quarta-feira, 16 de maio de 2012

raízes do pentecostalismo


INTRODUÇÃO

Analisando a História da Igreja, pode-se observar nitidamente que Deus sempre avivou ou reavivou a sua Igreja em várias ocasiões diferentes. Esses períodos da Era Cristã foram marcados por avivamentos maravilhosos, onde Deus se manifestou aos seus servos de forma sobrenatural. Dentre esses se podem citar o Movimento Pentecostal que alguns escritores o conceitua como um movimento de renovação de dentro do cristianismo, que dá ênfase especial em uma experiência direta e pessoal com Deus através do Batismo no Espírito Santo. O termo Pentecostal é derivado de Pentecostes, um termo grego que descreve a festa judaica das semanas.   Para os cristãos, este evento comemora a descida do Espírito Santo sobre os seguidores de Jesus Cristo, conforme descrito no Livro de Atos, Capítulo 2. Os pentecostais tendem a ver que seu movimento reflete o mesmo tipo de poder espiritual, estilo de adoração e ensinamentos que foram encontrados na Igreja primitiva. Por este motivo, alguns pentecostais também usam o termo Apostólico ou Evangelho Pleno para descrever seu movimento. O pentecostalismo é na sua amplitude inclui uma vasta gama de diferentes perspectivas teológicas e organizacionais. Como resultado, não existe nenhuma organização central ou igreja que dirige o movimento. Os pentecostais podem ser inseridos em mais de um grupo cristão, indo do trinitariano até o não-trinitariano. No Brasil é comum os pentecostais se auto-identificarem com termo evangélico. A ênfase do pentecostalismo sobre o carisma o coloca dentro do cristianismo carismático, um enorme agrupamento de cristão que tem aceitado alguns ensinamentos pentecostais sobre o batismo no Espírito e dons espirituais. O pentecostalismo está teologicamente e historicamente próximo ao Movimento Carismático, influenciando tão significativamente o movimento, que às vezes os termos pentecostal e carismático são usados indistintamente. Segundo o portal Brasil.net, os evangélicos que hoje representam 17% dos brasileiros, ou mais de 32 milhões de pessoas, vem tendo um crescimento notável (no Censo de 1991 eram apenas 9% da população - 13,1 milhões). As denominações pentecostais são as responsáveis por esse aumento. Todo o movimento pentecostal no mundo inclui cerca de aproximadamente 588 milhões de pessoas.


1 ORIGEM DO PENTECOSTES
        
 O Pentecostes em grego pentekostos (cinquenta) foi um feriado anual judaico, também conhecido como a Festa das Semanas, festa dos primeiros frutos da colheita. Ela é celebrada cinquenta dias depois da Páscoa. O livro bíblico de Levítico descreve-o como segue:
        “Depois para vós contareis desde o dia seguinte ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão.
           Até ao dia seguinte ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias; então oferecereis nova oferta de manjares ao Senhor. 
       Das vossas habitações trareis dois pães de movimento; de duas dízimas de farinha serão, levedados se cozerão; primícias são ao Senhor.
       Também com o pão oferecereis sete cordeiros sem mancha, de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto será ao Senhor, com suas ofertas de manjares, e as suas libações por oferta queimada de cheiro suave ao Senhor.
       Também oferecereis um bode para expiação do pecado, e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico.
       Então sacerdote os moverá com o pão das primícias por oferta movida perante o Senhor, com os dois cordeiros; santidade será ao Senhor para o sacerdote.
         E naquele mesmo dia apregoareis que tereis santa convocação; nenhuma obra servis fareis; estatuto perpétuo é em todas as vossas habitações pelas vossas gerações.
         E, quando segardes a sega de vossa terra, não acabarás de segaros cantos do seu campo, nem colherás as espigas caídas da tua sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixarás: eu sou o Senhor vosso Deus” Levítico 23:15-22 Almeida Revista e Corrigida (ARC).
        As igrejas pentecostais fazem alusão a este acontecimento como um símbolo para todos os que se converteram ao cristianismo no dia de Pentecostes, seriam os primeiros frutos da colheita de uma grande parte dos milhões de almas. Logo, este Movimento, não é um modismo teológico nem uma criação eclesial do século 20. É uma promessa feita pelo Pai, ratificada pelo Filho e operada pelo Espírito Santo o Consolador. A história da Igreja Cristã mostra que, do Pentecostes em Jerusalém aos nossos dias, houve continuidade na dispensação dessa tão inefável promessa.

1.1 A Promessa do derramamento do Espírito Santo
    
       Aproximadamente entre 835 e 805 a.C a terra de Judá foi atingida com uma praga de gafanhotos que destruiu os pastos e as folhagens das árvores, em apenas algumas horas. Todos os cultivos se perderam, a fome e a seca devastaram o país inteiro.
       O profeta Joel ao ver esse período terrível, revelado por Deus, deu a promessa do derramamento do Espírito Santo, que seria a restauração de tudo o que o mal tinha destruído, descrevendo-o como segue:
        “E há de ser que depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, e vossos mancebs terão visões.
        E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.
       E mostrarei prodígios no céu e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumo.
       O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.
E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo porque no monte Sião e em Jerusalém, haverá livramento, asim como o Senhor tem dito, e nos restantes, que o Senhor chamar”. Joel 2:28-32 (ARC)

1.2 A Revelação a João Batista

No Evangelho de João, é mencionado um sucessor, o qual é revelado a João Batista, que seria o que cumpriria a promessa do derramamento do Espirito Santo sobre os crentes. Ele diz: "E eu não o conhecia, mas o que o que me mandou batizar com água, esse me disse: sobre aquele que vires descer o Espírito, e sobre ele repousar, esse é o que batiza com o Espírito Santo". João 1:33 (ARC), a pessoa sob a qual o Espírito desceu foi Jesus Cristo. João Batista testemunhou que o que viria depois dele iria batizar com o Espírito Santo(Mateus 3:11).

1.3 Jesus Cristo e a promessa do Pai
Depois que Jesus Cristo ressuscitou ordenou a seus apóstolos e discípulos a permanecer em Jerusalém até serem revestidos de poder do alto. (Lucas 24:49) Do mesmo modo, em Marcos 16:17, Jesus diz a seus discípulos que em seu nome expulsariam os demônios e falariam novas línguas. No livro de Atos, o autor Lucas fala de um mandato mais específico que Jesus disse aos seus discípulos, descrevendo-o como segue:
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. Atos 1:8
Neste capítulo de Atos, Jesus disse aos seus seguidores que o que João Batista pregou antes de sua morte, finalmente seria cumprido dentro de poucos dias, o que Jesus chamou de a promessa do Pai.

1.4 O Batismo com (no) Espírito Santo

O teólogo inglês, Donald Gee (1891-1966), testemunha-nos acerca de sua experiência pentecostal: “Um louvor crescente afluía agora em minha alma, até que comecei a falar em outras línguas publicamente. Cantava muito em línguas. Toda a minha experiência cristã foi revolucionada”. Mas o que é o batismo com o Espírito Santo?
Em concordância com o comentarista Claudionor de Andrade, batismo com o espírito Santo é o revestimento de poder que nos introduz numa nova dimensão espiritual, habilitando-nos a proclamar o evangelho com mais eficácia, a devotar a Deus um amor mais ardente e sacrificial e a ter uma vida mais santa e irrepreensível. Este batismo é evidenciado pelo falar em outras línguas como é relatado pelo Evangélho de São Lucas em ao menos três ocasiões distintas (Atos capítulos 2. 1-3; 10. 45-48; 19. 1-7).
Como fundamento do batismo com o Espírito Santo, ao contrário do que supõem os opositores da Obra Pentecostal, revestimento de poder não é uma prática destituida de doutrina; acha-se fundamentadanum forte e inabalável fundamento bíblico-teológico. Os escritores do Antigo e do Novo Testamento referem-se ao derramamento do Santo Espírito nestes últimos dias que começaram no Pentecostes.
1.           Moisés. Pressionado pelos encargos de sua missão, queixa-se a Deus para que o alivie daquele insuportável cargo (Números 11.24,25). Responde-lhe o Senhor, então, que haverá de repartir-lhe o Espírito entre setenta varões idôneos incorruptíveis. E os setenta pusseram-se a profetizar, inclusive Eldade e Medade, que se encontrava fora do arraial. Josué, porém, já inciumado pelo profeta, fez-lhe uma recomendação carente de oportunidade acerca de ambos: “Senhor meu, Moisés, proíbe-lho” (Nm 11.28). Moisés voltando-se para o servo de Jeová repreendeu-o: “Tens tu ciúmes por mim? Tomara todo o povo do SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu Espírito” (Nm 11.29). Nesta passagem de Números, os israelitas já podiam ter um vislumbre, embora pálido, do que seria o dia de Pentecostes.
2.           Isaías.  Conhecido como o evangelista do Antigo Testamento, Isaías vaticina a efusão do batismo com o Espírito Santo: “Porque derramarei água sobre os sedentos e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendêntes” (Isaías 44.3).
3.           Joel.  Ele recebe o justo epíteto de profeta pentecostal, descerra a História da Salvação e mostra a descida do Espírito Santo como a inalguração do período conhecido como os derradeiros dias: “E, há de ser que, depois, derramarei do meu Espírito sobre todada carne, vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. Há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo” (Joel 2. 28-32).
4.           João Batista. O predecessor de Jesus Cristo prediz o batismo com o Espírito Santo assim: “E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou dígno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mateus 3.11).
5.           Jesus. Filho de Deus promete a efusão do Espírito: “E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas esperassem a promessa do Pai, que (disse ele), de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias (At 1. 4,5).

1.5 O derramamento do Espírito Santo

Dez dias depois que Jesus subiu ao céu, chegou o dia de Pentecostes, cento e vinte pessoas estavam esperando no cenáculo unânime a promessa que Jesus Cristo tinha feito antes. “E de repente, vem do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles, línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. Atos 2:2-3 (ARC)
Isso ocorreu há cerca de nove horas da manhã e havia testemunhas de várias nacionalidades, como medos, persas, africanos, egípcios, judeus, árabes e galileus que ouviram falar das maravilhas de Deus em suas própias linguas. No entanto, houve muitos que pensavam que estavam bêbados. Após o evento, o apóstolo Pedro explica a profecia de Joel preenchida para a igreja cristã. Durante muitos anos o derramamento do Espírito Santo havia sido reservado exclusivamente para os líderes nacionais e espirituais de Israel, mas na época foi concedido a "toda carne".

1.6 A Igreja do Novo Testamento cristão

O Novo Testamento relata que a igreja primitiva acreditava no batismo no Espírito Santo (Atos 11:15-16). Os escritores cristãos do segundo século usaram a palavra grega χάρισμα ou carisma, o que significa "presente" ou "dom divino" para se referir a estes dons, isto é, a mesma palavra que usou o apóstolo Paulo em sua lista de dons do Espírito, que incluía o falar em línguas (1 Coríntios 12). Assim como os cristãos do primeiro século praticavam a imposição das mãos para a ocorrência dessa experiência nos crentes (Atos 8:14-17). A seguir estão vários eventos realizados em igrejas cristãs do Novo Testamento:

A Igreja em Samaria
Pedro e João tinham chegado a Samaria, onde havia um grupo de cristãos batizados em água, mas não tinham sido batizados com o Espírito Santo. Por isso Pedro e João impuseram suas mãos sobre eles (Atos 8:17). Nesta passagem em Atos a Bíblia Sagrada não menciona que os crentes tenham falado em novas línguas e é muito discutido. No entanto, muitos grupos pentecostais modernos, acreditam que não o falaram porque Simão o Mago, que queria comprar o dom do Espírito Santo apenas viu o grande milagre.

A casa de Cornélio
De acordo com Atos 10:47 em uma visão que teve o apóstolo Pedro no telhado de uma casa em Jope, Deus revelou que ele devia amar seus companheiros, apesar de não-judeus, ou seja, os gentios, assim chamados àqueles que não eram convertidos à religião judaica, porque diante de Deus não há acepção de pessoas. O centurião Cornélio da corte italiana enviou mensageiros a Pedro para ajudá-lo chegar a Cesaréia. Pedro concordou em ir com eles por ordem de Deus, e chegou à casa de Cornélio. Quando Pedro começou seu discurso, o Espírito Santo desceu sobre os presentes e começaram a falar em línguas, glorificando a Deus.

A Igreja em Éfeso

Quando o apóstolo Paulo chegou a Éfeso, ele encontrou uma situação muito comprometedora. Os cristãos da igreja que tinham sido batizados pelo batismo de João e sequer sabiam que existia o Espírito Santo, mas Paulo ao chegar no local, batizou-os na ordenança de Jesus e colocando as mãos sobre suas cabeças veio sobre eles o Espírito Santo e falaram em línguas e profetizaram. (Atos 19: 5-7).

2 ANTECEDENTES HISTÓRICOS

São várias as instâncias de fenômenos que historiadores pentecostais interpretam como predecessores do pentecostalismo.
·         Inácio de Antioquia 67-110 d.C. afirmou em sua carta aos filadelfienses (Inácio aos filadelfienses) que profetizou pelo Espírito: "Estando no meio de vós gritei, disse em alta voz, uma voz de Deus: 'Permanecei unidos (…)'. Aqueles suspeitaram que eu disse isso porque previa a divisão de alguns, mas aquele pelo qual estou acorrentado é minha testemunha que eu não sabia através da carne. Foi o Espírito que me anunciou, dizendo: '(…), guardai vosso corpo como templo de Deus, amai a união, fugi das divisões, sede imitadores de Jesus Cristo, como ele também é do seu Pai".
Em sua carta a Policarpo, ele também declara: "Quanto às coisas invisíveis, pode ser que sejam manifestadas a ti, para que nada te falte e tenhas abundância em todo dom espiritual".
Policarpo de Esmirna 70-160 d.C. teve uma revelação de Deus de como morreria. "Orando, ele teve uma visão, três dias antes de o prenderem: viu seu travesseiro queimado pelo fogo. Voltando-se para seus companheiros, disse: 'Devo ser queimado vivo! '.
·         Justino Mártir 110-165 d.C. em seu diálogo contra o judeu Trifo recorda que os dons do Espírito Santo, incluindo exorcismo, ainda estão em uso: "Recebendo uma vez o espírito de discernimento, outro um conselho, outro uma cura, outro de poder, outro de presciência, outro de ensino e outro de temor a Deus. Os dons proféticos permanecem conosco até o presente tempo. Para alguns (crerem) certamente em expulsar demônios, (…). Outros tem conhecimento daquilo que vai acontecer; eles tem visões e pronunciam expressões proféticas".
·         Irineu de Lião 130-202 d.C.. "De igual modo nós todos ouvimos que muitos dos irmãos na igreja que têm dons proféticos, e que falam em todas as línguas por intermédio do Espírito, e que também trazem a luz os segredos dos homens para benefício dos homens, e que expôem os mistérios de Deus."
·         Tertuliano 160-220 d.C. ao falar de Marcião, declarou o seguinte: "Para provar o que os profetas têm falado, não pelo sentimento humano, mas pelo Espírito de Deus, como aqueles que previram o futuro e revelaram os segredos do coração, que apresentam um salmo, uma visão, uma oração, que é apenas pelo Espírito em um extase, ou seja, em um rapto ou num arrebatamento toda vez que uma interpretação tem ocorrido." Aparentemente Tertuliano descreveu parte da vida comum da Igreja Ortodoxa e recomendou buscar o dom do Espírito Santo de profecia.
·         Pacômio 292-348 d.C. depois de momentos especiais podia, sob o poder do Espírito falar os idiomas grego e latim que jamais havia aprendido."
·         Agostinho de Hipona 354-430 d.C. mencionou: "Fazemos, todavia o que os Apóstolos fizeram quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, invocando sobre eles o Espirito Santo. Mediante a imposição de mãos esperamos que os crentes falem em novas línguas."
·         Simão o Novo Teólogo 949–1022 d.C. talvez o mais famoso cristão carismático da igreja Ortodoxa. Seus relatos declaram muitas experiências espirituais, isto inclui um 'batismo no Espírito Santo' acompanhado por dons de copiosos prantos, compunção, e visões de Deus.
Embora não haja registros ou indícios de derramamento do Espírito Santo durante a Idade Média, alguns autores mencionam que os valdenses, albigenses, e os frades mendicantes, falaram em línguas na Europa Meridional.
·         Jansenitas 1640-1801 fizeram parte de um movimento agostiniano radical na Igreja Católica Romana (seu adepto mais famoso foi o cientista e apologista francês Blaise Pascal), alguns de seus adeptos em Port Royal ficaram conhecidos pelos seus sinais e prodígios, dança espiritual, curas, e elocuções proféticas. Alguns dizem que falaram em línguas estranhas e interpretaram as línguas que lhes foram endereçadas.
·         Serafin de Sarov 1759-1833 líder carismático da igreja ortodoxa russa, afirmou que o objetivo da vida cristã é a recepção do Espírito Santo. Serafim também é lembrado pelo dom de cura.
Os Huguenotes foi o nome dado ao calvinistas da França, houve manifestações carismáticas entre eles em Cevennes, durante a perseguição determinada por Louis XIV. Em seguida, uma nota sobre os huguenotes:
Respeitando as manifestações físicas, há pouca discrepância entre os relatos de amigos e inimigos. As pessoas atingidas eram homens e mulheres, idosos e jovens.   Muitos eram crianças com idades entre os nove ou dez anos. Eles emergiram do povo, disseram seus inimigos, da massa de ignorantes e sem cultura; sem poder ler e escrever, em sua maioria, e falando o jargão da província diariamente, que era a única coisa que poderia usar para falar. Tais pessoas caíam repentinamente para trás e, permaneciam estendidas na terra, experimentavam contorções estranhas e aparentemente involuntárias; seus peitos pareciam inchar-se e seus estômagos inflar-se. Ao sair de tal condição, gradualmente voltavam a ganhar o poder da fala instantaneamente. Começavam, muitas vezes, com uma voz interrompida por soluços e logo derramavam torrentes de palavras, clamores de misericórdia, chamados ao arrependimento, exortações aos espectadores para que parassem de frequentar as missas, admoestações à igreja de Roma e profecias relativas ao juízo vindouro. Da boca de crianças emergiam textos da Escritura e discursos em um francês muito bom e fácil de entender, um [francês] que nunca usavam quando estavam conscientes. Quando o transe terminava, declaravam que não se lembravam de nada do ocorrido de que haviam dito. Em raras ocasiões recordavam impressões vagas e gerais, mas nada a mais. Não havia aparência de engano, nem indicação de que ao pronunciar suas predições com relação a eventos futuros, tivesse alguma idéia de prudência ou dúvida tocante à veracidade do que haviam predito.


Os Huguenotes

Um dos principais líderes desta igreja foi George Fox, que pregou uma mensagem sobre a nova era do Espírito Santo, ele em seu diário, diz o seguinte:
No ano de 1648, enquanto estva sentado na casa de um amigo em Notinghamshire (porque desta vez o poder de Deus tinha aberto os corações de alguns para receber a Palavra de vida e de reconciliação) vi que havia uma grande fenda que passava por toda a terra, e um grande muro à medida que a fenda se abria no caminho; depois da fenda, ocorria uma grande terremoto. Esta era a terra que havia nos corações das pessoas, a qual tinha que ser sacudida antes que a semente de Deus fosse levantada da tumba. E assim sucedia: pois o poder de Deus começou a sacudi-los e grandes ministrações de adoração eram conduzidas, de tal maneira, que poderosas obras do Todo-Poderoso eram realizadas entre os crentes para o assombro, tanto das gentes como dos sacerdotes.

George Fox

Quando os cristãos hussitas foram perseguidos na Boêmia, encontraram em Dresden, Alemanha um refúgio no qual podiam procurar a Deus. Em 1727 o conde Ludwig Graf de Zinzendorf começou a organizar aos crentes desta corrente cristã em uma única igreja. Durante o mês de julho criou reuniões e vigílias de oração com os jovens, posteriormente encontrou um livro chamado Ratio Disciplinae o qual relatava como a igreja de Irineu se unia para buscar a presença de Deus. Os morávios dizem que o Espírito desceu sobre eles, e grandes sinais e maravilhas foram realizadas entre os irmãos naqueles días, prevalecendo uma maravilhosa graça entre si, e em todo o país.
John Wesley ministro anglicano e pai da igreja Metodista registra muitas histórias extraordinárias em seus diários, tais como a cura de pessoas, de animais, e do poder do Espírito Santo através da oração.
O Grande Despertamento foi um fenômeno espiritual que impactou a Inglaterra e Estados Unidos entre os anos 1735 e 1750. Durante este período teve grandes pregadores que influenciaram o pentecostalismo moderno.
·         George Whitefield 1714-1770. Ministro que aos 21 anos foi ordenado para pregar na Inglaterra. Chegou aos Estados Unidos por mais de 9 ocasiões ensinando desde Georgia até Nova Inglaterra.
·         Jonathan Edwards 1703-1758. Aos seus 19 anos começou a pregar numa igreja em Nova Iorque, depois foi ministro numa igreja de Yale e em 1726 foi pastor associado da igreja de Northampton, Massachusetts, donde seria pastor por mais de 25 anos, sendo uma das pessoas mais importantes do Grande Despertamento. Diz-se que quando foi pregar em uma vila, as tabernas quebraram vazias e durante seus cultos ou reuniões, as pessoas gemíam e choravam devido às pregações.
·         Charles Finney 1792-1875. Foi um ministro proeminente e representativo dessa época, realizava grandes atividades evangelísticas. Implementava práticas metodistas dentro de igrejas presbiterianas e congregacionalistas. Pregava pontos wesleyanos como a santificação, e a perfeição cristã dada únicamente pelo Espírito Santo.
·         Dwight L. Moody 1875. Ministro que pregava na cidade de Chicago e de Nova Iorque, mencionou numa ocasião que tinha uma especial investidura de poder do alto, um batismo claro e inequívoco do Espírito Santo.
O Movimento de Santidade foi um movimento que dava muita ênfase que nesta vida presente pela fé, é possível obter a inteira santificação, ou perfeição cristã através do Espírito Santo. A partir de 1840 se iniciou a pregar sobre o batismo no Espírito Santo, seu principal contribuidor foi John Morgan, o qual escreveu: "O dom do Espírito Santo, em sua plenitude pentecostal, não devia restringir-se a igreja apostólica; é o privilégio compartilhado por todos os crentes.
Kittim Silva comenta que no ano de 1894 uns cem crentes foram batizados com o Espírito Santo na Carolina do Norte, falando em novas línguas. Eles perteneciam a um grupo religioso chamado União Cristã, Igreja da Santidade e em 1907 mudaram para Igreja de Deus. Esta igreja é conhecida como Igreja de Deus de Cleveland, por ser o lugar donde adquiriu mais força.

3 PENTECOSTALISMO MODERNO

Chama-se pentecostalismo histórico ou moderno o conjunto de igrejas cristãs que a partir do século 20 começaram enfatizar o sentir da presença do Espírito Santo e a praticar a glossolalia. Veja abaixo a sua descrição:


3.1 Pentecostalismo Clássico
O Pentecostalismo clássico é o que começou em 1901 entre cristãos que se reuníam na rua Azusa em Los Angeles, EUA e simultaneamente em vários outros lugares na América do Norte. É a maior corrente pentecostal entre todas as demais, pois está confirmada por organizações religiosas que se formaram naqueles anos e mantém manifestações espirituais e doutrinas similares.
Dentro do pentecostalismo clássico norte-americano existem três orientações principais: Santidade-Wesleyana, Vida Superior e Unitários. Exemplo de denominações wesleyanas de santidade inclui a Igreja de Deus em Cristo (IDC) e a Igreja Pentecostal Internacional de Santidade (IPIS). A Igreja do Evangelho Quadrangular é um exemplo do ramo Vida Superior, enquanto as Assembléias de Deus (AD) foi influenciada pelos dois grupos. Algumas igrejas unitárias incluem a Igreja Internacional Pentecostal Unida (IPU), Assembleia Pentecostal do Mundo (APM), e Assembléias do Senhor Jesus Cristo (ASJC). Muitas igrejas pentecostais são afiliadas com a Conferência Mundial Pentecostal. O pentecostalismo reivindica cerca de 588 milhões de adeptos no mundo inteiro.

4 HISTÓRIA DE 1900

O movimento pentecostal de hoje traça seus vestígios da sua comunidade a uma reunião de oração no Colégio Bíblico Betel em Topeka, Kansas em 1° de janeiro de 1901. Ali, muitos chegaram à conclusão de que falar em línguas era o sinal bíblico do Batismo no Espírito Santo. Charles Parham, o fundador desta escola, que mais tarde passaria a Houston, Texas. Apesar da segregação racial em Houston, William J. Seymour, um pregador negro, foi autorizado a assistir a aulas bíblicas de Parham. Seymour viajou para Los Angeles, onde sua pregação provocou o Avivamento da Rua Azusa em 1906. Apesar do trabalho de vários grupos wesleyanos avivalistas, como Parham e D. L. Moody, o início do movimento pentecostal difundido nos Estados Unidos, é geralmente considerado como tendo começado com Seymour no avivamento da rua Azusa.
O avivamento na rua Azuza foi o primeiro avivamento pentecostal a receber atenção significativa, e muitas pessoas de todo o mundo tornaram-se atraídas pora ele. A imprensa de Los Angeles deu muita atenção ao aviamento de Seymour, o que ajudou a alimentar o seu crescimento. Um número de novos grupos menores iniciou-se, inspirado nos acontecimentos deste avivamento. Os visitantes internacionais e missionários pentecostais acabariam por trazer estes ensinamentos para outras nações, de modo que praticamente todas as denominações pentecostais clássicas hoje traçam suas raízes históricas no avivamento da rua Azusa cujo líder foi William Seymour. Logo cedo os pentecostais foram incentivados por seu entendimento de que todo o povo de Deus poderia profetizar nos últimos dias antes da segunda vinda de Cristo. Eles olharam para as passagens bíblicas sobre o Pentecostes no segundo capítulo de Atos, em que Pedro citou a profecia contida em Joel 2: "Nos últimos dias, Deus diz: Eu derramarei meu Espírito sobre todos os povos. Vossos filhos e filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, vossos velhos terão sonhos. "(NVI) Assim, quando a experiência de falar em línguas espalhou-se entre os homens e mulheres da rua Azusa, um sentido de urgência tomou conta, quando eles começaram a olhar para o Segunda Vinda de Cristo. No início os pentecostais se viam como peregrinos na sociedade, dedicando-se exclusivamente a preparar o caminho para a volta de Cristo.
O Pentecostalismo, como qualquer outro movimento importante, deu origem a um grande número de organizações com diferenças políticas, sociais e teológicas. O movimento inicial foi contracultural: Afro-americanos e as mulheres foram importantes líderes do avivamento da rua Azusa, o que ajudou a espalhar a mensagem Pentecostal muito além de Los Angeles. Com o avivamento começando a diminuir, no entanto, diferenças doutrinárias começaram a surgir como a pressão da evolução social, cultural e político da época começou a afetar a igreja. Como resultado, mais divisões, isolacionismo, sectarismo e mesmo o aumento do extremismo eram aparentes.

4.1 Influências
Alguns líderes cristãos que não faziam parte do início do movimento pentecostal mantinham um alto respeito pelos líderes pentecostais. Albert Benjamin Simpson tornou-se estreitamente envolvido com o crescente avivamento pentecostal. Era comum aos pastores pentecostais e missionários receberm a sua formação no Missionary Training Institute fundado por Simpson. Devido a isso, Simpson e a Aliança Missionária e Cristã (C & MA), o qual Simpson também fundou, teve uma grande influência sobre o pentecostalismo, em particular, as Assembléias de Deus e a Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular. Essa influência inclui a ênfase evangelística, doutrina da (C & MA), hinos e livros de Simpson, bem como a utilização do termo "Evangelho Tabernáculo", que evoluiu nas igrejas pentecostais tornando-se "Evangelho Pleno Tabernáculo". Charles Price Jones, um líder Santidade afro-americano e fundador da Igreja de Cristo, é outro exemplo. Seus hinos são amplamente cantados em convenções nacionais da Igreja de Deus em Cristo e em muitas outras igrejas pentecostais.

4.2 Afro-americanos
Os afro-americanos desempenharam um papel importante no início do movimento pentecostal. A primeira década do pentecostalismo foi marcada por reuniões interraciais, "… os brancos e os negros se misturam em um frenesi religioso", observou um jornal local, numa época quando as instalações do governo eram separadas racialmente e leis de Jim Crow estavam prestes a ser codificadas. Enquanto as assembléias interraciais que caracterizava a rua Azusa continuou por vários anos, mesmo no sul segregado, o entusiasmo e apoio para estes conjuntos, eventualmente caiu.

4.3 Mulheres
Outra característica do movimento pentecostal nos seus primórdios foi a grande participação e visibilidade dada às mulheres. Dois exemplos notáveis são Maria Beulah Woodworth-Etter e Aimee Semple McPherson, esta última à fundadora da Igreja do Evangelho Quadrangular.
      
Maria Woodworth-Etter (1844-1924)
Essa famosa pregadora teve uma vida difícil até os 35 anos. Cinco de seus seis filhos morreram e o seu primeiro marido foi surpreendido em adultério. Em aflição, ela uniu-se aos quacres e tornou-se uma pregadora avivalista. Nos seus cultos, as pessoas clamavam e choravam em alta voz; muitos participantes entravam em transe ou tinham visões que podiam durar várias horas. Em 1912, aos 68 anos, ela abraçou o movimento pentecostal mais amplo ao pregar por seis meses em Dallas. Tornou-se uma das evangelistas pentecostais mais conhecidas do início do século e o seu ministério possibilitou o surgimento posterior de outras mulheres pregadoras e ministradoras de curas.


       Aimee Semple McPherson (1890-1944)
Originalmente de sobrenome Kennedy, Aimee nasceu em Ontário, no Canadá. Seu pai era metodista e a mãe, do Exército de Salvação. Quando adolescente, conheceu o pentecostalismo através das pregações de Robert Semple, com quem se casou aos 17 anos. Ele morreu dois anos depois, em Hong Kong, quando o casal iniciava uma carreira missionária. Voltando para casa, ela contraiu matrimônio com o homem de negócios Harold McPherson e eles se tornaram evangelistas itinerantes (depois que ela quase morreu de apendicite em 1913). Em 1917, Aimee passou a publicar a revista mensal The Bridal Call (“O chamado do noivo”) e começou a atrair a atenção da imprensa. Depois que o marido pediu divórcio, ela aceitou em 1918 um convite para pregar em Los Angeles. Dedicou as suas energias à recuperação do “cristianismo da Bíblia”, usando como tema, Hebreus 13.8. Em 1919, iniciou uma série de conferências que a tornaram famosa. Dentro de um ano, os maiores auditórios dos Estados Unidos não comportavam as multidões que queriam ouvi-la. As orações pelos enfermos tornaram-se marcas de suas campanhas. Em rápida sucessão, ela foi à Austrália, a primeira de suas viagens ao exterior (1922), consagrou o Templo Ângelus (1923), fundou uma estação de rádio (1924) e sua escola bíblica mudou-se para uma sede própria (1925). “Sister”, como era chamada, também iniciou projetos na área social em diversas cidades.
         Em maio de 1926 começaram os problemas. Aimee alegou que foi sequestrada e que teria conseguido escapar, algo que nunca foi devidamente esclarecido. Ela enfrentou sérios problemas de saúde na maior parte da década de 1930. Um desastroso terceiro casamento durou menos de dois anos. Sua realização pública mais notável nos anos 30 foi um programa social no Templo Ângelus que distribuiu alimentos, roupas e outros donativos a muitas famílias carentes. Durante a Depressão, o refeitório ofereceu 80.000 refeições só nos dois primeiros meses. Sua contribuição mais importante e duradoura foi à criação da Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular (1927), cujo nome aponta para Cristo como aquele que salva, cura, batiza como Espírito Santo e virá outra vez. Donald Dayton argumenta que essas quatro ênfases em conjunto caracterizam e distinguem o movimento pentecostal como um todo. É aquilo que se denomina o “evangelho pleno”.


4.3.1 Início das funções
As mulheres foram o catalisador inicial do movimento pentecostal. visto que os Pentecostais creem na presença e interação do Espírito Santo em seus cultos, e que os dons vieram sobre homens e mulheres, o uso dos dons espirituais foram incentivados em todos. O intenso ambiente inconvencional e emocional generado no culto Pentecostal encontra-se duplamente promovido, e foi por si mesmo criando outras formas de participação tal como testemunho pessoal, oração espontânea e canto. Mulheres não foram proibidas de entrar nesse fórum, e no início do movimento a maioria dos convertidos e seguidores da igreja eram mulheres. Desde que o movimento contou com o esforços e a participação de membros leigos, tanto dentro como fora da igreja, às mulheres ganharam grande influência cultural no pentecostalismo e ajudaram a moldá-lo. Mulheres escreveram canções religiosas, editaram jornais pentecostais, ensinaram e dirigiram escolas bíblicas. A preponderância dos adeptos do sexo feminino puderam resultar da disponibilidade de tais oportunidades para as mulheres desde o início do movimento. Além disso, as provas de três dos mais antigos grupos pentecostais, Assembléia de Deus, a Igreja de Deus (Cleveland, Tennessee) e a Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular, mostra um número de mulheres atuando como clero e missionárias. Pouco depois das Assembléias de Deus, formada em 1914, a listas do clero mostraram que um terço dos seus ministros eram mulheres.
Em 1925, embora o número de ministros do sexo feminino caiu significativamente, dois terços de seus missionários estrangeiros ainda eram mulheres. Quando a Igreja de Deus foi formada em 1906, um terço dos seus fundadores eram mulheres. Quando Aimee Semple McPherson começou a Igreja Internacional do Evangelho Quadrangular em 1923, as mulheres só estavam servindo um terço dos ramos da igreja, como pastoras atuaram como co-pastores para outra congregações durante aproximadamente dezesseis anos.
Outros aspectos do pentecostalismo também promoveram a participação das mulheres. Apontando para proclamação de Pedro da profecia bíblica Joel 2:28, os pentecostais focaram sua atenção sobre o fim dos tempos, durante o qual Cristo iria retornar. Dado que o batismo do Espírito Santo levou ao falar em línguas, quem foi abençoado com este dom que têm a responsabilidade de usá-lo para a preparação para a segunda vinda de Cristo. Devido a esta responsabilidade, as restrições que a cultura ou de outras confissões sobre as mulheres eram frequentemente ignoradas durante a parte inicial do movimento. Joel 2:28 também especificamente incluíu as mulheres, dizendo que ambos os filhos e filhas e servos do sexo masculino e feminino receberiam o Espírito Santo, e profetizariam no fim dos tempos. Assim, o foco sobre os dons espirituais, a natureza do ambiente de adoração, e o pensamento dispensacionalista incentiava todas as mulheres a participarem  em todas as áreas do culto. Mesmo antes da rua Azusa, as mulheres levaram seus próprios avivamentos como um resultado de Agnes Ozman falando em línguas no colégio bíblico de Parham. A Sra. Waldron e uma Sra, Hall, por exemplo, trouxeram a mensagem pentecostal de Kansas a Zion, Illinois, onde elas ministraram e mais tarde Parham foi convidado a falar. Agnes Ozman evangelizou completamente o Centro-Oeste depois de sair do Kansas Quando Parham mudou o seu ministério para Houston, Texas, oito dos seus quinze trabalhadores eram mulheres.
Outras mulheres que participaram do Colégio Bíblico Betel, também foram convidadas, ou foram enviadas para missões ou a igrejas por Parham, para ajudar a fortalecer os avivamentos locais, além disso, dos doze anciãos que Parham inicialmente apontou para ir a rua Azusa, seis eram mulheres. Enquanto William J. Seymour é normalmente considerado como o líder do avivamento da rua Azusa, um número significativo de mulheres também contribuíu para o avivamento, dependendo de quais contas são consideradas de primeira mão, a liderança das mulheres no avivamento  é negligenciada ou enfatizada. Mais relatos históricos foram disponibilizados aos homens, e estes autores tendem a representar William J. Seymour como o líder principal, com outros homens como Charles Fox Parham e Edward Lee em importantes papéis de apoio. No entanto, mulheres como Julia Hutchins, Lucy Farrow e Neely Terry, foram importantes em suass próprias atribuições, muitas vezes foram desenfatizadas.
Por outro lado, o relato da mãe Emma Cotton, pastora de uma grande Igreja de Deus em Cristo, congregação em Los Angeles, inverteu a importância relativa dos homens com as mulheres. Independentemente de quem teve a maior participação na liderança do avivamento, parece geralmente seguro para concluir que a liderança global no avivamento da rua Azusa foi partilhada entre homens e mulheres. É preciso também ter em mente que a idéia de liderança humana no sistema de crença pentecostal é um pouco equivocada, os participantes consideraram o Espírito Santo o verdadeiro líder, e apenas a si mesmos como os vasos por onde ele trabalha.
Mulheres, de conduta, também saíram do avivamento da rua Azusa. Florença Crawford foi uma proeminente convertida da rua Azusa. Enquanto na Missão Azusa, ela era ativa no jornal da A Fé Apostólica e se tornou uma das primeiras da rua Azusa a evangelizar, principalmente através do Meio-Oeste dos Estados Unidos. Mais tarde, ela se mudou para Portland, onde ela estabeleceu a Missão de Fé Apostólica e ministrou. Clara Lum também foi uma figura importante da rua Azusa. Aqui, ela co-editou A Fé Apostólica com Seymour. Ophelia Wiley também trabalhou para A Fé Apostólica escrevendo artigos. Ela pregou na rua Azusa e evangelizou todo o noroeste dos Estados Unidos. Jennie Moore era uma líder ativa do avivamento da rua Azusa que se casou com Seymour e ajudou a liderar a congregação. Abundio e Rosa Lopez estavam ativas na rua Azusa e mais tarde levaram o culto nas ruas das seções hispânica de Los Angeles.
Outras evangelistas e missionárias da rua Azusa incluem Ivey Campbell que pregou ao longo de Ohio e Pensilvânia, Louisa Condit foi para Oakland, Califórnia, e em seguida em Jerusalém; Lucy Leatherman evangelizou em Israel, Egito, Chile e Argentina; Julia Hutchins evangelizou na Libéria; E G.W. Daisy e Batman eram missionárias na Libéria. Globalmente, cerca da metade dos missionários, evangelistas e viajantes no exterior eram mulheres.

4.3.2 Mudanças nos papéis das mulheres
Apesar da liderança das mulheres no início do movimento, muitos tinham dúvidas sobre os papéis de mulheres realizada neste momento, e assim hesitaram em sua luta para avaliar o próprio papel e a posição das mulheres dentro das igrejas pentecostais. Em Mulheres no pentecostalismo, diz Edith Blumhofer da participação das mulheres: "o pastorado, não o púlpito, foi historicamente o maior obstáculo para as mulheres pentecostais que pede o reconhecimento do ministério completo."
A liberdade que as mulheres tiveram no início do movimento pentecostal aos cargos de liderança mais autoritários ou posições de lideranças oficial diminuiu por um número de razões. Durante o inicio do movimento, a ideologia restauracionista estimulou os pentecostais a restaurar o cristianismo a uma definição do Novo Testamento, sugeriu-se ambos papéis liberado e restrito para as mulheres. Enquanto o restauracionismo enfatizou o papel do Espírito Santo e a igualitária profecia de Joel, eles também tiveram de considerar os escritos do Apóstolo Paulo no Novo Testamento. Ao fazer isso, o restauracionismo também destacou o carácter aparentemente contraditório da teologia a respeito dos papéis das mulheres. Por um lado, as instruções de Paulo sobre a propriedade de culto em 1 Coríntios 11 parecia admitir a existência de mulheres profetizando e orando na igreja. No entanto, em outras passagens, ou seja, 1 Timóteo 2:12, ele alertou que "eu não permito que a mulher ensine ou tenha autoridade sobre um homem, ela deve ficar em silêncio."
Assim, enquanto o imediatismo e o fervor da atmosfera do início do avivamento foram cedendo, as questões de autoridade e organização de igrejas surgiram. O institucionalismo se enraizou. Quando ficou claro que ambos os homens e as mulheres falavam em línguas, muitos começaram a ver isso como um presente de um não-intelectual, sustentando que atos mais intelectuais, como a pregação, deve ser realizada apenas por mulheres em condições controladas pelos líderes do sexo masculino. O retrocesso do início do movimento pentecostal permitiu uma abordagem mais socialmente conservadora às mulheres em acomodação, e como um resultado da participação feminina foi dirigida a uma maior solidária e papéis tradicionalmente aceitos.
O institucionalismo trouxe a segregação de gênero e as Assembléias de Deus, juntamente com outros grupos pentecostais, criaram organizações de mulheres auxiliares. Nessa época, as mulheres se tornaram muito mais provavelmente em missionárias ou evangelistas que pastores, quando elas eram pastoras, muitas vezes eram co-pastores com seus maridos. Isso também se tornou a norma para que os homens mantessem todas as posições oficiais: os membros do conselho, os presidentes da faculdade, e administradores nacionais. Enquanto o início do movimento evitou o denominacionalismo por causa da espiritualidade morta vistas em outros segmentos protestantes, posteriormente as igrejas pentecostais começaram a se espelhar na tradição comum da comunidade evangélica. Assim, a forma mais democrática de se abordar outras coisas, seja homem ou mulher, leigo ou líder, ou como "irmão" ou de "irmã", deu lugar a mais títulos regulares como o "reverendo". Hoje, porém, alguns grupos continuam a ordenar mulheres.
A cultura também contribuiu para a limitação do papel das mulheres nas igrejas pentecostais. A visão social das mulheres como os guardiões morais da sociedade começou a desvanecer-se como flappers na década de 1920 e veio para a cena, provocando suspeitas sobre a moral das mulheres. Desde quando os pentecostais quiseram distanciar-se tanto quanto possível da modernidade, a "nova mulher" era uma imagem terrível. Assim, os pentecostais, se agarrarem na visão mais tradicional da mulher no lar e na sociedade.

4.4 Movimento da Chuva Tardia
O Movimento da Chuva Tardia começou fora de uma escola bíblica independente em Saskatchewan, Canadá, E se espalhou entre os muitos grupos pentecostais em 1940. Os seus líderes ensinavam "um congregacionalismo extremado", onde a autoridade local era exercida por um restaurado ministério quíntuplo, liderada por apóstolos que através da imposição de mãos poderiam conceder dons espirituais. Muitos grupos pentecostais tradicionais, como as Assembléias de Deus e a comunhão pentecostal da América do Norte, foram críticos desse movimento e condenaram muitas de suas práticas como sem base bíblica. Uma das razões para o conflito entre as denominações tradicionais e da "Nova Ordem", como o movimento também foi chamado, foi a tendência dos líderes da Chuva Tardia rotularem grupos existentes como "apostatas" e "a antiga Igreja apóstata da Inglaterra". O Movimento da Chuva Tardia foi a controvérsia mais importante a afetar o pentecostalismo desde II Guerra Mundial.

4.5 Movimento Carismático
No final dos anos 1960 e início dos anos 1970, os cristãos das igrejas tradicionais nos Estados Unidos, Europa, e outras partes do mundo começaram a aceitar a idéia pentecostal que o batismo no Espírito Santo está disponível aos cristãos de hoje, ainda mesmo se não aceitassem outros princípios do pentecostalismo formal. O Movimento carismático começou a crescer nas principais denominações. Emergiram carismáticos episcopais, luteranos, católicos, metodistas, batistas e durante esse período de tempo, carismático foi utilizado para se referir a movimentos semelhantes que existiam dentro das denominações.
Pentecostais, por outro lado, usaram o termo para se referir àqueles que faziam parte das igrejas e denominações que cresceram a partir do início do avivamento da rua Azusa. Ao contrário dos pentecostais clássicos, que formaram estritamente congregações ou denominações pentecostais, carismáticos adotaram como seu lema, "floresce onde Deus plantou você."
Nas últimas décadas, muitas igrejas carismáticas independentes e ministérios formaram ou desenvolveram suas próprias denominações, igrejas e associações, como o Movimento da Vinha. Na década de 1960 e ainda hoje, muitas igrejas pentecostais ainda são rigorosas com os códigos de vestimenta e proíbem determinadas formas de entretenimento, criando uma distinção cultural entre os carismáticos e pentecostais. Há uma grande sobreposição entre o agora e os movimentos carismáticos pentecostais, apesar de alguns pentecostais ainda manterem um entendimento estrito de "princípio de santidade de vida".

4.6 Movimento Neocarismático ou Neopentecostal
O "movimento" neo-carismático é uma coleção ampla de grupos carismáticos independentes e pós-denominacionais. É o movimento mais recente do cristianismo carismático, e também os mais numeroso. Esse movimento integra o que é chamado de "terceira onda", um termo cunhado por C. Peter Wagner. Wagner descreveu o pentecostalismo como a "primeira onda", e o movimento carismático como a "segunda onda". Os editores da obra The New International Dictionary of Pentecostal and Charismatic Movements (O Novo dicionário Internacvional de Pentecoatais e Movimentos Carismáticos) , o termo "terceira onda" para "neo-carismático". "Terceira onda" tem mais um foco ocidental.

5 CRENÇA

5.1 Visão geral
Pentecostais enfatizam o ensino do "evangelho pleno" ou "evangelho quadrangular". O termo "quadrangular" refere-se as quatro crenças fundamentais do pentecostalismo: Jesus salva, conforme João 3:16; batiza com o Espírito Santo, conforme Atos 2:4; cura o corpo, conforme Tiago 5:15; e está vindo novamente para aqueles que foram salvos, conforme 1 Tessalonisenses 4:16–17. Eles são evangelicos na medida em que enfatizam a confiabilidade da Bíblia e a necessidade de transformação de vida do indivíduo por meio da fé em Jesus.
Pentecostais geralmente aderem a doutrina da inerrância bíblica, creêm que a Bíblia tem autoridade definitiva em matéria de fé e adotam uma abordagem mais literal em sua interpretação. Essa crença é expressa nas declarações doutrinárias de diversas organizações pentecostais, como a Declaração de Verdades Fundamentais das Assembléias de Deus, a Afirmação de Fé da Igreja de Deus em Cristo, e a Declaração de Fé da Igreja do Evangelho Quadrangular. Entretanto, pentecostais diferem de outros evangelicos por reijeitarem o cessacionismo.
Há crenças e traços comuns que pentecostais compartilham. Há também muitos subgrupos diferentes dentro do movimento, onde o ensino e a prática diferem de grupo para grupo e de congregação para congregação.

5.2 Salvação
Refletindo suas influências metodistas, a soterologia pentecostal é geralmente mais arminiana que calvinista. Pentecostais acreditam que para receber a salvação e entrar nos céus, é necessário aceitar os ensinamentos de Jesus Cristo conforme descritos na Bíblia. Isso inclui ser nascido de novo ou ser regenerado, requisito fundamental do Pentecostalismo. A maioria dos pentecostais também acreditam que a salvação é um dom recebido por graça através da em Jesus Cristo, e que não pode ser conquistada através de boas obras por si só, como a penitência.
Também, a maioria não acredita que o batismo no Espírito ou falar em línguas seja necessário para a salvação; contudo, os crentes são incentivados a procurar essas experiências.

5.3 Batismo no Espírito e Dons Espirituais
A crença e prática pentecostal centraliza-se sobre sua compreensão de plenitude ou Batismo no Espírito Santo. A maioria dos pentecostais creêm que no momento do novo nascimento (regeneração), o novo crente tem a presença do Espírito Santo (habitação). Enquanto o Espírito "habita" em cada cristão, pentecostais creêm que Cristo deseja "encher" o crente com o Espírito Santo. Para os pentecostais, este "enchimento" ou batismo com o Espírito Santo é uma experiência definitiva que acontece depois da salvação e capacita aqueles que foram cheios com o poder à servir e testemunhar, e também experimentar os dons espirituais descritos na Bíblia.
A posição defendida pela maioria dos grupos pentecostais sobre os cristãos que não tiveram a experiência de ser batizado no Espírito Santo pode ser resumido nesta declaração da Assembleia de Deus dos EUA : “O Espírito está operando em todos os cristãos, sejam batizados no Espírito ou não. Deus também pode usar e não usar os cristãos que, por uma razão ou outra, não receberam a experiência do Batismo. Nunca devemos desvalorizar este ministério. Ainda assim, reconhecemos que o batismo no Espírito Santo fará a vida e o ministério ainda mais eficaz”.
Tradicionalmente, os pentecostais ensinam que a "evidência física inicial" do batismo no Espírito Santo é o falar em línguas. Embora falar em línguas seja um sinal imediato e óbvio de quem foi cheio do Espírito Santo, esta não é a única evidência. Grupos pentecostais que aderem à doutrina da evidência inicial creêm que falar em línguas "é seguido por todas as evidências da semelhança de Cristo que marca uma vida coerente cheia do Espírito Santo".
Apesar do falar em línguas frequentemente receber forte ênfase entre os pentecostais, a maioria também reconhece outros dons sobrenaturais que podem ser recebidos a partir do Espírito Santo. A maioria dos pentecostais reconhecem que nem todos os cristãos, necessariamente, recebem todos esses dons. Uma lista é frequentemente citada em 1 Coríntios 12:8-11 que inclui os seguintes dons: palavra de sabedoria (capacidade de fornecer orientação sobrenatural em decisões), palavra de conhecimento (transmissão de informações do Espírito Santo), , cura, operação de milagres, profecia (pronunciamento de uma mensagem de Deus, não necessariamente envolvendo o conhecimento do futuro), discernimento de espíritos (capacidade de dizer se os maus espíritos estão em serviço), línguas, e interpretação de línguas.

5.3.1 Profecia
Pentecostais normalmente concordam com o princípio protestante do Sola Scriptura. A Bíblia é a " única regra suficiente de fé e prática", ela é "fixa, completa, e uma revelação objetiva". Paralelamente a este grande respeito pela autoridade das Escrituras está a crença de que o dom de profecia continua a ser dado aos crentes em tempos pós-bíblicos. A profecia não é compreendida pelos pentecostais como a capacidade de pregar, embora a profecia e a pregação possam sobrepor-se às vezes. Pentecostais definem profecia como uma "manifestação espontânea da graça de Deus, recebida por revelação, (às vezes como uma visão, em outros momentos como sentimentos ou pensamentos) e falada pelo Espírito através de um cristão, na língua dos destinados a ouvir a palavra profética. Se vinda como palavra falada em uma situação específica”.  Como todos os dons, a profecia é dada a comunidade cristã para encorajar e fortalecer a fé. A profecia sempre está subserviente e sob a autoridade das Escrituras.

5.3.2 Falar em línguas
Falar em línguas é uma distintiva prática pentecostal. Um crente pentecostal em uma experiência espiritual pode vocalizar fluentemente expressões ininteligíveis (glossolalia), ou articular uma linguagem alegadamente natural até então desconhecida para ele (xenolalia). Vamos ao significado dessas doas expressões:

Glossolalia – [Do grego glosso, lingua+lalia, falar em língua]. De acordo com Stanley M. Horton, no seu livro Teologia Sistemática, glossolalia é o dom sobrenatural concedido pelo Espírito Santo, que capacita o crente a fazer enubciados proféticosem línguas que são desconhecidas. O objetivo da glossolalia é eninciar sobrenatural e extraordinariamente o Evangélho de Cristo, como aconteceu no Dia de Pentecostes (Atos 2); levar o crente a consolar-se no espírito, e a proclamar, com auxílio do dom da interpretação, oconhecimento e a vontade de Deus à Igreja (1ª Corintios 14).
A glossolária, conhecida também como dom de línguas [desconhecidas], é um dom espiritual que, à semelhança dos demais, não ficou circunscrito aos dias dos apóstolos: continua atual e atuante na vida da Igreja.

Xenolalia - É falar em línguas em um idioma conhecido, estranho apenas a quem o fala. Dentro pentecostalismo, geralmente há uma distinção entre dois tipos de línguas. Primeiro, muitos a vêem como a evidência inicial do Batismo no Espírito Santo, quando um crente fala em línguas pela primeira vez. A maioria das denominações pentecostais a consideram como o sinal de que o crente está cheio do Espírito Santo. Segundo, pentecostais frequentemente referem-se a um dom de línguas. Isto é, quando uma pessoa é movida por Deus para falar em línguas "conforme o Espírito Santo lhes concedia" (At 2:4).
Este dom de línguas pode ser exercido em qualquer lugar, mas muitas denominações insistem que só deve ser exercido quando uma pessoa que tem o dom de interpretação de línguas está presente, mesmo que seja outra pessoa, ou o mesmo que dá a língua. O intérprete deve traduzir as língua estranha na língua nativa dos cristãos, para que todos possam entender a mensagem. Estes regulamentos de ordem da igreja são tomadas de (1Co 14.13) e (1Co 14.27-28).
Muitos pentecostais, principalmente após o crescimento e a influência do movimento carismático, acreditam que o dom de línguas é diferente de línguas como uma lingua de oração ou falar em línguas (uma língua desconhecida). De acordo com este ponto de vista, falar em línguas é uma declaração concedida por Deus para a oração, e o dom de línguas é um raro milagre em que Deus permite que um cristão fale em uma língua estrangeira que não tenha previamente estudado a fim de proclamar o evangelho. Outros pentecostais acreditam que elas são tudo a mesma coisa, em que o dom de línguas seja falar línguas desconhecidas (incluindo a dos anjos) não com a finalidade de se comunicar com os outros, mas para "a comunicação entre o espírito e Deus".
Quando utilizado esse caminho, falar em línguas é muitas vezes referido como uma "lingua de oração". Alguns grupos de pentecostais enfatizam a idéia de falar em línguas somente quando o Espírito Santo vem sobre um indivíduo, e não crêem que alguém pode legitimamente falar em línguas na vontade própria.
No início do século 20, a maioria dos missionários pentecostais, juntamente com proeminentes líderes pentecostais, sustentaram que o falar em línguas era uma forma de xenoglossia em que o Espírito Santo lhes permite falar em outras línguas. Contínuas investigações repetidamente chegaram a conclusão que o falar em línguas era uma forma de dicção que faltava toda a estrutura sintática, e quase sempre consistia de sílabas tiradas da língua materna do orador, teólogos pentecostais redefiniu suas crenças. A maioria prega agora que falar em línguas é uma lingua de oração pessoal, ou glossolalia, com as exceções acima referidas, não xenoglossia.

5.3.3 Cura
Orar pelos doentes é uma importante prática em muitas igrejas pentecostais. As práticas variam, mas geralmente esta oração inclui o pastor ungir o doente com azeite e a ajuda dos anciãos da igreja, juntamente com os colaboradores pastorais, e a imposição de mãos sobre o requerente da oração. Baseado no relato de Atos 19:11-12, alguns pentecostais ungem e oram sobre "panos de oração", que podem ser colocados perto de uma parte do corpo doente.

5.3.4 Outras práticas distintas
Além dos dons espirituais, alguns pentecostais creêm em outras manifestações (respostas físicas) da presença do Espírito Santo. Dois dos exemplos mais conhecidos são o dançar no Espírito e, o que é descrito como, uma forma de prostração conhecida como "cair no Espírito". Embora fenômenos como estes estejam presentes no pentecostalismo desde o seu início, nem todos os pentecostais concordam com a legitimidade bíblica e adequação de algumas ou de todas as formas de manifestações físicas. A frequência e a importância de sua ocorrência em um culto pentecostal pode variar, de ser comum em uma igreja local a ser inexistente em outra. Dançar no Espírito é uma prática originada no pentecostalismo clássico, mas agora é mais comuns entre os neo-pentecostais e os grupos carismáticos.
Tradicionalmente, dançar no Espírito é definido como, um único participante espontaneamente "dançando" com os olhos fechados, sem esbarrar em pessoas ou objetos próximos, obviamente sob o poder e orientação do Espírito.... Se a experiência acontece, é porque o adorador  tornou-se tão extasiado com a presença de Deus que o Espírito toma o controle dos seus movimentos físicos, bem como o ser espiritual e emocional.
Uma definição diferente, mais recente de dançar no Espírito desenvolveu-se também entre alguns pentecostais. Esta compreende o dançar no Espírito como um ato de adoração congregacional, semelhante ao canto e oração. Segundo esta definição, ela é uma "dança espontânea pela congregação (geralmente no lugar e sem parceiros)". Aqueles que aderem à definição tradicional tendem a desencorajar a identificação do último tipo com a dança no Espírito.
Descansando no Espírito (também conhecido como "cair sob o poder") é um fenômeno no qual uma pessoa cai (geralmente) para trás ao mesmo tempo que está orando. Pentecostais creêm que o cair pode ser causado por "uma grande experiência da presença de Deus". Embora não seja um exemplo de manifestações do Espírito, a "marcha para Jericó" é um exemplo de uma prática tradicional pentecostal rara vista no avivamento das igrejas independentes carismáticas. Trata-se de uma congregação marchando com gritos de oração e cantando.


5.4 Ordenanças e práticas

Como em outras igrejas cristãs, os pentecostais acreditam que certos rituais ou cerimônias foram instituídos como um padrão e ordenação por Jesus no Novo Testamento. Alguns pentecostais preferem chamar estas cerimônias de ordenanças, ao invés de sacramentos. Muitos cristãos chamam isso de sacramentos, no entanto, este termo não é utilizado por alguns pentecostais que não vêem as ordenanças como meios de graça. Como alternativa o termo ordenança sacerdotal é utilizado para designar a crença distinta de que a graça é recebida diretamente de Deus para o congregante com o oficiante servindo apenas como um canal.
A ordenança do batismo é o símbolo exterior de uma conversão interior, que já se realizou. Portanto, a maioria dos grupos pentecostais pratica o batismo de crentes por imersão. As visões pentecostais sobre o batismo são divididas em dois campos principais: a corrente trinitária e o "Nome de Jesus" ou "Só Jesus". A corrente trinitária ensina que a formulação exata da fórmula batismal é irrelevante, já que é a autoridade de Deus e a obediência do destinatário que forma os fatores críticos. A doutrina do "Nome de Jesus" declara que o batisador deve usar uma fórmula que diz: "Em nome do Senhor Jesus Cristo", em vez da tradicional fórmula trinitária comum a praticamente todas as outras igrejas cristãs. Este ponto de vista surgiu da "Nova Emanação" ou "Nova Revelação" que Frank Ewart, um pregador batista australiano, alegou ter recebido como uma profecia divina, em 1913, e é largamente realizada hoje pelos pentecostais unitários.
A ordenança da santa Ceia ou Comunhão é vista como uma ordem direta dada por Jesus na Última Ceia, a ser feito em sua memória. Algumas igrejas pentecostais usam suco de uva, em vez de vinho.
Lava-pés também é tido como uma ordenança por alguns pentecostais, especialmente a Igreja Internacional Pentecostal Unida (IIPU) e a Igreja de Deus em Cristo (IDC). É considerado uma "ordenança de humildade", porque Jesus mostrou humildade ao lavar os pés dos discípulos em João 13.14-17. Outras denominações, tais como as Assembleias de Deus e a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), não tem isso como uma ordenança, mas deixam isso à consciência individual.

5.5 Santidade e Vida Superior Pentecostal
A teologia pentecostal foi moldada por movimentos que cresceram a partir da: Santidade-Wesleyana e Vida Superior. Os participantes desses movimentos acreditavam que, após uma experiência de conversão (a "primeira benção") haveria uma experiência de "crise de santificação" ou a "segunda benção". Pregadores wesleyanos de santidade ensinavam que essa experiência eliminaria imediatamente o pecado na vida cristã, resultando na "perfeição de pureza." Cristãos de Vida Superior compartilhavam dessa crença em uma segunda bênção, mas entendiam de modo diferente. Eles não viam, essa experiência, como a eliminação total do pecado, mas como uma "consagração plena que lhes incentivavam ao evangelismo".
 Os primeiros pentecostais, portanto, entendiam o Batismo no Espírito Santo como essa "segunda bênção" e falar em línguas como sua evidência física. A orientação de santidade-wesleyana era a posição universal nos primeiros dias do pentecostalismo defendendo um triplo processo de conversão, a santificação progressiva e o batismo no Espírito Santo.




5.6 Obra Plena
Na primeira década do século XX, surgiu a controvérsia sobre uma nova doutrina, Finished-Work, que difere da santidade-Wesleyana e da Vida Superior pentecostal. A doutrina da Obra Plena professa uma dupla experiência de conversão e de batismo no Espírito, já que a santificação é vista como progressista e não como instantânea. Este argumento produziu um profundo cisma e foi visto como falacioso e contencioso por pentecostais ortodoxos, os quais assumiram o Batismo no Espírito como a prova da segunda obra.

6 DENOMINAÇÕES E LIGAÇÕES

Com um número estimado de 115 milhões de seguidores no mundo em 2000, o pentecostalismo é classificado como a "terceira força do cristianismo", sendo as duas primeiras o Catolicismo e o protestantismo. Pentecostais e igrejas carismáticas têm crescido rapidamente em muitas partes do mundo. A grande maioria dos pentecostais estão em países em desenvolvimento embora muitas das suas lideranças internacionais estejam na América do Norte. O movimento desfruta hoje de uma grande onda no hemisfério sul, que inclui África, América latina, e muito da Ásia. Uma das razões para este crescimento é o apelo do pentecostalismo aos pobres. Conforme o relatório das Nações Unidas, o movimento é "o mais bem sucedido em recrutar membros da classe pobre."
Em 1998, existiam 11.000 denominações pentecostais ou carismáticas diferentes pelo mundo. A mais ampla denominação pentecostal no mundo, as Assembleias de Deus têm aproximadamente 63 milhões de seguidores pelo mundo. Ela tem uma presença significativa em muitos países, incluindo Cuba, Egito, Índia, Indonésia e Nigéria. A Igreja de Deus (Cleveland) tem uma membresia de mais de 6 milhões, a Igreja de Deus em Cristo tem uma membresia de 5.5 milhões, A Igreja do Evangelho Quadrangular tem 5 milhões de membros, a Igreja Internacional Pentecostal Unida tem uma membresia de mais de 4 milhões, e a Igreja Internacional Pentecostal de Santidade tem mais de 3 milhões de membros.
A maior igreja pentecostal no mundo é a Igreja do Evangelho Pleno de Yodo na Coréia do Sul. Fundada por David Yonggi Cho em 1958, ela possuia 780.000 membros em 2003. A enorme igreja australiana, Hillsong, tem uma membresia de 19.000 e suas canções são cantadas nas igrejas pelo mundo a fora.

7 PENTECOSTALISMO BRASILEIRO

O movimento pentecostal pode ser dividido em três ondas delineadas por suas características sócio-religiosas e contexto cronológico. Além das grandes denominações pentecostais, existem hoje centenas de "ministérios independentes" ou novas denominações surgindo anualmente no Brasil e no mundo.

7.1 Primeira Onda Pentecostal
A primeira, chamada pentecostalismo clássico, abrangeu o período de 1910 a 1950 e iniciou-se com sua implantação no país, decorrente da fundação da Congregação Cristã no Brasil e da Assembleias de Deus até sua difusão pelo território nacional. Desde o início, ambas igrejas caracterizam-se pelo anticatolicismo, pela ênfase na crença no batismo no Espírito Santo e por um ascetismo que rejeita os valores do mundo e defende a plenitude da vida moral e espiritual. Louis Francescon, Daniel Berg e Gunnar Vingren tiveram matriz pentecostal comum, ao receberem as novas doutrinas na Missão de Fé Apostólica conduzida pelo Pastor William H. Durham, ex-pastor batista, em Chicago, Illinois.
A primeira denominação desse movimento organizada no Brasil em 1910 com a vinda do missionário Louis Francescon, que atuou em colônias italianas no Sul e Sudeste do Brasil. Francescon realizou em 1910, o primeiro batismo de orientação pentecostal em solo brasileiro com a conversão de onze almas, originando a Congregação Cristã no Brasil em Santo Antônio da Platina - Paraná, e no mesmo ano inicia esta igreja no Bairro do Brás em São Paulo.
Em 1911 Daniel Berg e Gunnar Vingren, iniciaram suas missões no Pará e Nordeste, dando origem a Assembleias de Deus. O movimento das Assembléias de Deus cresceu do norte-nordeste para o sul, com apoio inicial do movimento pentecostal escandinavo e posteriormente transferência de aliança com as Assemblies of God americanas. Com os anos surgiram ministérios e convenções, dos quais muitos são independentes (não afiliados à Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil).
Além da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus surgiram outras pequenas denominações pentecostais clássicas nos primeiros quarenta anos do pentecostalismo brasileiro. Em 1932, foi organizada a Igreja de Cristo no Brasil em Mossoró (Rio Grande do Norte). A Igreja de Cristo divergiu das demais igrejas pentecostais da primeira onda ao seguir o dogma da "eterna segurança" mais conhecida como Perseverança dos santos. Esta também defende que o cristão recebe o batismo do Espírito Santo no momento da conversão e não como segunda bênção seguida de dons de línguas.
Em Catalão, GO em 1935 foi fundada a Igreja Evangélica do Calvário Pentecostal. Esta igreja uniu-se à Igreja de Deus de Cleveland, EUA, e se tornou a Igreja de Deus no Brasil, hoje presente em todos os estados brasileiros. A Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo foi fundada em São Paulo em 1936 por Marcos Batista. A Missão Evangélica Pentecostal do Brasil, fundada em Manaus em 1939, de origem americana, mas que atualmente atua de forma independente, com direção nacional e credo baseado no Pentecostalismo Clássico, de característica moderada quanto à questão de usos e costumes.
Uma das denominações considerada a revolucionaria espiritual do Brasil é a Igreja Evangélica Avivamento Bíblico, fundada em 7 de setembro de 1946 por Mário Roberto Lindstron, Oswaldo Fuentes e Alídio Flora Agostinho. A Igreja Evangélica Avivamento Bíblico conta hoje com mais de 3.000 pessoas.

7.2 Segunda Onda Pentecostal
A segunda onda começou a surgir na década de 1950, quando chegaram a São Paulo dois missionários norte-americanos da International Church of The Foursquare Gospel. Na capital paulista, eles criaram a Cruzada Nacional de Evangelização e, centrados na cura divina, iniciaram a evangelização das massas, principalmente pelo rádio, contribuindo bastante para a expansão do pentecostalismo no Brasil. Em seguida, fundaram a Igreja do Evangelho Quadrangular. No seu rastro, surgiram o Ministério Cristo Vive, O Brasil para Cristo, Igreja Pentecostal Deus é Amor, Casa da Bênção, Igreja Unida, Igreja de Nova Vida e diversas outras igrejas pentecostais menores como a Igreja Presbiteriana Pentecostal dentre outras.

7.3 Terceira Onda Pentecostal
A terceira onda, chamada de Neo-Pentecostalismo, teve início na segunda metade dos anos 70. Fundadas por brasileiros, as mais antigas são a Igreja Universal do Reino de Deus (Rio de Janeiro, 1977), liderada pelo bispo Edir Macedo, e a Igreja Internacional da Graça de Deus (Rio de Janeiro, 1980), liderada e fundada pelo missionário R. R. Soares, ambas presentes na área televisiva com seus televangelistas. Posteriormente, temos o surgimento da Renascer em Cristo (São Paulo, 1986) e da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra (Brasília, 1992).
De um modo geral, utilizam intensamente a mídia eletrônica e aplicam técnicas de administração empresarial, com uso de marketing, planejamento estatístico, análise de resultados etc. Algumas pregam a Teologia da Prosperidade, pela qual o cristão está destinado à prosperidade terrena, rejeitando os tradicionais usos e costumes áusteros dos pentecostais. O neo-pentecostalismo constitui a vertente pentecostal mais influente, a que mais cresce e também a mais liberal em questões de costumes.

7.4 Renovados e Carismáticos
Paralelamente ao Pentecostalismo, várias denominações protestantes que eram tradicionais experimentaram movimentos internos, com manifestações pentecostais. Assim foram denominados "Renovados", como a Igreja Cristã Maranata (originária da Igreja Presbiteriana do Brasil), Igreja Presbiteriana Renovada (originária também da IPB), Convenção Batista Nacional (originária da Convenção Batista Brasileira), Igreja do Avivamento Bíblico (originária da Igreja Memorial Batista) e a Igreja Adventista da Promessa (originária da Igreja Adventista do Sétimo Dia).
Nos anos mais recentes a doutrina de renovação do Pentecostalismo ultrapassou até mesmo as fronteiras do Protestantismo, surgindo movimentos de renovação pentecostal Católica Romana e Ortodoxa Oriental, como a Renovação Carismática Católica que teve sua origem por Padres influenciados por Pastores e literaturas pentecostais.
8 ESTATÍSTICAS

8.1 Estatísticas denominacionais

Membresias mundiais:
·         Associação Mundial da Assembleia de Deus - 57 a 60 milhões
·         Independente - 50 milhões
·         Igreja Universal do Reino de Deus - 13 milhões
·         Circulo de Fé Internacional - 11 milhões
·         Missão Pentecostal - 10 milhões
·         Igreja do Evangelho Quadrangular - 8 milhões
·         Igreja de Deus (Cleveland) - 6 milhões
·         Igreja Apostólica - 6 milhões.
·         Igreja de Deus em Cristo - 5 milhões
·         Igreja Internacional Pentecostal Unida - 4 milhões
·         Igreja do Senhor (Aladura) - 3.6 milhões
·         Igreja Internacional Pentecostal de Santidade - 3 milhões
·         Christ Apostolic Church - 2.8 milhões
·         Igreja Cristã Sião - 2.5 milhões
·         Congregação Cristã do Brasil - 2.5 milhões

8.2 Distribuição geográfica
·          África: 41.1 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/79/Flag_of_Nigeria.svg/20px-Flag_of_Nigeria.svg.png  Nigéria: 13.0 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/49/Flag_of_Kenya.svg/20px-Flag_of_Kenya.svg.png  Quênia: 4.1 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/af/Flag_of_South_Africa.svg/20px-Flag_of_South_Africa.svg.png  África do Sul: 4.4 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/71/Flag_of_Ethiopia.svg/20px-Flag_of_Ethiopia.svg.png  Etiópia: 2.6 milhões
       Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/19/Flag_of_Ghana.svg/20px-Flag_of_Ghana.svg.png  Gana: 1,76 milhões
·         Américas: 58.9 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a4/Flag_of_the_United_States.svg/20px-Flag_of_the_United_States.svg.png  Estados Unidos: 20.2 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/05/Flag_of_Brazil.svg/20px-Flag_of_Brazil.svg.png  Brasil: 15.0 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1a/Flag_of_Argentina.svg/20px-Flag_of_Argentina.svg.png  Argentina: 3.5 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fc/Flag_of_Mexico.svg/20px-Flag_of_Mexico.svg.png  México: 2.7 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ec/Flag_of_Guatemala.svg/20px-Flag_of_Guatemala.svg.png  Guatemala: 2.0 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/78/Flag_of_Chile.svg/20px-Flag_of_Chile.svg.png  Chile: 1.8 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/cf/Flag_of_Canada.svg/20px-Flag_of_Canada.svg.png  Canadá: 1.3 milhões
·         Ásia: 15.3 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/09/Flag_of_South_Korea.svg/20px-Flag_of_South_Korea.svg.png Coreia do Sul: 5,35 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/99/Flag_of_the_Philippines.svg/20px-Flag_of_the_Philippines.svg.png  Filipinas: 9.0 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9f/Flag_of_Indonesia.svg/20px-Flag_of_Indonesia.svg.png  Indonésia: 7.0 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/41/Flag_of_India.svg/20px-Flag_of_India.svg.png  Índia: 5.2 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/32/Flag_of_Pakistan.svg/20px-Flag_of_Pakistan.svg.png  Paquistão: 0,25 milhões
·          Europa: 9.5-11.0 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/ae/Flag_of_the_United_Kingdom.svg/20px-Flag_of_the_United_Kingdom.svg.png  Reino Unido: 0.9-1.7 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/49/Flag_of_Ukraine.svg/20px-Flag_of_Ukraine.svg.png  Ucrânia: 1.2-1.5 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f3/Flag_of_Russia.svg/20px-Flag_of_Russia.svg.png  Rússia: 1.0 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/03/Flag_of_Italy.svg/20px-Flag_of_Italy.svg.png  Itália: 0,55 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/73/Flag_of_Romania.svg/20px-Flag_of_Romania.svg.png           Roménia: 0,33 milhões [1]
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/ba/Flag_of_Germany.svg/20px-Flag_of_Germany.svg.png           Alemanha: 0.3 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9a/Flag_of_Spain.svg/20px-Flag_of_Spain.svg.png           Espanha: 0,28 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c3/Flag_of_France.svg/20px-Flag_of_France.svg.png           França: 0.2-0.3 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/20/Flag_of_the_Netherlands.svg/20px-Flag_of_the_Netherlands.svg.png           Países Baixos: 0,15 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c1/Flag_of_Hungary.svg/20px-Flag_of_Hungary.svg.png           Hungria: 0,11 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f3/Flag_of_Switzerland.svg/17px-Flag_of_Switzerland.svg.png           Suíça: 0.1 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5c/Flag_of_Greece.svg/20px-Flag_of_Greece.svg.png          Grécia: 0,03 milhões
·         Oceania: 3.3 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e3/Flag_of_Papua_New_Guinea.svg/20px-Flag_of_Papua_New_Guinea.svg.png           Papua-Nova Guiné: 0.4 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b9/Flag_of_Australia.svg/20px-Flag_of_Australia.svg.png           Austrália: 0.4 milhões
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3e/Flag_of_New_Zealand.svg/20px-Flag_of_New_Zealand.svg.png         Nova Zelândia: 0,11 milhões

9 Pessoas

9.1Precursores
·         William Boardman
·         John Alexander Dowie (1848–1907)
·         Edward Irving
·         Albert Benjamin Simpson (1843–1919)

9.2 Líderes
·         A. A. Allen (1911–70) Evangelista de tenda de 1950 a 1960.
·         Joseph Ayo Babalola (1904–59) Oke - Ooye, Ilesa avivalista em 1930. Também, fundador espiritual da Igreja Apostólica de Cristo
·         William M. Branham (1909–65) Evangelista de meados do século XX.
·         Jack Coe (1918–56) Evangelista de tenda de 1950.
·         Rex Humbard (1919–2007) O primeiro televangelista de sucesso de meados de 1950, 1960, e 1970.
·         George Jeffreys (1889–1972) Fundador da Elim Foursquare Gospel Alliance e a Bible-Pattern Church Fellowship na Inglaterra.
·         Bishop R.A.R. Johnson (1876–1940) Fundador da Casa de Deus, Santa Igreja do Deus Vivo, a Coluna e Baluarte da Verdade, A Casa de Oração a Todos os Povos.
·         Kathryn Kuhlman (1907–76) Evangelista americana.
·         Charles Harrison Mason (1866–1961) O fundador da Igreja de Deus em Cristo.
·         Aimee Semple McPherson (1890–1944) Evangelista americana, pastora, e organizadora da Igreja do Evangelho Quadrangular.
·         Charles Fox Parham (1873–1929) Pai do Pentecostalismo moderno.
·         David du Plessis (1905–87) Líder pentecostal da igreja sul-africana, um dos fundadores do movimento carismático.
·         Oral Roberts (b.1918) Evangelista de tenda que mudou-se para o televangelismo.
·         William J. Seymour (1870–1922) Fundador da Missão da Rua Azusa (Avivamento da rua Azusa)
·         Mary Magdalena Lewis Tate (1871–1930) - Fundou a Igreja do Deus Vivo, a Coluna e Baluarte da Verdade, Inc.
·         Smith Wigglesworth (1859–1947)
·         Maria Woodworth-Etter (1844–1924)

9.3 Personalidades do pentecostalismo
·         Benny Hinn
·         Jimmy Swaggart
·         Joel Osteen
·         Kenneth Copeland
·         Marcos Witt
·         Silas Malafaia
·         Marco Feliciano




Referências Bibliográficas


ALMEIDA, João Ferreira de, Bíblia Sagrada, versão Revista e Corrigida na grafia simplificada, Coedição (JUERP) Imprensa Bíblica Brasileira, Kings Cross Publicações, 5ª Ed. 2006 pp.139, 911.

ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico. 6ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, p 167.

ANTONIAZZI, Alberto (coordenador). Nem anjos nem demônios: Interpretações sociológicas do pentecostalismo Petrópolis: Vozes, 1994, p. 67-162.

BOYER, Orlando, Biografías de Grandes Cristianos, Vida Miami Florida, (2001).

Blumhofer, Edith. As Assembléias de Deus: Um Capítulo na História do Pentecostalismo Americano Volume 1- -To 1941. Springfield,MO 65802-1894: Gospel Publishing House, 1989. 198,199 p. ISBN 0-88243-457-8.

CAMPOS, Leonildo S. As origens norte-americanas do pentecostalismo brasileiro: observações sobre uma relação ainda pouco avaliada. REVISTA USP, São Paulo, n.67, p. 100-115, setembro/novembro 2005.

CÉSAR, Elben M. Lens. História da Evangelização do Brasil. Viçosa, MG: Ultimato, 2000.

FRESTON, Paul. Breve história do pentecostalismo brasileiro. In:
SOUSA, João Bosco de. Memorphosis e Krenosis. DEI: Natal, 2007.

HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10ª Ed. Rio de Janeiro. CPAD, 2006 pp15-17, 19,20.

MARIANO, Ricardo. Neopentecostais. São Paulo: Edições Loyola, 1999.

Demais Referências


http://www.portalbrasil.net/religiao_protestantismo.htm. Acessado em 08 de dezembro de 2011.

Lições Bíblicas, CPAD, 1º trimestre de 2011, comentário: Claudionor de Andrade, pp14-16. 

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