram o Espírito Santo o verdadeiro líder, e apenas a si mesmos como os
vasos por onde ele trabalha.
Mulheres, de conduta, também saíram do avivamento da rua Azusa. Florença
Crawford foi uma proeminente convertida da rua Azusa. Enquanto na Missão Azusa,
ela era ativa no jornal da A Fé
Apostólica e se tornou uma das primeiras da rua Azusa a evangelizar,
principalmente através do Meio-Oeste dos Estados Unidos. Mais tarde, ela se
mudou para Portland, onde ela estabeleceu a Missão de
Fé Apostólica e ministrou. Clara Lum também
foi uma figura importante da rua Azusa. Aqui, ela co-editou A Fé Apostólica com Seymour. Ophelia
Wiley também trabalhou para A Fé
Apostólica escrevendo artigos. Ela pregou na rua Azusa e evangelizou
todo o noroeste dos Estados Unidos. Jennie Moore era uma líder ativa do
avivamento da rua Azusa que se casou com Seymour e ajudou a liderar a
congregação. Abundio e Rosa Lopez estavam ativas na rua Azusa e mais tarde
levaram o culto nas ruas das seções hispânica de Los Angeles.
Outras evangelistas e missionárias da rua Azusa incluem Ivey Campbell que
pregou ao longo de Ohio e Pensilvânia, Louisa Condit foi para Oakland,
Califórnia, e em seguida em Jerusalém; Lucy Leatherman evangelizou em Israel, Egito, Chile e Argentina; Julia Hutchins evangelizou na Libéria; E G.W. Daisy e Batman eram missionárias na Libéria. Globalmente, cerca da
metade dos missionários, evangelistas e viajantes no exterior eram mulheres.
4.3.2 Mudanças nos papéis das mulheres
Apesar da liderança das mulheres no início do movimento, muitos tinham
dúvidas sobre os papéis de mulheres realizada neste momento, e assim hesitaram
em sua luta para avaliar o próprio papel e a posição das mulheres dentro das
igrejas pentecostais. Em Mulheres no
pentecostalismo, diz Edith Blumhofer da participação das mulheres:
"o pastorado, não o púlpito, foi historicamente o maior obstáculo para as
mulheres pentecostais que pede o reconhecimento do ministério completo."
A liberdade que as mulheres tiveram no início do movimento pentecostal aos
cargos de liderança mais autoritários ou posições de lideranças oficial
diminuiu por um número de razões. Durante o inicio do movimento, a ideologia
restauracionista estimulou os pentecostais a restaurar o cristianismo a uma
definição do Novo Testamento, sugeriu-se ambos papéis liberado e restrito para
as mulheres. Enquanto o restauracionismo enfatizou o papel do Espírito Santo e
a igualitária profecia de Joel, eles também tiveram de considerar os escritos
do Apóstolo Paulo no Novo Testamento. Ao fazer isso, o restauracionismo também
destacou o carácter aparentemente contraditório da teologia a respeito dos
papéis das mulheres. Por um lado, as instruções de Paulo sobre a propriedade de
culto em 1 Coríntios 11 parecia admitir a existência de mulheres profetizando e
orando na igreja. No entanto, em outras passagens, ou seja, 1 Timóteo 2:12, ele
alertou que "eu não permito que a mulher ensine ou tenha autoridade sobre
um homem, ela deve ficar em silêncio."
Assim, enquanto o imediatismo e o fervor da atmosfera do início do
avivamento foram cedendo, as questões de autoridade e organização de igrejas
surgiram. O institucionalismo se enraizou. Quando ficou claro que ambos os
homens e as mulheres falavam em línguas, muitos começaram a ver isso como um
presente de um não-intelectual, sustentando que atos mais intelectuais, como a
pregação, deve ser realizada apenas por mulheres em condições controladas pelos
líderes do sexo masculino. O retrocesso do início do movimento pentecostal
permitiu uma abordagem mais socialmente conservadora às mulheres em acomodação,
e como um resultado da participação feminina foi dirigida a uma maior solidária
e papéis tradicionalmente aceitos.
O institucionalismo trouxe a segregação de gênero e as Assembléias de Deus,
juntamente com outros grupos pentecostais, criaram organizações de mulheres
auxiliares. Nessa época, as mulheres se tornaram muito mais provavelmente em
missionárias ou evangelistas que pastores, quando elas eram pastoras, muitas
vezes eram co-pastores com seus maridos. Isso também se tornou a norma para que
os homens mantessem todas as posições oficiais: os membros do conselho, os
presidentes da faculdade, e administradores nacionais. Enquanto o início do
movimento evitou o denominacionalismo por causa da espiritualidade morta vistas
em outros segmentos protestantes, posteriormente as igrejas pentecostais
começaram a se espelhar na tradição comum da comunidade evangélica. Assim, a
forma mais democrática de se abordar outras coisas, seja homem ou mulher, leigo
ou líder, ou como "irmão" ou de "irmã", deu lugar a mais
títulos regulares como o "reverendo". Hoje, porém, alguns grupos
continuam a ordenar mulheres.
A cultura também contribuiu para a limitação do papel das mulheres nas
igrejas pentecostais. A visão social das mulheres como os guardiões morais da
sociedade começou a desvanecer-se como flappers na década de 1920 e veio para a
cena, provocando suspeitas sobre a moral das mulheres. Desde quando os
pentecostais quiseram distanciar-se tanto quanto possível da modernidade, a
"nova mulher" era uma imagem terrível. Assim, os pentecostais, se
agarrarem na visão mais tradicional da mulher no lar e na sociedade.
4.4 Movimento da Chuva Tardia
O Movimento da Chuva Tardia começou fora de uma escola bíblica independente
em Saskatchewan, Canadá, E se espalhou entre os muitos grupos pentecostais em 1940. Os seus
líderes ensinavam "um congregacionalismo extremado", onde a
autoridade local era exercida por um restaurado ministério quíntuplo, liderada
por apóstolos que através da imposição de mãos poderiam conceder dons
espirituais. Muitos grupos pentecostais tradicionais, como as Assembléias de
Deus e a comunhão pentecostal da América do Norte, foram críticos desse
movimento e condenaram muitas de suas práticas como sem base bíblica. Uma das
razões para o conflito entre as denominações tradicionais e da "Nova
Ordem", como o movimento também foi chamado, foi a tendência dos líderes
da Chuva Tardia rotularem
grupos existentes como "apostatas" e "a antiga Igreja apóstata
da Inglaterra". O Movimento da Chuva Tardia foi a controvérsia mais
importante a afetar o pentecostalismo desde II Guerra Mundial.
4.5 Movimento Carismático
No final dos anos 1960 e início dos anos 1970, os cristãos das igrejas
tradicionais nos Estados Unidos, Europa, e outras partes do mundo começaram a
aceitar a idéia pentecostal que o batismo no Espírito Santo está disponível aos
cristãos de hoje, ainda mesmo se não aceitassem outros princípios do
pentecostalismo formal. O Movimento carismático começou a crescer nas
principais denominações. Emergiram carismáticos episcopais, luteranos,
católicos, metodistas, batistas e durante esse período de tempo, carismático foi utilizado para se
referir a movimentos semelhantes que existiam dentro das denominações.
Pentecostais, por outro lado, usaram o termo para se referir àqueles que
faziam parte das igrejas e denominações que cresceram a partir do início do avivamento
da rua Azusa. Ao contrário dos pentecostais clássicos, que formaram
estritamente congregações ou denominações pentecostais, carismáticos adotaram
como seu lema, "floresce onde Deus plantou você."
Nas últimas décadas, muitas igrejas carismáticas independentes e
ministérios formaram ou desenvolveram suas próprias denominações, igrejas e
associações, como o Movimento da Vinha. Na década de 1960 e ainda hoje, muitas igrejas pentecostais ainda são
rigorosas com os códigos de vestimenta e proíbem determinadas formas de
entretenimento, criando uma distinção cultural entre os carismáticos e
pentecostais. Há uma grande sobreposição entre o agora e os movimentos
carismáticos pentecostais, apesar de alguns pentecostais ainda manterem um
entendimento estrito de "princípio de santidade de vida".
4.6 Movimento Neocarismático ou Neopentecostal
O "movimento" neo-carismático é uma coleção ampla de grupos
carismáticos independentes e pós-denominacionais. É o movimento mais recente do cristianismo carismático, e também os mais
numeroso. Esse movimento integra o que é chamado de "terceira
onda", um termo cunhado por C. Peter
Wagner. Wagner descreveu o
pentecostalismo como a "primeira onda", e o movimento carismático
como a "segunda onda". Os editores da obra The New International Dictionary of Pentecostal and
Charismatic Movements (O Novo dicionário
Internacvional de Pentecoatais e Movimentos Carismáticos) , o termo
"terceira onda" para "neo-carismático". "Terceira
onda" tem mais um foco ocidental.
5 CRENÇA
5.1 Visão geral
Pentecostais enfatizam o ensino do "evangelho pleno" ou
"evangelho quadrangular". O termo "quadrangular" refere-se
as quatro crenças fundamentais do pentecostalismo: Jesus salva, conforme João
3:16; batiza com o Espírito Santo, conforme Atos 2:4; cura o corpo, conforme
Tiago 5:15; e está vindo novamente para aqueles que foram salvos, conforme 1
Tessalonisenses 4:16–17. Eles são evangelicos na medida em que enfatizam a confiabilidade da Bíblia e a necessidade de transformação de vida do indivíduo por meio da fé em Jesus.
Pentecostais geralmente aderem a doutrina da inerrância bíblica, creêm que a Bíblia tem autoridade definitiva em matéria de fé e adotam
uma abordagem mais literal em sua
interpretação. Essa crença é expressa nas declarações doutrinárias de diversas
organizações pentecostais, como a Declaração
de Verdades Fundamentais das Assembléias de Deus, a Afirmação de Fé da Igreja de Deus em Cristo, e a Declaração de Fé da Igreja do Evangelho Quadrangular. Entretanto, pentecostais diferem de outros evangelicos por reijeitarem o cessacionismo.
Há crenças e traços comuns que pentecostais compartilham. Há também muitos
subgrupos diferentes dentro do movimento, onde o ensino e a prática diferem de
grupo para grupo e de congregação para congregação.
5.2 Salvação
Refletindo suas influências metodistas, a soterologia pentecostal é geralmente mais arminiana que calvinista. Pentecostais
acreditam que para receber a salvação e entrar nos céus, é necessário aceitar os
ensinamentos de Jesus Cristo conforme descritos na Bíblia. Isso inclui ser nascido de
novo ou ser regenerado, requisito fundamental do Pentecostalismo. A maioria dos pentecostais
também acreditam que a salvação é um dom recebido por graça através da fé em Jesus Cristo, e que não pode ser conquistada através de boas obras por
si só, como a penitência.
Também, a maioria não acredita
que o batismo no Espírito ou falar em línguas seja necessário para a salvação; contudo, os crentes são incentivados a
procurar essas experiências.
5.3 Batismo no Espírito e Dons Espirituais
A crença e prática pentecostal centraliza-se sobre sua compreensão de
plenitude ou Batismo no Espírito Santo. A maioria dos pentecostais creêm que no momento do novo nascimento
(regeneração), o novo crente tem a presença do Espírito Santo (habitação).
Enquanto o Espírito "habita" em cada cristão, pentecostais creêm que
Cristo deseja "encher" o crente com o Espírito Santo. Para os
pentecostais, este "enchimento" ou batismo com o Espírito Santo é uma
experiência definitiva que acontece depois da salvação e capacita aqueles que
foram cheios com o poder à servir e testemunhar, e também experimentar os dons
espirituais descritos na Bíblia.
A posição defendida pela maioria dos grupos pentecostais sobre os cristãos
que não tiveram a experiência de ser batizado no Espírito Santo pode ser
resumido nesta declaração da Assembleia
de Deus dos EUA : “O Espírito está operando em
todos os cristãos, sejam batizados no Espírito ou não. Deus também pode usar e
não usar os cristãos que, por uma razão ou outra, não receberam a experiência
do Batismo. Nunca devemos desvalorizar este ministério. Ainda assim,
reconhecemos que o batismo no Espírito Santo fará a vida e o ministério ainda
mais eficaz”.
Tradicionalmente, os pentecostais ensinam que a "evidência física
inicial" do batismo no Espírito Santo é o falar em línguas. Embora falar
em línguas seja um sinal imediato e óbvio de quem foi cheio do Espírito Santo,
esta não é a única evidência. Grupos pentecostais que aderem à doutrina da evidência
inicial creêm que falar em línguas "é seguido por todas as evidências da
semelhança de Cristo que marca uma vida coerente cheia do Espírito Santo".
Apesar do falar em línguas frequentemente receber forte ênfase entre os
pentecostais, a maioria também reconhece outros dons sobrenaturais que podem
ser recebidos a partir do Espírito Santo. A maioria dos pentecostais reconhecem
que nem todos os cristãos, necessariamente, recebem todos esses dons. Uma lista
é frequentemente citada em 1 Coríntios 12:8-11 que inclui os seguintes dons: palavra de sabedoria (capacidade de fornecer orientação sobrenatural em decisões), palavra de conhecimento (transmissão de informações do Espírito Santo), fé, cura, operação de milagres, profecia (pronunciamento de uma mensagem
de Deus, não necessariamente envolvendo o conhecimento do futuro), discernimento de espíritos (capacidade de dizer se os maus
espíritos estão em serviço), línguas,
e interpretação de línguas.
5.3.1 Profecia
Pentecostais normalmente concordam com o princípio protestante do Sola Scriptura. A Bíblia é a
" única regra suficiente de fé e prática", ela é "fixa,
completa, e uma revelação objetiva". Paralelamente a este grande respeito
pela autoridade das Escrituras está a crença de que o dom de profecia continua
a ser dado aos crentes em tempos pós-bíblicos. A profecia não é compreendida
pelos pentecostais como a capacidade de pregar, embora a profecia e a pregação
possam sobrepor-se às vezes. Pentecostais definem profecia como uma
"manifestação espontânea da graça de Deus, recebida por revelação, (às
vezes como uma visão, em outros momentos como sentimentos ou pensamentos) e
falada pelo Espírito através de um cristão, na língua dos destinados a ouvir a
palavra profética. Se vinda como palavra falada em uma situação específica”. Como todos os dons, a profecia é
dada a comunidade cristã para encorajar e fortalecer a fé. A profecia sempre
está subserviente e sob a autoridade das Escrituras.
5.3.2 Falar em línguas
Falar em línguas é uma distintiva prática pentecostal. Um crente
pentecostal em uma experiência espiritual pode vocalizar fluentemente
expressões ininteligíveis (glossolalia), ou articular uma linguagem alegadamente natural até então desconhecida
para ele (xenolalia). Vamos ao
significado dessas doas expressões:
Glossolalia – [Do grego glosso, lingua+lalia, falar em língua]. De acordo com Stanley
M. Horton, no seu livro Teologia Sistemática, glossolalia é o dom sobrenatural
concedido pelo Espírito Santo, que capacita o crente a fazer enubciados
proféticosem línguas que são desconhecidas. O objetivo da glossolalia é
eninciar sobrenatural e extraordinariamente o Evangélho de Cristo, como
aconteceu no Dia de Pentecostes (Atos 2); levar o crente a consolar-se no
espírito, e a proclamar, com auxílio do dom da interpretação, oconhecimento e a
vontade de Deus à Igreja (1ª Corintios 14).
A glossolária, conhecida também como dom de línguas [desconhecidas], é um
dom espiritual que, à semelhança dos demais, não ficou circunscrito aos dias
dos apóstolos: continua atual e atuante na vida da Igreja.
Xenolalia - É falar em línguas em um idioma conhecido, estranho apenas a quem o fala.
Dentro pentecostalismo, geralmente há uma distinção entre dois tipos de
línguas. Primeiro, muitos a vêem como a evidência inicial do Batismo no
Espírito Santo, quando um crente fala em línguas pela primeira vez. A maioria
das denominações pentecostais a consideram como o sinal de que o crente está
cheio do Espírito Santo. Segundo, pentecostais frequentemente referem-se a um
dom de línguas. Isto é, quando uma pessoa é movida por Deus para falar em
línguas "conforme o Espírito Santo lhes concedia" (At 2:4).
Este dom de línguas pode ser exercido em qualquer lugar, mas muitas
denominações insistem que só deve ser exercido quando uma pessoa que tem o dom
de interpretação de línguas está presente, mesmo que seja outra pessoa, ou o
mesmo que dá a língua. O intérprete deve traduzir as língua estranha na língua
nativa dos cristãos, para que todos possam entender a mensagem. Estes
regulamentos de ordem da igreja são tomadas de (1Co 14.13) e (1Co 14.27-28).
Muitos pentecostais, principalmente após o crescimento e a influência do
movimento carismático, acreditam que o dom
de línguas é diferente de línguas
como uma lingua de oração ou falar
em línguas (uma língua desconhecida). De acordo com este ponto de vista,
falar em línguas é uma
declaração concedida por Deus para a oração, e o dom de línguas é um raro milagre em que Deus permite que um
cristão fale em uma língua estrangeira que não tenha previamente estudado a fim
de proclamar o evangelho. Outros pentecostais acreditam que elas são tudo a
mesma coisa, em que o dom de línguas seja falar línguas desconhecidas
(incluindo a dos anjos) não com a finalidade de se comunicar
com os outros, mas para "a comunicação entre o espírito e Deus".
Quando utilizado esse caminho, falar em línguas é muitas vezes referido
como uma "lingua de oração". Alguns grupos de pentecostais enfatizam
a idéia de falar em línguas somente quando o Espírito Santo vem sobre um
indivíduo, e não crêem que alguém pode legitimamente falar em línguas na
vontade própria.
No início do século 20, a maioria dos missionários pentecostais, juntamente
com proeminentes líderes pentecostais, sustentaram que o falar em línguas era
uma forma de xenoglossia em que o Espírito Santo lhes permite falar em outras
línguas. Contínuas investigações repetidamente chegaram a conclusão que o falar
em línguas era uma forma de dicção que faltava toda a estrutura
sintática, e quase sempre consistia de
sílabas tiradas da língua materna do orador, teólogos pentecostais redefiniu
suas crenças. A maioria prega agora que falar em línguas é uma lingua de oração
pessoal, ou glossolalia, com as exceções acima referidas, não xenoglossia.
5.3.3 Cura
Orar pelos doentes é uma importante prática em muitas igrejas pentecostais.
As práticas variam, mas geralmente esta oração inclui o pastor ungir o doente com azeite e a ajuda dos anciãos da igreja, juntamente com os
colaboradores pastorais, e a imposição de mãos sobre o requerente da oração. Baseado no relato de Atos 19:11-12, alguns
pentecostais ungem e oram sobre "panos de oração", que podem ser
colocados perto de uma parte do corpo doente.
5.3.4 Outras práticas distintas
Além dos dons espirituais, alguns pentecostais creêm em outras
manifestações (respostas físicas) da presença do Espírito Santo. Dois dos
exemplos mais conhecidos são o dançar no Espírito e, o que é descrito como, uma
forma de prostração conhecida como
"cair no Espírito". Embora fenômenos como estes estejam presentes no
pentecostalismo desde o seu início, nem todos os pentecostais concordam com a
legitimidade bíblica e adequação de algumas ou de todas as formas de
manifestações físicas. A frequência e a importância de sua ocorrência em um
culto pentecostal pode variar, de ser comum em uma igreja local a ser
inexistente em outra. Dançar no Espírito é uma prática originada no
pentecostalismo clássico, mas agora é mais comuns entre os neo-pentecostais e os grupos carismáticos.
Tradicionalmente, dançar no Espírito é definido como, um único participante
espontaneamente "dançando" com os olhos fechados, sem esbarrar em
pessoas ou objetos próximos, obviamente sob o poder e orientação do
Espírito.... Se a experiência acontece, é porque o adorador tornou-se tão extasiado com a presença de
Deus que o Espírito toma o controle dos seus movimentos físicos, bem como o ser
espiritual e emocional.
Uma definição diferente, mais recente de dançar no Espírito desenvolveu-se
também entre alguns pentecostais. Esta compreende o dançar no Espírito como um
ato de adoração congregacional, semelhante ao canto e oração. Segundo esta
definição, ela é uma "dança espontânea pela congregação (geralmente no
lugar e sem parceiros)". Aqueles que aderem à definição tradicional tendem
a desencorajar a identificação do último tipo com a dança no Espírito.
Descansando no Espírito (também conhecido como "cair sob o
poder") é um fenômeno no qual uma pessoa cai (geralmente) para trás ao
mesmo tempo que está orando. Pentecostais creêm que o cair pode ser causado por
"uma grande experiência da presença de Deus". Embora não seja um
exemplo de manifestações do Espírito, a "marcha para Jericó" é um
exemplo de uma prática tradicional pentecostal rara vista no avivamento das
igrejas independentes carismáticas. Trata-se de uma congregação marchando com
gritos de oração e cantando.
5.4 Ordenanças e práticas
Como em outras igrejas cristãs, os pentecostais acreditam que certos
rituais ou cerimônias foram instituídos como um padrão e ordenação por Jesus no
Novo Testamento. Alguns pentecostais preferem chamar estas cerimônias de ordenanças, ao invés de sacramentos. Muitos
cristãos chamam isso de sacramentos, no entanto, este termo não é utilizado por alguns pentecostais que não
vêem as ordenanças como meios de graça. Como alternativa o termo ordenança
sacerdotal é utilizado para designar a crença distinta de que a graça é
recebida diretamente de Deus para o congregante com o oficiante servindo apenas
como um canal.
A ordenança do batismo é o símbolo
exterior de uma conversão interior, que já se realizou. Portanto, a maioria dos
grupos pentecostais pratica o batismo de crentes por imersão. As visões
pentecostais sobre o batismo são divididas em dois campos principais: a
corrente trinitária e o "Nome de Jesus" ou "Só Jesus". A
corrente trinitária ensina que a formulação exata da fórmula batismal é
irrelevante, já que é a autoridade de Deus e a obediência do destinatário que
forma os fatores críticos. A doutrina do "Nome de Jesus" declara que
o batisador deve usar uma fórmula que diz: "Em nome do Senhor Jesus
Cristo", em vez da tradicional fórmula trinitária comum a praticamente
todas as outras igrejas cristãs. Este ponto de vista surgiu da "Nova
Emanação" ou "Nova Revelação" que Frank Ewart, um pregador
batista australiano, alegou ter recebido como uma profecia divina, em 1913, e é
largamente realizada hoje pelos pentecostais unitários.
A ordenança da santa Ceia ou Comunhão é vista como uma ordem direta dada por Jesus na Última
Ceia, a ser feito em sua memória.
Algumas igrejas pentecostais usam suco de uva, em vez de vinho.
Lava-pés também é tido como uma ordenança por alguns pentecostais, especialmente a Igreja
Internacional Pentecostal Unida (IIPU) e a Igreja de Deus em Cristo (IDC). É considerado uma "ordenança de humildade", porque Jesus
mostrou humildade ao lavar os pés dos discípulos em João 13.14-17. Outras
denominações, tais como as Assembleias de Deus e a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), não tem isso como uma ordenança, mas deixam isso à consciência
individual.
5.5 Santidade e Vida Superior Pentecostal
A teologia pentecostal foi moldada por movimentos que cresceram a partir
da: Santidade-Wesleyana e Vida Superior. Os participantes desses movimentos acreditavam que, após uma experiência
de conversão (a "primeira benção") haveria uma experiência de
"crise de santificação" ou a "segunda benção". Pregadores
wesleyanos de santidade ensinavam que essa experiência eliminaria imediatamente
o pecado na vida cristã, resultando na "perfeição de pureza." Cristãos de Vida Superior compartilhavam dessa crença em uma
segunda bênção, mas entendiam de modo diferente. Eles não viam, essa
experiência, como a eliminação total do pecado, mas como uma "consagração plena que lhes incentivavam
ao evangelismo".
Os primeiros pentecostais, portanto,
entendiam o Batismo no Espírito Santo como essa "segunda bênção" e falar em
línguas como sua evidência física. A
orientação de santidade-wesleyana era a posição universal nos primeiros dias do
pentecostalismo defendendo um triplo processo de conversão, a santificação
progressiva e o batismo no Espírito Santo.
5.6 Obra Plena
Na primeira década do século XX, surgiu a controvérsia sobre uma nova
doutrina, Finished-Work, que
difere da santidade-Wesleyana e da Vida Superior pentecostal. A doutrina da Obra Plena professa uma dupla experiência de
conversão e de batismo no Espírito, já que a santificação é vista como
progressista e não como instantânea. Este argumento produziu um profundo cisma
e foi visto como falacioso e contencioso por pentecostais ortodoxos, os quais
assumiram o Batismo no Espírito como a prova da segunda obra.
6 DENOMINAÇÕES E LIGAÇÕES
Com um número estimado de 115 milhões de seguidores no mundo em 2000, o
pentecostalismo é classificado como a "terceira força do
cristianismo", sendo as duas primeiras o Catolicismo e o protestantismo.
Pentecostais e igrejas carismáticas têm crescido rapidamente em muitas partes
do mundo. A grande maioria dos pentecostais estão em países em desenvolvimento embora muitas das suas lideranças internacionais estejam na América do
Norte. O movimento desfruta hoje de uma grande onda no hemisfério sul, que inclui África, América latina, e muito da Ásia. Uma das razões para este
crescimento é o apelo do pentecostalismo aos pobres. Conforme o relatório das Nações Unidas, o movimento é "o mais bem sucedido em recrutar membros da classe
pobre."
Em 1998, existiam 11.000 denominações pentecostais ou carismáticas
diferentes pelo mundo. A mais ampla denominação pentecostal no mundo, as Assembleias de Deus têm aproximadamente 63 milhões de seguidores pelo mundo. Ela tem uma
presença significativa em muitos países, incluindo Cuba, Egito, Índia, Indonésia e Nigéria. A Igreja de Deus (Cleveland) tem uma membresia de mais de 6 milhões, a Igreja de Deus em Cristo tem uma membresia de 5.5 milhões, A Igreja do Evangelho Quadrangular tem 5 milhões de membros, a Igreja
Internacional Pentecostal Unida tem uma membresia de mais de 4
milhões, e a Igreja
Internacional Pentecostal de Santidade tem mais de 3 milhões de membros.
A maior igreja pentecostal no mundo é a Igreja do Evangelho Pleno de Yodo na Coréia do Sul. Fundada por David Yonggi Cho em 1958, ela possuia 780.000 membros em 2003. A enorme igreja australiana,
Hillsong, tem uma membresia de 19.000 e suas canções são cantadas nas igrejas pelo
mundo a fora.
7 PENTECOSTALISMO BRASILEIRO
O movimento pentecostal pode ser dividido em três ondas delineadas por suas
características sócio-religiosas e contexto cronológico. Além das grandes
denominações pentecostais, existem hoje centenas de "ministérios
independentes" ou novas denominações surgindo anualmente no Brasil e no
mundo.
7.1 Primeira Onda Pentecostal
A primeira, chamada pentecostalismo clássico, abrangeu o período de 1910 a 1950 e iniciou-se com sua implantação no país, decorrente da fundação da Congregação Cristã no Brasil e da Assembleias de Deus até sua difusão pelo território nacional. Desde o início, ambas igrejas
caracterizam-se pelo anticatolicismo, pela ênfase na crença no batismo no Espírito
Santo e por um ascetismo que rejeita
os valores do mundo e defende a plenitude da vida moral e espiritual. Louis
Francescon, Daniel Berg e Gunnar Vingren tiveram matriz pentecostal comum, ao
receberem as novas doutrinas na Missão de Fé Apostólica conduzida pelo Pastor
William H. Durham, ex-pastor batista, em Chicago, Illinois.
A primeira denominação desse movimento organizada no Brasil em 1910 com a vinda do missionário Louis
Francescon, que atuou em colônias italianas
no Sul e Sudeste do Brasil. Francescon realizou em 1910, o primeiro batismo de
orientação pentecostal em solo brasileiro com a conversão de onze almas,
originando a Congregação Cristã no Brasil em Santo Antônio da Platina - Paraná, e no mesmo ano inicia esta igreja no
Bairro do Brás em São Paulo.
Em 1911 Daniel Berg e Gunnar
Vingren, iniciaram suas missões no Pará e Nordeste, dando origem a Assembleias de Deus. O movimento das Assembléias de Deus cresceu do norte-nordeste para o sul,
com apoio inicial do movimento pentecostal escandinavo e posteriormente
transferência de aliança com as Assemblies
of God americanas. Com os anos surgiram ministérios e convenções, dos
quais muitos são independentes (não afiliados à Convenção Geral das Assembleias
de Deus do Brasil).
Além da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus surgiram
outras pequenas denominações pentecostais clássicas nos primeiros quarenta anos
do pentecostalismo brasileiro. Em 1932, foi organizada a Igreja de Cristo no Brasil em Mossoró (Rio Grande do Norte). A Igreja de Cristo divergiu das demais igrejas pentecostais da primeira
onda ao seguir o dogma da "eterna segurança" mais conhecida como Perseverança dos santos. Esta também defende que o cristão recebe o batismo do Espírito Santo no
momento da conversão e não como segunda bênção seguida de dons de línguas.
Em Catalão, GO em 1935 foi fundada a Igreja Evangélica do Calvário
Pentecostal. Esta igreja uniu-se à Igreja de Deus de Cleveland, EUA, e se
tornou a Igreja de Deus no Brasil, hoje presente em todos os estados
brasileiros. A Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo foi fundada em São Paulo em
1936 por Marcos Batista. A Missão Evangélica Pentecostal do
Brasil, fundada em Manaus em 1939, de origem americana, mas que atualmente atua de forma independente, com
direção nacional e credo baseado no Pentecostalismo Clássico, de característica
moderada quanto à questão de usos e costumes.
Uma das denominações considerada a revolucionaria espiritual do Brasil é a
Igreja Evangélica Avivamento Bíblico, fundada em 7 de setembro de 1946 por
Mário Roberto Lindstron, Oswaldo Fuentes e Alídio Flora Agostinho. A Igreja
Evangélica Avivamento Bíblico conta hoje com mais de 3.000 pessoas.
7.2 Segunda Onda Pentecostal
A segunda onda começou a surgir na década de 1950, quando chegaram a São Paulo dois missionários norte-americanos da International Church of The Foursquare Gospel. Na capital paulista, eles criaram a Cruzada Nacional de Evangelização e, centrados na cura divina, iniciaram a evangelização das massas,
principalmente pelo rádio, contribuindo bastante para a expansão do
pentecostalismo no Brasil. Em seguida, fundaram a Igreja do Evangelho Quadrangular. No seu rastro, surgiram o Ministério
Cristo Vive, O Brasil para Cristo, Igreja Pentecostal Deus é Amor, Casa da Bênção, Igreja Unida, Igreja de Nova Vida e diversas outras igrejas pentecostais menores como a Igreja Presbiteriana Pentecostal dentre outras.
7.3 Terceira Onda Pentecostal
A terceira onda, chamada de Neo-Pentecostalismo, teve início na segunda metade dos anos 70. Fundadas por brasileiros, as
mais antigas são a Igreja Universal do Reino de Deus (Rio de Janeiro, 1977), liderada pelo bispo Edir Macedo, e a Igreja Internacional da Graça de
Deus (Rio de
Janeiro, 1980), liderada e fundada pelo missionário R. R. Soares, ambas presentes na
área televisiva com seus televangelistas. Posteriormente, temos o surgimento da
Renascer em Cristo (São Paulo, 1986) e da Comunidade Evangélica Sara Nossa
Terra (Brasília, 1992).
De um modo geral, utilizam intensamente a mídia eletrônica e aplicam
técnicas de administração empresarial, com uso de marketing, planejamento
estatístico, análise de resultados etc. Algumas pregam a Teologia da Prosperidade, pela qual o cristão está destinado à prosperidade terrena, rejeitando os
tradicionais usos e costumes áusteros dos pentecostais. O neo-pentecostalismo
constitui a vertente pentecostal mais influente, a que mais cresce e também a
mais liberal em questões de costumes.
7.4 Renovados e Carismáticos
Paralelamente ao Pentecostalismo, várias denominações protestantes que eram
tradicionais experimentaram movimentos internos, com manifestações pentecostais.
Assim foram denominados "Renovados", como a Igreja Cristã Maranata (originária da Igreja Presbiteriana do Brasil), Igreja Presbiteriana Renovada (originária também da IPB), Convenção Batista Nacional (originária da Convenção Batista Brasileira), Igreja do Avivamento Bíblico (originária da Igreja Memorial Batista) e a Igreja Adventista da Promessa (originária da Igreja Adventista do Sétimo Dia).
Nos anos mais recentes a doutrina de renovação do Pentecostalismo
ultrapassou até mesmo as fronteiras do Protestantismo, surgindo movimentos de
renovação pentecostal Católica Romana e Ortodoxa Oriental, como a Renovação Carismática Católica que teve sua origem por Padres influenciados por Pastores e literaturas
pentecostais.
8 ESTATÍSTICAS
8.1 Estatísticas denominacionais
Membresias mundiais:
·
Independente - 50 milhões
8.2 Distribuição geográfica
9 Pessoas
9.1Precursores
9.2 Líderes
·
Joseph Ayo Babalola (1904–59) Oke - Ooye, Ilesa avivalista em 1930. Também, fundador
espiritual da Igreja
Apostólica de Cristo
·
George
Jeffreys (1889–1972) Fundador da Elim
Foursquare Gospel Alliance e a Bible-Pattern
Church Fellowship na Inglaterra.
·
Bishop R.A.R. Johnson (1876–1940)
Fundador da Casa de Deus, Santa Igreja do Deus Vivo, a Coluna e Baluarte da
Verdade, A Casa de Oração a Todos os Povos.
·
Aimee Semple McPherson (1890–1944) Evangelista americana, pastora, e organizadora da Igreja do
Evangelho Quadrangular.
·
David du
Plessis (1905–87) Líder pentecostal da
igreja sul-africana, um dos fundadores do movimento carismático.
·
Mary Magdalena Lewis Tate
(1871–1930) - Fundou a Igreja do Deus
Vivo, a Coluna e Baluarte da Verdade, Inc.
9.3 Personalidades do pentecostalismo
Referências Bibliográficas
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Bíblia Sagrada, versão Revista e Corrigida na grafia simplificada, Coedição
(JUERP) Imprensa Bíblica Brasileira, Kings Cross Publicações, 5ª Ed. 2006
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Dicionário Teológico. 6ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p 167.
ANTONIAZZI, Alberto (coordenador). Nem anjos nem demônios: Interpretações
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BOYER, Orlando, Biografías de Grandes
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Blumhofer, Edith. As Assembléias de Deus: Um Capítulo na
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CAMPOS, Leonildo S. As origens norte-americanas do
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FRESTON, Paul. Breve história do
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SOUSA, João Bosco de. Memorphosis
e Krenosis. DEI: Natal, 2007.
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Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10ª Ed. Rio de Janeiro. CPAD, 2006
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MARIANO, Ricardo.
Neopentecostais. São Paulo: Edições Loyola, 1999.
Demais Referências
http://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o_Mundial_da_Assembleia_de_Deus. Acessado em 16 de novembro de 2011.
http://www.portalbrasil.net/religiao_protestantismo.htm. Acessado em 08 de dezembro de 2011.
Lições Bíblicas, CPAD, 1º trimestre de 2011, comentário:
Claudionor de Andrade, pp14-16.
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